Os Desvios da Economia Neotestamentária de Deus na América do Sul
1. Introdução
Esta
comunhão é resultado de uma convivência de apenas 11 anos na restauração, mas
que me foi um período o suficientemente esclarecedor para que pela observação
empírica testificar que houveram sérios
desvios do alvo original de quando ela começou neste país. A Economia de
Deus cuja meta-síntese é o cumprimento do Seu propósito eterno continuou como desde o princípio
foi planejada inicialmente pelo próprio Deus. Infelizmente quem tomou outro
caminho foi a restauração!. Sacrificando assim muitos amados que se doaram até
acima de suas medidas. A seriedade
do assunto é tamanha que não posso privar da verdade um assunto que é do
interesse de todos os membros que ingressaram sem ter uma visão panorâmica da
atual conjuntura. E os que nele já participavam antes da grande guinada ao
sectarismo. Até porque no artigo 5º inciso IX da Constituição garante a todos
os brasileiros o direito de comunicação e o inciso IV a livre manifestação do
pensamento, sendo portanto bem coerente com o art. 19 da Declaração Universal
dos Direitos do Homem.
O que houve na América do Sul parece
algo sem volta, pois ao edificar um grandioso sistema, tendo a proeminência
entre os filhos Deus de se reunir como Igeja Local (Igreja em cada cidade) e
conduzindo o mover de Deus no continente Sul Americano esbarrou-se no
inimaginável problema de se encontrar condenado naquilo que se reprovava, O
Sectarismo. Poucos percebem que o caminho tomado abriu
uma brecha para o inimigo de Deus sem precedentes. Quem está disposto a voltar
logo atrás no que ensinou, publicou e praticou?. Pois a discrepância entre a Teoria e Pratica é tão grande que sou sético
em pensar que existe alguma predisposição em voltar para linha central da Vida
Cristã Normal da Igreja.
Seguramente o que está sendo exposto
é desprovido de ressentimentos, mas repleto de preocupação com a verdade e do
desejo de retorno do movimento que a restauração se tornou, ao princípio de sua
proposta inicial de inclusividade no acolhimento de todos os filhos de Deus em
amor e dissolução da plataforma ministerialista sectária. O que mais desejo
é ser elucidado à luz das escrituras de que à totalidade dos itens desta
comunhão não procedem e que não transformamos o que deveria ser uma benção para
todas as famílias da terrra em um movimento, pois se estou equivocado no
exposto gostaria de ser sinceramente retificado!. Embora pareça
pretensioso, mas é uma comunhão realista, franca e aberta na medida que se baseia
em fatos, e não em abordagens absortas e desconexas. Por isso, à medida do
possível procurou-se focar no que está factualmente materializado em
publicações e não em divagações, ou pessoas.
Os itens de
maior relevância desta comunhão são: O item dois que ratifica O Papel do
Questionamento na Restauração das Verdades, em que verifica-se a necessidade de
uma consciência cristã disposta a
exercitar a liberdade de questionar de maneira sadia no intento de que a verdade
venha a tona. No item três Os Desvios Inerentes a Ensinamentos, constata-se a
introdução na restauração de ensinamentos diferentes com suas característica e
peculiaridades. No item quatro Os
Desvios Inerentes a Prática percebe-se que como evolução do item três a existência de
práticas diferentes são resultado da introdução de ensinamentos diferentes. E
nos Itens cinco e seis as conseqüências desastrosas de omissão e permissão de
muitos que de alguma forma foram coniventes com a mudança de caminho.
2. O Papel
do Questionamento na Restauração das Verdades
Há alguns anos
várias questões na restauração têm me deixado extremamente intrigado.
Infelizmente não se tratam de problemas “localizados”, mas de Macroproblemas de
longe danosos para o corpo e comprometedores para a restauração do Senhor. A
priori considerei-os diante do Senhor por muito tempo e percebi que precisava
ter comunhão com a liderança. Porque entendia que como membro do corpo não me
negligenciariam auxílio,mas o que encontrei foi indisposição por parte dos mesmos
com relação a discussão do assunto em questão. Estou aberto a comunhão na
palavra para ser esclarecido por qualquer irmão que de fato possa fazê-lo. Pois
amo a verdade e não há porque não termos comunhão na palavra sobre a verdade,
pois deveras a Verdade liberta, esclarece, ilumina e nos firma em Cristo. Não
há porque temer a verdade. O único que teme a verdade é o inimigo de Deus,
porque ele sabe que não tem caminho na vida dos servos de Deus quando a verdade
é exposta. Foi o Senhor quem falou “E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará” (Jo 8:32; Jo 1:14; Lc 4: 18).
Só teme a
verdade decorrente do questionamento sadio e sincero os que estão comprometidos
com outra coisa que não seja a economia de Deus na Fé (1 TM 1:1-5). A verdade
proveniente destes questionamentos só coopera para o desenvolvimento normal do
Corpo de Cristo. Quando o Senhor Jesus perguntou “Porque cogitais o mal no
vosso coração” (MT 9:4), com certeza o fez em amor. Quando o Senhor questionou
não precisou abrir mão do amor. Nas minhas leituras da Palavra percebi que os
cristãos mais habilidosos em questionar eram os da Igreja em Éfeso, pois foram
capazes de por “à prova os que se declararam apóstolos e não eram” (Ap2: 2).
Contudo caíram no erro grave de abandonar o primeiro amor (Ap 4:4), e por isso tiveram seu candeeiro
removido. Quando Abraão indagou o Senhor (quando este estava para destruir
Sodoma e Gomorra) para conhecer a extenção da misericórdia de Deus para com os
seus justos certamente foi em amor (Gn 18: 23-23).
É fato
registrado na História da Igreja de que os questionamentos foram de Grande
contribuição para a restauração das verdades. Foi assim com Martinho Lutero que
por apresentar as 95 Teses(Que incluía a justificação pela fé, etc...) foi
levado ao tribunal da inquisição e expressou aos seus inquisidores que se “Não
pudessem esclarecê-los pelo testemunho das Escrituras, a sua consciência teria
que ficar cativa a palavra de Deus”. Se Lutero não tivesse se levantado e
mudado o curso da História, quem sabe qual seria a quantidade de terços que
teríamos que rezar?. Se W. Nee não questionasse será que teríamos avançado na
percepção da necessidade de unidade do Corpo de Cristo de uma maneira plena e
real e assim procurar avançar em busca da verdadeira vida da igreja?. Quem lê
as mensagens do irmão W. Lee percebe os constantes questionamentos feitos ao
Cristianismo (Sistema cristão organizado - denominacional ou não). Quem não se
lembra quando o irmão Lee anunciou o lançamento do “Affirmation and Critic”
publicado pelo Living Stream Ministry questionando muitas prática do
Cristianismo. Questionar não é negativo, pode ser negativo a maneira como é
feito!.
É claro que a
maior parte de nós seres humanos por natureza somos resistentes a mudanças. E
tudo de novo é logo visto diferente ou como algo negativo. Como no caso de
Wesley que ao questionar a mornidão da falta de santidade da igreja anglicana
foi logo rechaçado e considerado endemoniado. É incrível como qualquer
tentativa de questionar na maioria dos grupos sociais não é bem vinda. E logo
se tenta reprimir os questionadores primeiramente desqualificando-os, expondo a
vida pessoal, familiar e profissional. Isto é feito objetivando tirar o peso
moral da pessoa que profere alguma asseveração. Normalmente isso acontece quando
não se tem uma resposta plausível para o que é posto em questão. Este costume
Chinês interessante de ver primeiro a formação da pessoa que fala para depois
validar a veracidade da questão, frustra muita gente quando vê que no currículo
do Senhor Jesus tem a profissão de carpinteiro e no de Pedro a de
pescador. Isto na verdade apenas
contemporiza e distrai para as próximas atitudes que serão tomadas para inibir
o questionamento livre.
Muitos por se
preocuparem demasiadamente com sua reputação tem horrores a proferir algum
questionamento, pois não desejam levar sobre si os estereótipos de mentais,
rebeldes, leprosos e aí vai... .E Mesmo sabendo que certas coisas não condizem
com a pura palavra de Deus. O que não seria de nós se o Senhor Jesus se preocupasse
com os estereótipos e juízos valorativos (este último é ridículo e medíocre por
ser uma tentativa forçada de conter a expressão da verdade) feitos pelos
escribas e farizeus. Ainda bem que o Senhor não hesitou em morrer uma morte
digna de um ladrão.
Isto quando se
retraem em questionar por pavor de ofender a Deus, ou a autoridade de Deus como
se Deus não gostasse de iluminar os seus filhos, ou elucidar os seus servos. Ou
porque julgam que Deus só vai tratar com a falha do oráculo (Este termo
refere-se ao Líder maior da restauração na América do Sul, para conhecer com
mais profundidade tal terminologia deve-se ler: Fernando, Paulo. Avaliação dos
Frutos após mais de 15 anos de “Moveres” na Restauração no Brasil. www.unidadedaigreja.rg3.net) que estão
seguindo, e estarão eximidos de culpa!. Quando não é por mero comodismo com
suas condições diante de Deus ou desdenho pelos desvios da Economia de Deus.
Outros ainda
não questionam e condenam quem o faz porque evitam se “contaminar” ou
contaminar os outros com “a morte” e acham melhor falar de outros “assuntos
edificante” ,quando a morte já corrompeu
toda a superestrutura e a solução está exatamente nesta discussão e
questionamento a priori indesejável. Na verdade muitas vezes este argumento que
associa-se a pretextar humildade e amor mascara a omissão com a verdade (2 TM
3: 15) e uma aparente humildade e espiritualidade (CL 2: 18). Como se a maioria
dos irmãos fossem ingênuos demais para conseguirem discernir certas sutilezas
do inimigo de Deus. Ou porque o conhecimento da outra face da moeda traga algum
dano pessoal. Talvez traga, mas a causa é a suposta “insensatez” de conhecer a
mecânica do sistema, pois o indivíduo passa a pensam diferente do grupo e a ser
discriminado por isso, e quando não pode mais ser “restaurado”, acaba sendo
excluído do grupo social. Isto freqüentemente ocorre quando as igrejas
convergem para um único centro de reunião de crentes, porque como o irmão Nee
falou “Sempre que um líder em especial, ou
uma doutrina específica, ou alguma experiência,
ou um credo, ou uma organização torna-se um centro que atrai cristãos de
diferentes lugares, então, visto que o centro de tal federação de igrejas não é
Cristo, acontece que sua esfera, ou circunferência, será algo mais do que
local. E sempre que a esfera divinamente designada da localidade é substituída
por uma esfera de invenção humana, a aprovação divina não pode ali repousar. Os
cristãos em tal esfera podem de fato amar ao Senhor, mas eles têm outro centro
que não é Ele, e é mais que natural que o segundo
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.
Tudo o que se
torna um centro unificador dos cristãos de vários lugares criará uma esfera que
inclui todos os cristãos que se ligam a esse centro e exclui todos os que a ele
não se ligam. (...)”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed
Árvore da Vida.2003. p.102). O mais comum é que o medo de exclusão do grupo por
estar ligado a raízes profundas( familiares, amizades, etc...), o que leva
muitos a um pavor em pensar em qualquer hipótese que possa conduzir a uma
rejeição por parte do grupo ao membro que desejava genuinamente ser elucidado.
Assim a verdade é novamente sepultada pela tradição dos homens!.Todo o
questionamento quando testado pela verdade e impossibilitado de ser
fundamentadamente refutado passa a ser uma proposição confirmada verdadeira
(Como no caso da temática Desvios da Economia Neotestamentária de Deus na
América do Sul). Dependendo do que é submetido ao crivo da verdade as
conclusões podem ser drásticas para todos os que aspiravam por um resultado
favorável a opinião pessoal pré-determinada que tinham. Mas é perfeitamente
normal que os crentes se posicionem pela verdade, pois assim não correrão o
risco de edificarem a casa de Deus sobre a areia (MT 7:26-27). Destarte os
crentes poderão ser imunizados contra o declínio da igreja.
3. Os Desvios Inerentes a Ensinamentos
3.1. O Ensinamento do Mapa Estilizado1
No seguinte
trecho de Apocalipse capítulo 12 o irmão Lee expõe com confirmações bíblicas
que a “grande águia” na verdade simboliza Deus e que as “duas asas” sua força
para resgatar :
‘III. DEUS PRESERVA A MULHER
Dá-lhe as Duas
Asas da Grande Águia, para que Voe para o Deserto
O versículo 14
diz: “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para
o deserto, ao seu lugar” (IBB- Rev.). A “grande águia” simboliza Deus, e as
“duas asas” denotam a Sua força para resgatar (Ex 19:4 ; Dt 32:11-12). Assim
como ele livrou os filhos de Israel da perseguição de Satanás na grande
tribulação. O Deus poderoso proporcionará força divina a Seu povo para fugir da
perseguição de Satanás.
Alguns podem
perguntar o que é o deserto. Não posso responder a essa pergunta
definitivamente, mas tenho minha própria percepção do que ele possa ser. Embora
eu não queira interpretar esse versículo, estou disposto a compartilhar com
vocês minha percepção do que seja o deserto. Desde seu início, os Estados
Unidos têm sido uma terra para a qual as pessoas, que almejam uma consciência
livre com respeito a Deus, podem fugir. Todos nós estamos familiarizados com a
história do Mayflower. Os peregrinos fugiram da perseguição e escaparam para os
Estados Unidos. Por mais de trezentos anos, a América tem sido usada por Deus
como refúgio para seus foragidos. O símbolo desse país é uma águia. Quando
sobrevém a perseguição, muitos do povo de Deus podem fugir para os Estados
Unidos de avião. Aleluia! Haverá um deserto na terra para os foragidos de Deus!
Mesmo hoje, os Estados Unidos ainda são um refúgio para os foragidos’. 1 ( Lee, Witness. Estudo-vida de
Apocalipse.SP: Ed. Árvore da Vida. 5ºed. 1995.Vol. II. p.523-524).
Entrementes
ele deveras compartilhou sua percepção pessoal sobre o que poderia ser o
deserto(os Estados Unidos) mas não bateu o martelo sobre esta questão, mesmo
com toda a sua experiência na palavra não se arriscou a responder
definitivamente. O que já foi feito várias vezes desde quando entrei na
restauração, e diversas vezes registrados em mensagens gravadas na Estância
Árvore da Vida, e por conseguinte publicado nos
Estudos Diários. E assim exposto como um ensinamento para toda a
Restauração no Brasil e na América do Sul.
“Em Apocalipse
12:14, vemos que na grande tribulação que há de vir sobre toda a terra antes da
segunda vinda do Senhor, Deus irá preparar um lugar, como um deserto, para que
o anticristo não venha a afligir os crentes que não forem vencedores e não
tiverem sido arrebatados. Será um refúgio. Quando a grande tribulação chegar,
com a duração de três anos e meio, Deus permitirá que a mulher universal venha
se refugiar nesta terra e ali a sustentará.
Deus nos tem
revelado que esse deserto para onde a mulher universal fugirá é a América do
Sul. Por isso, tomamos o encargo de tomar todo esse continente para o Senhor
pregando o evangelho de cidade em cidade e levantando nelas o testemunho da
igreja.”2
(Dong Yu Lan. Alimento
diário de 1 e 2 Timóteo e Tito. Apoderar-se da Verdadeira Vida. 2005. 1º ed.
Ed. Árvore da Vida p.53).
No trecho
acima o irmão Dong fala explicitamente de o deserto ser a América do Sul, e que
isto é uma revelação: “Deus nos tem revelado que esse deserto para onde
a mulher universal fugirá é a América do Sul”. Haja vista também que a
percepção do irmão Lee e do irmão Dong divergem no que seria o deserto, porque
para o primeiro poderia ser os Estados Unidos da América, e para o segundo a
América do Sul. Não vejo nenhum problema em pregar o evangelho, até porque o
Senhor Jesus disse: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar
todas as cousas que vos tenho ordenado(...)” (TM 28:19, 20). Não existe nenhum
problema em um servo de Deus fazer elocubrações sobre a Bíblia, desde que
guarde par si ou para um grupo específico de irmãos. Mas elocubrar com
extrapolações para adaptar ao encargo de pregação do evangelho e transmitir
(algo que não possui confirmação nas escrituras) como um ensinamento para toda
a Restauração do Senhor no Brasil e América do Sul se torna um problema
seríssimo!. Extrapolação(ir além do que a bíblia ensina) inclusive costuma ser
a característica das seitas. Isto é muito preocupante!.
Para
enfatizar vejam o seguinte trecho:“Mas o mover do senhor continua, e
então, outra visão foi mostrada. Quando vimos que a mulher universal, ao ser
perseguida pelo dragão, recebeu as duas asas da grande águia, para que voasse
até o deserto (Ap 12:1,6,14), entendemos que a águia se refere a Estados
Unidos. E observando ainda mais o mapa mundi, quando a águia pousou,
pareceu-nos que pousava sobre a América do Sul. Ao tomar forma tal visão,
moveu-nos o encargo de pregar o evangelho às nove mil e quinhentas cidades em
toda América do Sul. Graças ao Senhor, as igrejas dessa região da terra
corresponderam a esse encargo, mobilizando todos os irmãos, inclusive os de um
talento,(...)” (Dong Yu
Lan. A Visão Celestial. SP: Ed. Árvore da Vida. p. 46). Observa-se que
além de se referir a América Latina como sendo o deserto, a extrapolação avança
se referindo a águia como se fosse os Estados Unidos, talvez por causa do
desenho da águia na bandeira deste país. Novamente divergindo da luz que o
irmão Lee ganhou na palavra de que a “grande águia” na verdade
simboliza Deus e que as “duas asas” sua força para resgatar (Ex 19:4 ; Dt
32:11-12).
E
no mesmo período coincidentemente em que é despertado o encargo pela África a
visão passa a incluir a África como um feto, ou filho varão em gestação
expresso no seguinte trecho: “O Senhor, contudo, nos tem levado a
ver muitos outros aspectos da visão. Quando estudamos pela primeira vez o livro
de apocalipse, o Senhor mostrou-nos a figura da águia e do dragão -contornados
no mapa mundi correspondendo,respectivamente, a águia, aos Estados Unidos, de
um lado, e o dragão, à Europa, do outro. Na segunda vez em que revisamos o
livro de apocalipse, através do Estudo Cristalização, vimos que o contorno do
continente se assemelha a um feto em formação. Em Apocalípse 12, quando o filho
varão foi arrebatado ao terceiro céu (v. 5), isso está indicando o
arrebatamento dos vencedores, no qual estaremos incluídos. Ao percebermos que a
áfrica se parece com feto em formação, isso gerou em nós o encargo de enviar
irmãos àquele continente,(...)” (Dong Yu Lan. A Visão Celestial. SP: Ed.
Árvore da Vida. p. 45)
No início
achei que deveria se um com este ensinamento porque afinal de contas até os
irmãos Nee e Lee divergiam sobre a questão das duas testemunhas em Apocalipse.
Mas o irmão Lee não falava nem mesmo para a esposa durante o ministério do
irmão Nee (Unanimidade para o Mover do Senhor. Pág.97). Mas o problema é que
não se tratam de simples elocubrações mantidas com discrição da restauração,
mas de torná-las enfáticamente ensinamentos. Vejam o trecho do comentário do
irmão Lee sobre ensinamentos e a unanimidade.
UM EM ENSINAMENTO
‘Primeira
Coríntios 4: 17, 7:17 e 16:1 indicam que Paulo ensinava a mesma coisa a todas
as igrejas. Todas elas estavam debaixo de um só ensinamento, o ensinamento dos
apóstolos (At2:42). Tudo o que tenho ensinado é o ensinamento dos apóstolos.
Não desejo passar nada de mim mesmo, mas tudo o que tenho ministrado está
totalmente de acordo com o ensinamento dos apóstolos. Não tenho meu próprio ensinamento,
mas o que ensino é parte do ensinamento dos apóstolos, o único ensinamento. As
três mil pessoas acrescentadas à igreja no dia de Pentecostes perseveravam no
ensinamento dos apóstolos. Paulo praticou o mesmo ensinamento. A palavra do
Senhor em João 16 nos diz que Ele teria mais para dizer quando voltasse como o
Espírito da realidade (vs.12-13). O ensinamento dos apóstolos foi completado
pelo ensinamento de Paulo. Ele nos disse claramente em Colossenses 1:25 que seu
ministério visava completar a palavra de Deus, o que significa completar o
ensinamento dos apóstolos, a revelação neotestamentária. Não tive parte nesse
trabalho completivo de modo que nada posso acrescentar ao ensinamento dos
apóstolos.
Preciso
testificar que o Senhor me deu muitas visões (Ez 1:1; At 2:17), mas não visões
como aquelas de Joseph Smith, o fundador do mormonismo. As visões que recebi
vem todas das páginas impressas da Bíblia. Rejeito, condeno e até amaldiçôo
qualquer ensinamento que não provenha dessas páginas impressas ou que não
esteja de acordo com elas. Somente adoto tudo o que está revelado na Bíblia, de
modo que tudo o que ministro não é meu ensinamento mas o dos apóstolos. Os
apóstolos não me incluem porque o meu ensinamento, que deu a revelação completa
de Deus, foi integralmente completado.
Depois
do escrito final do apóstolo João,o livro de Apocalipse, toda a revelação
divina foi completada. É ali que o Senhor por meio de João, testifica sobre as
palavras deste livro: “Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhes
acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa
das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da
vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste
livro”(22:18-19). Somente Apocalipse declara isso porque essa foi a declaração
do Senhor Jesus exatamente no final de Sua revelação santa e divina. Depois de
sua completação, o Senhor Jesus, o que estava qualificado para abrir o livro da
nova aliança (Ap 5: 4-5), declara que esse é o fim. Depois de Apocalipse,
ninguém tem qualquer base para acrescentar ou tirar coisa alguma porque a
revelação divina foi integralmente terminada e completada.
Hoje
muitos poucos acrescentariam alguma coisa à revelação, mas muitos estão
subtraindo coisas. Muitas subtrações já apareceram. Alguns cortam qualquer
passagem da Palavra que não se encaixa com a compreensão. Sem dúvida, eles
sofrerão perda ( 1 Co 3:15), perderão a participação na árvore da vida e na
bênção da cidade santa e eterna. Não ouso acrescrentar nada. Por
favor, não pensem que estou passando o meu ensinamento. Não ouso acrescentar
nada. Não estou ensinando coisa alguma de meu próprio conceito ou invenção.
Estou ensinando a Bíblia; estou transmitindo o ensinamento dos apóstolos. Paulo
instruiu a igreja em Corinto a fazer o mesmo que ele orientara as igrejas da
Galácia a fazer (1 Co16:1), de modo que todas as igreja debaixo do seu
ministério eram uma no ensinamento dos apóstolos (At 2:42).
Romanos 16:17
nos diz que alguns “provocaram divisões e escândalos, em desacordo com a
doutrina que aprendeste”. “A doutrina que aprendestes” é o ensinamento
Dos apóstolos. Desde que vim para
os Estados Unidos, tudo o que lhes tenho ministrado tem sido do ensinamento dos
apóstolos, e vocês têm de aprender isso. Tenham cuidado com alguém que os faça
praticar algo contrário ao ensinamento dos apóstolos.
Em
1 Timóteo 1:3-4, há dois pontos principais: 1)não ensinar diferentemente; 2)a
economia de Deus na fé. Paulo rogou a Timóteo que permanecesse em Éfeso para admoestar
alguns a fim de não ensinarem diferentemente. Em outras palavras, nada
diferente do ensinamento dos apóstolos. O ensinamento dos apóstolos não é sobre
uma doutrina específica como batismo por imersão. Essa é uma pequena parte do
ensinamento, mas não é o principal, a linha central. O principal, a linha
central do ensinamento dos apóstolos é a economia de Deus, não a do Antigo
Testamento da lei, mas a de Deus na fé, a Sua economia neotestamentária. Os
elementos constituintes da economia neotestamentária de Deus são a própria
Pessoa de Cristo, a Sua obra redentora e a própria reprodução de Cristo e Sua
obra: a igreja.
Não
vim a vocês para ensinar-lhes batismo por imersão, falar em línguas, cura,
tipologia ou profecias. Muitos podem testificar que quando toco em tipologia e
profecia, faço isso com muita ênfase em Cristo, em sua obra redentora e em sua
igreja, o Corpo, como a reprodução do Seu ser e obra. Essas são as
características de todos os seus ensinamentos através dos anos. Esse é o
ensinamento dos apóstolos. Qualquer ênfase em coisas afora os itens principais
na linha central tem de ser considerada ensinamentos diferentes.
Se ler 1
Timóteo 1 cuidadosamente,poderão perceber que o que foi condenado pelo apóstolo
como ensinamentos diferentes não foi totalmente heresias. Eles ensinavam coisas
do Antigo Testamento, tais como genealogias (v.4) e a lei dada por Deus a
Moisés (vs.7-8). A lei não é heresia, mas ensinar a lei é diferente do
ensinamento dos apóstolos. Ensinamentos diferentes enfatizam alguma coisa afora
Cristo e a igreja. Ser um em ensinamentos é ser unicamente um no ensinamento
dos apóstolos, não nas coisas menores tais como presbiterato, dons, batismo por
imersão, lavar os pés, uso do véu ou as ordenanças da mesa do Senhor. Não
devemos enfatizar coisas que não são tão cruciais à linha central da economia
neotestamentária de Deus. Não devemos ignora-las, mas se nos importamos com o
ensinamento dos apóstolos, elas não devem ser a ênfase do que ensinamos.
Primeira
Timóteo 6:3 diz: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade”. As
palavras saudáveis são as de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele alguma vez
ressaltou batismo por imersão? Alguma vez enfatizou cura? Alguma vez enfatizou
falar em línguas, dons, presbitério, lavar os pés ou véu? A resposta é não.
João 14-17 e Mateus 5-7 e 24-25 são a ênfase do Seu ensinamento. São as
palavras saudáveis do Senhor Jesus. Se algum de nós quisesse ressaltar alguma
coisa com base nas Escrituras, além do que o senhor enfatizou, isso seria um
ensinamento diferente.
Primeira
Timóteo 6:3 também se refere ao ensinamento de acordo coma piedade. É o
ensinamento dos apóstolos após a ascensão do Senhor, que é principalmente o
ensinamento de Paulo. Primeira Timóteo 3:16 nos diz que o grande mistério da
piedade é Deus manifestado na carne, que é primeiro Cristo e depois a igreja
como a continuação de Deus manifestando Cristo na carne. O ensinamento de
acordo com a piedade, o ensinamento do apóstolo Paulo, é totalmente concernente
à igreja como o grande mistério da piedade. Primeira Timóteo 6:3 aborda as
palavras do Senhor nos quatro evangelhos e tudo o que falou após a ascensão,
por meio dos apóstolos, de Atos até Apocalipse. Se ensinarmos outras coisas que
não sejam o que o Novo Testamento enfatiza, estaremos ensinando diferentemente,
e será difícil ser realmente um. Se tivermos muitos ensinamentos diferentes,
também teremos muitas práticas diferentes resultando em divisões. Seria
impossível, então ter a unanimidade, a unidade.’(Lee, Witness. Unanimidade para
o Mover do Senhor.SP: Ed Árvore da Vida.1º ed. 2001. p.49-54).
Infere-se dos
parágrafos do último livro citado que ensinamentos não precisam ser
oficializados que são ensinamentos, mas basta dar ênfase em algum ponto que o
ministro considera relevante, o que é muito coerente com o significado da
palavra3. E por muitos anos o assunto tratado
aqui foi transmitido, feito conhecido e pregado repetidas vezes. Portanto não é
possível chamá-lo de outra coisa senão de um ENSINAMENTO.
A revelação do
mapa estilizado, que também é referenciado como uma visão, expõe claramente uma
forma leviana de se lidar com a palavra de Deus, permitindo inclusive que
presumíveis segundos interesses possam ser inferidos por irmãos atentos (só
Deus pode dizer que não existem segundos interesses). Se alguns não querem
analisar isto pela ótica do fermento, é no mínimo a introdução de um ensinamento
diferente a pura e santa palavra do nosso Senhor e a Restauração, se não
fosse assim, então como justificar a insistência em publicar isto em seu rol de
“revelações próprias”?. E porque ensinar
como se fosse uma revelação vinda do trono de Deus?. Além é claro como o irmão
Lee discorreu muito bem na última obra citada de que ensinamentos diferentes
nos levam a práticas diferentes. Será que não estamos tendo práticas diferentes
resultado destes insistentes ensinamentos diferentes?, pois é inevitável que
tendo dado uma brecha destas para o inimigo de Deus já tenhamos nos desviados
da Economia Neotestamentária de Deus (1TM 1:1-7). Porque pregação do evangelho,
e estabelecimento de igrejas são coisas boas e puras e é muito saudável que uma
cristão se sinta motivado a fazê-lo. O problema é que esta motivação estando
influenciada por coisas extra-bíblicas, provavelmente tenha uma origem em outra
coisa que não seja Deus. E os frutos não tenham assim origem cem por cento em
Cristo, mas possuam certas doses ou ingredientes do labor humano.
Outro
efeito danoso que vejo que tem sido causado a vários irmãos é a insegurança que
ficam quando examinam as escrituras, pois na ânsia de laborarem na constituição
da santa palavra de nosso bom Deus, e não encontrarem as mesmas revelações
ficam frustrados. Neste estágio mais avançado é inevitável que estendam suas
convicções de fé também para o emissor das supostas revelações. Assim sua fé
pessoal passa a abranger algo mais do que a bíblia. Dando um fértil terreno
para que o inimigo de Deus possa introduzir e consolidar sem barreiras nas
mentes e corações ensinamentos extra-bíblicos, e por conseguinte práticas boas,
mas desprovidas da pessoa de Cristo.
3.2. A “atualização das Verdades” e
práticas em vários “Moveres” de Deus na terra.
Em 2Pe1:12 fala
"Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca
destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e
nela confirmados. Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos
com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu
tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou. Mas, de
minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo
depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo. Porque não vos
demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo
fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas
oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e
glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo". Esta é a passagem que é usada no nosso
meio para sustentar o ensinamento do “mover atual”, como se nosso Deus fosse
mutável no que fala, e em vários momentos fosse necessário enfatizar determinadas
práticas como bater de porta em porta, Ceape (Centro de Aperfeiçoamento para a
Propagação de Evangelho), colportagem, migração, expanção, etc... . Em que
alguns itens podem ser expresso também no seguinte trecho:
“Para incrédulos, devemos pregar o evangelho da graça, e para os cristãos,
mesmo que estejam em seus vários grupos, devemos pregar o evangelho do reino, e
para isso queremos mobilizar todos os irmãos da vida da igreja, não importando
quantos talentos tenham, mas principalmente os de um talento –devemos dar o
nosso tempo, a nossa energia, os nossos recursos financeiros, tudo o que for
possível para esse fim (...). A cada meio ano o Senhor nos dá uma nova
revelação, e com ela, um novo mover. Exemplos dessa realidade podem ser
citados: O Jornal Árvore da Vida, o Expolivro (ônibus –livraria), o Ceape
(Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho) e o projeto ARCA” (Dong
Yu Lan. A Visão Celestial. p. 49).
Destarte aplicando fora de contexto o trecho “verdade
já presente”, que se refere as palavras dos apóstolos já conhecidas pelos
crentes, como se houvesse vários
momentos em que fosse necessário reafirmar, ou renovar um encargo como o de pregação do evangelho utilizando
vários métodos “atualizados”. Mesmo que seja sacrificado o verdadeiro sentido
da palavra de Deus de que a nota 121 no capítulo 1 de 2 Pedro
na Versão Restauração, vê-se que a intenção de Pedro era exatamente inocular os
crentes contra as "atualizações" e alterações futuras oriundas da
apostasia (Fernando, Paulo. Avaliação dos Frutos após mais de 15 anos de
“Moveres” na Restauração no Brasil.
www.unidadedaigreja.rg3.net).
Além de internalizar nos crentes “um necessário
sentimento” de se manter “atualizado”, pois do contrário está caminhando fora
do mover de Deus. E para isto precisa uniformizar-se praticando os mesmos itens
do mover atual como os outros o fazem, ou seja, sendo um com a “palavra atual”
do preletor e, por conseguinte, estará sendo um com Deus. E pela cultura de
massa que já virou Impossibilita até mesmo os crentes atentos que não aprovam
esta distorção da palavra de Deus de cortar retamente: “Como um carpinteiro,
esse obreiro deve cortar retamente a palavra de da verdade. Isso significa
desdobrar, abrir a palavra de Deus em suas várias partes corretamente, sem
distorção. Assim como o carpinteiro tem a habilidade de cortar retamente a
madeira, o obreiro do Senhor precisa da habilidade de cortar retamente a
palavra da verdade. Isso é necessário porque no declínio da igreja muitas
verdades são deturpadas e apresentadas de maneira distorcida”. (Lee, Witness.
Estudo-vida de Segunda Timóteo.SP: Ed. Árvore da Vida. 1ºed. 2005. Mensagem três: O Imunizador. p.39-40).
3.3. O Evangelho da Graça versus O
Evangelho do Reino
Outra
grande problemática difundida em nosso meio refere-se a estranha distinção
feita entre Evangelho da Graça e Evangelho do Reino evidenciado no seguinte
trecho: ‘Nestes últimos dois anos que evangelho temos pregado? Não pregamos
evangelho da graça apenas, mas pregamos também o evangelho do reino. No evangelho
da graça, basta nos crer em tudo o que o Senhor realizou na sua primeira vinda,
para tudo obtermos Dele. Somos salvos e regenerados tornando-nos filhos de
Deus. Mas para nos tornarmos cidadãos do reino é necessário buscar crescimento
de vida, em outras palavras, passar pela salvação orgânica – precisamos da
justificação subjetiva. Da salvação orgânica ou justificação subjetiva, fazem
parte da santificação, a renovação da mente e a transformação do espírito. Tudo
isso é necessário. É preciso que sejamos totalmente conformados à imagem do
Senhor Jesus para ficarmos cheios da glória de Deus (Rm 8:29). Esse é o
evangelho do reino, que nos permite participar das bodas do Cordeiro como a
noiva de Cristo, por mil anos.
A obra da expansão desses dois anos foi pregar o evangelho do
reino. Nosso evangelho não é segundo o homem, não o recebemos do homem, mas ela
vem da revelação do Senhor Jesus (2Pe 1:21-22). Para os incrédulos pregamos
evangelho da graça; para os crentes, mesmo aquele que já estão na vida da igreja,
ainda devemos pregar o evangelho do reino. Nós recebemos tal revelação: quando
o evangelho do reino for pregado em toda terra então será o fim, e o Senhor
voltará (Mt24:14). Estamos reforçando o trabalho do evangelho e fazendo de tudo
para pregar o evangelho do reino, porque nós temos a visão da Segunda vinda do
Senhor, e reforçamos este trabalho para apressar a Sua vinda”( A Visão Celestial. Dong Yu Lan. p.35-36).
É um assustador contraste com a visão do irmão Nee que vê da
seguinte maneira: “fim desta era é o
reino Cremos firmemente que nossos dias são os que beiram o fim desta era. Além
disso, estamos cônscios de que, após esta era da Igreja, haverá a era do reino.
Os olhos de Deus já se voltaram para o reino, o qual está crescentemente ganhando
Sua atenção, pois, se nossa compreensão está correta, cremos fortemente que o
que Deus está ansioso para trazer, de acordo com Sua vontade eterna, é o reino.
O chamamento de Deus para a Igreja é por causa do reino.
Quando
um servo do Senhor ganha a visão sobre o lugar que o reino tem na predestinada
vontade de Deus, o quanto, então, ele passa a ansiar que o reino venha logo.
Como ele espera que todos os filhos de Deus cooperem com o Senhor em apressar a
chegada do reino. O versículo da Bíblia que é especialmente comovente ao
coração desse servo é, sem dúvida, Mateus 24.14, o qual diz: "E este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim". Aqui podemos discernir a relação entre a
pregação do evangelho do reino e a vinda do fim. Inquestionavelmente esse
versículo é difícil de ser compreendido de maneira clara. Na verdade, no
passado esse versículo se tornou um problema causando muita contenda entre os
filhos de Deus. Nós não temos intenção de nos juntar à polêmica, pois não
importa como uma pessoa possa interpretar essa passagem, isso não trará uma
opinião unânime entre o povo de Deus. Desejamos simplesmente apresentar a luz
que temos recebido nesse versículo.
"O
fim do mundo (era, gr. lit.)" (v. 3) é uma frase que, naturalmente,
aponta para o fim desta era. De acordo com uma interpretação rigorosa da
profecia, essa frase refere-se à "hora da provação" (Ap 3.10 – VRA2),
que também é compreendida como constituindo o curto período conhecido como
"a grande tribulação", o qual irá concluir a era na qual agora
vivemos. A nossa era é denominada de várias maneiras: a era do Espírito Santo,
a era da Igreja, a dispensação da graça ou a dispensação do evangelho. Esta
era, a qual leva todos esses diferentes títulos, terminará com a vinda de
"o fim" ou a grande tribulação.
“Ora,
precisamos compreender claramente que a Igreja é responsável por trabalhar com
Deus para que o reino seja trazido, como Mateus 24.14 confirma. E, ao entender
que o reino de Deus só pode aparecer publicamente após o final desta era, a
Igreja não pode fazer outra coisa a não ser estar interessada no fim. Pois,
embora o final dessa era não tenha nenhuma relação com a Igreja em si, ela tem
muito a ver com a obra da Igreja.
Por
essa razão, o Senhor Jesus nos diz em Mateus 24.14 que o evangelho do reino
deve primeiro ser pregado e, então, o reino dos céus virá. Aqui nosso Senhor
profetiza com respeito ao fenômeno que deve acontecer ao aproximar-se o fim
dessa era e a chegada em breve do reino dos céus. Ele, além disso, estabelece a
condição para o surgimento da conclusão desta era e a introdução do reino. Por
conseguinte, a partir desse versículo em Mateus vemos que, para que esta era
seja concluída, os filhos de Deus devem dar testemunho do evangelho do reino de
maneira nova. Ao tempo do fim dessa era, nós verdadeiramente testemunharemos um
reavivamento do evangelho do reino.
Durante
as últimas décadas parece ter havido uma restauração gradual do ensinamento
sobre o reino. Especialmente nos poucos anos passados, o Senhor tem voltado os
olhos dos Seus filhos na China mais na direção desse assunto do reino de Deus.
Isso é, de fato, um sinal muito saudável.
Mas
o que é o reino de Deus? O que é o evangelho do reino dos céus? O que é
normalmente entendido é que o reino é a era quando Cristo e a Igreja irão
reinar. Na verdade, ele é muito mais que isso. Muitos tentam
diferençar entre o evangelho do reino e o evangelho da graça. Isso realmente
não é necessário. Se há quem insista em distingui-los, podemos dizer que o
evangelho da graça lida principalmente com bênção, enquanto o evangelho do
reino é especialmente dirigido contra a opressão demoníaca de Satanás.
Hoje
em dia, existem muitos conceitos acerca do reino, mas ouçamos o que o Senhor
Jesus tem a dizer: "Se Eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo
é chegado a vós o reino de Deus" (Mt 12.28). Sem dúvida o reino significa
muitas coisas, mas o que o Senhor menciona aqui deve ser considerado do mais
importante significado. O reino está em direta oposição ao Hades. O Senhor Jesus declara que o reino é a expulsão de demônios –
isso quer dizer que, pela energia do Espírito de Deus, se dá a expulsão de
demônios. Essa é uma explicação acurada do reino. Existe uma lacuna básica
encontrada nos comentários da Bíblia de hoje, pois neles os autores usualmente
se esquecem do Hades. A Igreja em sua posição, obra, pensamento e falar têm
geralmente esquecido seu inimigo, Satanás. Não sabemos que Deus escolheu a
Igreja para resistir a Satanás e para introduzir o Seu reino?
Portanto, prestemos atenção que exatamente na primeira vez que o Novo
Testamento menciona a Igreja ele também menciona o Hades (veja Mt 16, onde
Hades é traduzido para inferno)’(Nee,
Watchman. Espírito de sabedoria e de Revelação. Editora dos Clássicos. 2003).
Ensina-se
enfaticamente, na "restauração" de que, primeiramente, deve se pregar
o evangelho da graça para os incrédulos, e pregar o evangelho do reino para os
salvos, sendo que esta segunda etapa do evangelho, está relacionada ao “negar a
vida da alma”. Mas o irmão Nee deixa claro que isto é DESNECESSÁRIO!. Porque
como vamos levar o Evangelho de Reino se a Graça de Cristo não estiver junto
(Jo1:14). Mas há insistência do líder da restauração na América do Sul em
tentar expor isto como alguma revelação ou verdade. Como se não bastasse as
paráfrases dos livros e mensagens dos irmãos Nee e Lee. Pois os leitores forem
rigorosamente observadores perceberão que a maioria dos livros resumem-se em
paráfrases. E sem acréscimos de revelação ou de verdades, mas pelo contrário de
deturpações grosseiras da palavra de Deus, também evidenciado no seguinte
trecho: ‘Muitos nem ao menos sabem o que significa o evangelho do reino.
O livro de Mateus nos ensina que para sermos povo de reino dos céus é necessário
termos a vida de Deus. E esta vida precisa crescer, Mas como e onde a vida
cresce? Ela cresce na vida
normal da igreja. .....No passado, Deus usou muitos servos seus, nossos
irmãos, para semear
o evangelho da graça; agora cabe a nós a sua igreja, a responsabilidade de pregar o evangelho do reino em
toda terra habitada.
A realidade do evangelho da graça é recebida pelo homem pelo simples crer. Todavia, o evangelho do
reino exige de nós
a prática. O evangelho
da graça visa dar-nos a vida divina;entretanto, para essa vida crescer,
precisamos do evangelho do
reino. (Livro Então virá o fim - Dong Yu Lan)
Com base nas afirmações acima, gostaria que irmãos mais constituídos (os que sabem o que significa o evangelho do reino) esclarecessem seguintes dúvidas, pois sou um dos muitos que nem ao menos sei o significado do evangelho do reino.
1- Se Deus usou muito servos, nossos irmãos, para pregar o evangelho da graça, no passado, e agora cabe a “nós a sua igreja” responsabilidade de pregar o evangelho do reino, então, esses “muitos servos, nossos irmãos” não fizeram e nem faz parte da “nós a sua igreja?” quem são “nós a sua igreja?”
Com base nas afirmações acima, gostaria que irmãos mais constituídos (os que sabem o que significa o evangelho do reino) esclarecessem seguintes dúvidas, pois sou um dos muitos que nem ao menos sei o significado do evangelho do reino.
1- Se Deus usou muito servos, nossos irmãos, para pregar o evangelho da graça, no passado, e agora cabe a “nós a sua igreja” responsabilidade de pregar o evangelho do reino, então, esses “muitos servos, nossos irmãos” não fizeram e nem faz parte da “nós a sua igreja?” quem são “nós a sua igreja?”
2- Se o evangelho
do reino é para crescimento da vida e a prática, então porque em Mt 24 o Senhor
relata que: quando o evangelho do reino estiver pregado em toda terra habitada,
então virá o fim. Dando a entender que serão dois acontecimentos simultâneos
sem um grande intervalo de tempo entre a pregação e o fim. Não está claro
nesse versículo, que haverá um acréscimo de tempo extra, suficientemente longo
para que a vida cresça e
consequêntemente seja traduzida na pratica, uma vez que o crescimento de vida não ocorre em questão de meses ou em poucos anos. Se o evangelho do reino for isso, para que pregar este evangelho se não há mais tempo para amadurecimento dos que o ouviram?
consequêntemente seja traduzida na pratica, uma vez que o crescimento de vida não ocorre em questão de meses ou em poucos anos. Se o evangelho do reino for isso, para que pregar este evangelho se não há mais tempo para amadurecimento dos que o ouviram?
3-
Dentre os evangelhos citados na bíblia apenas esses dois tipos (da graça e do
reino) tem significado especialmente diferenciado? E os demais evangelhos?
quais são os significados
e diferença entre seguinte evangelhos registrados na bíblia?
a)O Evangelho de Deus (Rm 1:10; 15:16; 2 Co 11:7)
b)O Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1:1)
c) O Evangelho do Seu Filho (Rm 1:9)
d)O Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1:8)
e)O Evangelho de Cristo (2 Co 10:14)
f)O Evangelho da graça de Deus (At 20:24)
g)O Evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4)
h)O Evangelho da glória de Deus Bem-aventurado (2 Tm 1:11)
i) O Evangelho da vossa salvação (Ef 1:13)
j) O Evangelho da paz (Ef 6:15)
k)O Evangelho do Reino (Mt 4:23; 9:35; 24:14)
l) O Evangelho do Reino de Deus (Mc 1:14)
m)O Evangelho eterno (Ap 14:6)
4 – A bíblia afirma que o Senhor Jesus já naquela época pregava o evangelho do reino, e é lógico que nenhuma pessoa já estava salva, ou que tenham ouvido o evangelho da graça. Não teria sido correto ter pregado primeiro o evangelho da graça?
Mt 4:23 Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
Mt 9:35 E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todasorte de doenças e enfermidades.
Lc 4:43 Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.
Lc 8:1 Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele,
Lc 16:16 A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.’ (Han, Tomás. aguas_de_descanso@yahoogroups.com.br).
e diferença entre seguinte evangelhos registrados na bíblia?
a)O Evangelho de Deus (Rm 1:10; 15:16; 2 Co 11:7)
b)O Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1:1)
c) O Evangelho do Seu Filho (Rm 1:9)
d)O Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1:8)
e)O Evangelho de Cristo (2 Co 10:14)
f)O Evangelho da graça de Deus (At 20:24)
g)O Evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4)
h)O Evangelho da glória de Deus Bem-aventurado (2 Tm 1:11)
i) O Evangelho da vossa salvação (Ef 1:13)
j) O Evangelho da paz (Ef 6:15)
k)O Evangelho do Reino (Mt 4:23; 9:35; 24:14)
l) O Evangelho do Reino de Deus (Mc 1:14)
m)O Evangelho eterno (Ap 14:6)
4 – A bíblia afirma que o Senhor Jesus já naquela época pregava o evangelho do reino, e é lógico que nenhuma pessoa já estava salva, ou que tenham ouvido o evangelho da graça. Não teria sido correto ter pregado primeiro o evangelho da graça?
Mt 4:23 Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
Mt 9:35 E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todasorte de doenças e enfermidades.
Lc 4:43 Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.
Lc 8:1 Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele,
Lc 16:16 A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.’ (Han, Tomás. aguas_de_descanso@yahoogroups.com.br).
A Teologia do irmão Dong diverge inclusive neste aspecto com a do irmão
Lee, perceptível na nota de MT 24:14 que diz o seguinte: 141 “O
evangelho do reino, que inclui o evangelho da graça (Atos 20:24), traz as
pessoas não apenas a salvação de Deus mas também para dentro do reino do céus
(Ap 1:9). O evangelho da graça enfatiza a perdão do pecado, a redenção de Deus,
e a vida eterna, enquanto que o evangelho do reino enfatiza o governo de Deus nos céus e a autoridade do
Senhor. Este evangelho do reino será pregado por toda a terra para testemunho
de todas as nações antes do fim desta era.(...)”.
3.4. A ênfase em
exercitar os Dons até que eles se tornem Ministério: “Um incentivo ao
desenvolvimento de meras práticas exteriores”
“Vejamos , por
exemplo, o Dom de tocar instrumentos musicais. Qualquer pessoa que tenha esse
dom, pode tocar, porém, inicialmente, não consegue executar acordes agradáveis
de se ouvir. Mas se ela prosseguir em praticar o seu Dom através do exercício
contínuo do instrumento, pouco a pouco o seu Dom é aperfeiçoado, e à medida que
ela vai evoluindo, o seu Dom é ampliado. (...)
Para alguns irmãos,
o dom de tocar um instrumento se tornou um ministério. Eles ouvem a melodia, ou
lêem uma partitura e já conseguem tocar. Eu não consigo fazer isso. Talvez eu
só tenha o dom, o potencial de tocar, mas não tenho esse ministério porque nunca
exercitei o dom. Se tivesse exercitado o dom, a graça teria vindo e eu teria o
ministério de tocar instrumentos. Irmãos, cada um de nós precisa receber graça
por meio de exercício dos dons, usando-os para que se tornem ministérios”.
(Livro visão celestial . Dong Yu Lan. p. 54 e 56).
Isso é conseguido pelo treino ou é uma questão da
vida?. Amados irmãos, tanto W. Nee, quanto W. Lee, sempre enfatizaram a
grande diferença entre o dom e o ministério. Por isso não se deve pensar que
qualquer serviço à Deus necessariamente é um dom ou que é um ministério, a
diferença é patente!. Vejamos por exemplo, o que diz W. Nee no livro A Obra de
Deus:
‘O que realmente edifica e mais
ajuda não são os dons ou eloqüência daqueles que os possuem, mas a vida
daqueles que conhecem profundamente a cruz, que a conhecem no íntimo e
diariamente, e com os quais entramos em contato. Tome por exemplo, um grupo de
cristãos recém salvos. Nos primeiros anos o Senhor pode lhes conceder dons,
para que fiquem maravilhados com seu poder e glória, e para fortalecer a sua
fraca fé. Mas uma vez que ela esteja suficientemente forte, Ele removerá os
dons e trará a cruz. Existem graves perigos associados com os dons, e o maior
deles é o orgulho espiritual.(...)
Deus concede
soberanamente os dons a alguém aqui e ali para que possam servir como seus
porta-vozes por algum tempo, pois neste período nada mais será entendido porque
são bebês e Ele não tem como encontrar-nos em outro nível qualquer. Na verdade,
Ele usará qualquer boca, até mesmo a de um jumento. Mas este é um ministério
limitado, do tipo “jardim de infância”, e é propenso à vaidade.(...)
Uma igreja que
procura se edificar por meio dos dons sempre acabará sendo uma igreja carnal
porque esta não é a forma de Deus para edificar a igreja, a não ser no estágio
da tenra infância.
Hoje a igreja organizada enfatiza o que a pessoa diz e o que faz, mas
presta pouca atenção àquilo que a pessoa é (...)’ (A obra de Deus. W. Nee. CCC
Edições . p. 31, 32 e 36).
4. Desvios inerentes a Práticas
4.1. O
equívoco na centralização do partir do pão somente em um lugar da cidade, como
se isto legitimasse a unidade do corpo de Cristo com um único partir do pão
reconhecido por Deus na Jurisdição local.
Em MT 26:26-30 o senhor ensinou a partir o pão à pessoas não
regeneradas(não estou sugerindo aqui que vamos agora partir o pão com os
incrédulos),e que não eram a igreja, porque a produção da igreja é resultado da
morte e ressurreição do Senhor. Para depois de insuflar-se para dentro dos
discípulos como o Espírito da Realidade tivessem uma experiência com o Senhor
mais profunda sobre esta questão (Lee,
Witness. The
New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991. p.460. nota 221).
A reunião do partir do pão é muito especial, pois nos lembramos do que
o Senhor fez por nós(1 Co:23-26) para geram a igreja, que é o seu corpo. Nos
versículos 28-29 nos diz para discernirmos o Corpo. E o contexto em que
o apóstolo Paulo escreveu esta carta aos coríntios foi bastante nebuloso, pois
existiam muitos fracos e doentes e não poucos que estavam morrendo, indicando
uma situação de anormalidade no viver cristão de vários irmãos (v.30). E
próprio teor da epístola em si já demonstrava os problemas de pecados de
divisão (1:10-13), adultério etc... . Por isso era necessário que examinassem a
si mesmos para não incorrerem em algum risco pessoal(v. 28-29), antes de
participar desta comunhão.
Sempre observei com estranheza a interpretação literal da
quantidade de pão que deveria ser preparada nas reuniões do partir do pão. Porque a experiência prática reflexo de nosso
entendimento da palavra hoje na restauração é de se preparar apenas uma pão nas
reuniões do partir do pão, como um símbolo da unidade da Igreja na cidade em
que existe um igreja local estabelecida via ministério do irmão Dong. E que se
em qualquer outro lugar nesta mesma cidade que parta o pão separadamente dos
que partem oficialmente, pioneiramente e declaradamente como igreja estão
fazendo-o divididos do testemunho da unidade da igreja. E portanto, estão
praticando uma ato divisivo em relação ao Corpo de Cristo!. A ênfase
principal não é simplesmente na quantidade de pães em si, mas em centralizar
apenas em um lugar esta comunhão. Expressando ainda que se em qualquer outro
lugar na mesma cidade houver uma reunião da mesma natureza por irmãos que se
reúnem como igreja local, é inadequado por estar se dividindo.4
Ao lermos 1Co 10: 16 e 17 vemos
“Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de
Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente
um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão”. Observem que a expressão que os irmãos são um pão em “somos unicamente
um pão” se refere a serem o Corpo de Cristo, expresso logo em seguida por “um
só corpo”. E que “todos participamos do único pão” não faz alusão ao “pão
físico” mas a Cristo. Portanto, por todos participarem “do único pão” que é
Cristo, são “unicamente um pão”, ou seja, “um só copo”. Tanto é assim que o irmão Lee falou o
seguinte na nota da Versão Restauração161 “ Ou, participação em
comum. Comunhão aqui refere-se a
comunhão dos crentes na participação em comum do sangue e do corpo de Cristo.
Isto nos torna participantes do corpo e do sangue do Senhor, e não apenas um
com Ele. Nós, os participantes, tornamo-nos identificados com o Senhor na
comunhão do seu sangue e do seu corpo. Através do apóstolo aqui foi ilustrado
como bebendo e comendo os tornam um com aqueles que comem e bebem (...)” (Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991. p.720).
Em várias cidades em
que a igreja é muito grande e possui vários locais de Reuniões, os irmãos
deixam de reunir no local que freqüentemente congregam para partir o pão em
apenas um local de Reuniões simplesmente por que o versículo 17 fala de sermos “unicamente
um pão”, mas olhemos a nota 171: “O único pão significa o Corpo de Cristo. Nós todos estamos no único
corpo porque nós todos participamos do único pão. Nossa participação em Comum
do único pão faz-nos todos um. Isto indica que nossa participação de Cristo
faz-nos todos seu único Corpo. O próprio Cristo de quem todos nós participamos
nos constitui Seu único Corpo” (Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim,
California. E.U.A.
ed. Living Stream
Ministry. 1991. p.720). Como o próprio irmão Lee fala na nota
seguinte que a participação do único pão identifica-nos como o pão. Isto indica
que nossa participação de Cristo, nosso desfrute de Cristo, identifica-nos com
Ele, fazendo-nos um com Ele. Não tendo, portanto, nenhum elo de ligação entre a
necessidade intrínseca de se praticar necessariamente um partir do pão em
apenas um lugar em uma cidade usando um único pão físico, ou mesmo vários pães.
Isto caracteriza um erro clássico de interpretação chamado de redução (desprezar o
contexto e entender uma parte com outro significado).
Nos versículos 19-22 é feita uma separação entre a Mesa do Senhor, e a
Mesa dos Demônios. Indicando que existem duas mesas no universo, e que o Senhor
nos oferece a sua Mesa. Infere-se neste contexto a existência de irmãos
participando das duas mesas. E a na nota de rodapé da Versão Restauração 211
diz o seguinte: “Beber o cálice do Senhor e para participar da mesa do Senhor é
para nos identificarmos com o Senhor. Beber do cálice dos demônios e participar
da mesa dos demônios é fazer-nos um com os demônios”(Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim,
California. E.U.A.
ed. Living Stream
Ministry. 1991. p.721). E que no nosso dia a dia ou na
reunião do partir do pão podemos participar diante do símbolo de “uma única
mesa física” ou da Mesa do Senhor, ou da Mesa dos Demônios. Por isso, nos
v.19-22 em momento algum é feito alusão à questão da cidade, localidade ou
testemunho da unidade da igreja local. Ou ainda que compulsoriamente os crentes
de que reúnem como igreja em uma cidade devam participar da Mesa do Senhor
apenas em um lugar da cidade. Ou que os que participam concomitantemente da
mesa do Senhor em outro lugar da mesma cidade dando o mesmo testemunho de
igreja na cidade sejam divisivos. Isto é expresso em Atos 2:46 em que diz que
os irmãos perseveravam unânimes no templo, e partiam
o pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e
singeleza de coração. E é pouco provável que a casa dos santos naquele momento
tivesse a estrutura física preparada para suportar pelo menos os três mil
batizados citado no versículo 41, ou que o pão destinado a esta reunião teria
que ser único e “gigantesco” para manter a unidade!, ou mesmo vários pães
menores. Nem que necessariamente todos os irmãos estivessem juntos na mesma
reunião.
A grande questão é aonde está a nossa base
bíblica para este ensinamento e prática de partir o pão necessariamente em um
único lugar?, que inclusive exclui os
filhos de Deus que desconhecem que só existe uma igreja na localidade, uma vez
que eles não participam do único pão físico na reunião da Mesa do Senhor, pois
não costumam freqüentá-la. E que embora participem do pão e do cálice, e até da
Mesa de Senhor desconhecendo a existências da restauração, dizemos que “não
possuem a realidade” porque não conhecem o significado mais profundo que vai
além do sacrifício do Senhor, ou seja, A Unidade. E consideramos inclusive que
se chegarmos a visitá-los em suas reuniões e participarmos com eles do pão,
estaremos sendo “um com a divisão”, ou seja, um com o sistema religioso. Embora
qualquer sistema religiosos seja pernicioso, ter uma comunhão destas com
aqueles que são nossos irmãos é ser um com o sistema religioso?. Será que isto
não é um comportamento exclusivista?.
Além de ser incoerente com a intrerpretação do
irmão W. Nee o oráculo é totalmente divergente com a interpretação do irmão W.
Lee, pois nesta questão do Evangelho do Reino os irmão Nee e Lee estão muito
bem afinados.
4.2. Exclusivismo
É incrível como o nosso exclusivismo é tão indiscreto, pois se mesmo em
uma reunião de pregação do evangelho em que houvesse um irmão de bom testemunho
que reúne em uma denominação, e estivesse disposto a dar a palavra de
evangelização do dia, certamente não aceitaríamos porque ele é denominacional,
ou seja, simplesmente porque ele pertence a uma denominação. É quase impossível
dar uma oportunidade destas para um querido irmão como este. Pois nossa
imponência de saber e não ter o que aprender com os irmãos que não tomaram a
posição de igreja local é patente aos olhos. Vejamos que o irmão Nee discorre
sobre exclusivismo: “Finalmente, não devemos, de maneira alguma, abraçar
qualquer pensamento de sistematização. De modo algum, devemos pensar que a
verdade e o evangelho de Deus só podem sair do nosso meio. Nossa intenção é
somente encontrar as pessoas que Deus usa em cada localidade”. (Nee,
Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida.
p.74 ).
Já fui colportor de tempo integral e sempre
foi nossa prática conseguir espaço para exposição dos livros da editora nos
grupos cristãos. Mas será que nós aceitaríamos a exposição de livros de outra
editora em conferências ou reuniões normais da igreja, mesmo que tivessem os
livros de W. Nee ou de bons escritores cristãos?. Talvez alguns exemplares, mas
não todos. Alguns alegam cuidado com os santos, como se os irmãos tivessem
pouquíssimo discernimento dos alimentos postos à mesa: “Assim que vocês
evitarem algo, imediatamente se tornarão uma seita. Porque não são capazes de
incluir todos os filhos de Deus, vocês
excluem aqueles que acreditam naquilo que vocês deixam de anunciar (...)
Pelo fato de o Cristo dessa porção que vocês não querem, não poder ser incluído
entre vocês, vocês não estão perfeitamente completos. Essa porção fica
inutilizada. Isto é muito importante”. (Nee, Watchman. Palestras
Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.60 e 61). À
propósito, foi-se o tempo em que dizíamos que não existe vínculo entre a
Editora e a igreja. Hoje fala-se claramente que é “a editora da nossa
igreja”,mostrando uma clara interferência da obra nas igrejas locais. Na ótica
da liderança pode se visto de outra maneira, mas é ledo engano pensar que as
massas na restauração fazem esta separação, simplesmente porque de fato não
existe tal distinção.
Este é um dos pontos marcantes na restauração,
pois muitos irmãos excluídos sentem na pele o nosso comportamento até no trato
com eles. Pois incontáveis irmãos já me confessaram terem sido vítimas de nosso
sentimento exclusivista. Nossa indiferença por não crêem em coisas que cremos, ou
por não praticarem coisas que praticamos. Não é à toa que esta é uma
característica citada pelos estudiosos da restauração no Cristianismo. Eu é que
nunca quis aceitar apesar de sempre perceber.
No livro a Vida Cristã Normal o irmão Nee já alertava sobre este
problema para aqueles que já viram algo do corpo de Cristo. Pois isto fecha o
grupo e o torna sectário: “Sempre que um líder em especial, ou uma
doutrina específica, ou alguma experiência, ou um credo, ou uma organização
torna-se um centro que atrai cristãos de diferentes lugares, então, visto que o
centro de tal federação de igrejas não é Cristo, acontece que sua esfera, ou
circunferência, será algo mais do que local. E sempre que a esfera divinamente
designada da localidade é substituída por uma esfera de invenção humana, a
aprovação divina não pode ali repousar. Os cristãos em tal esfera podem de fato
amar ao Senhor, mas eles têm outro centro que não é Ele, e é mais que natural
que o segundo
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.
Tudo o que se torna um centro unificador dos
cristãos de vários lugares criará uma esfera que inclui todos os cristãos que
se ligam a esse centro e exclui todos os que a ele não se ligam. Esta linha
divisória destruirá o limite divinamente ordenado da localidade, e
conseqüentemente destruirá a própria natureza das igrejas de Deus. Por isso, os filhos
de Deus têm de ver que não têm um centro de união que não seja Cristo, pois uma
união de Cristãos que exceda a localidade em torno de um centro que não seja o
Senhor faz crescer a esfera da localidade, e assim se perde a característica
específica das igrejas de Deus. Não há igrejas nas Escrituras que não sejam
locais!"( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore
da Vida.2003. p.102)
Como o próprio irmão Nee já falou no último
parágrafo. Isto sempre ocorre quando alguma coisa torna-se o centro dos
crentes. E este centro passa a controlar, e determinar quem pertence e quem não
pertence ao grupo. Isto ocorre porque o centro controlador uniformiza os
ensinos e práticas exteriores que devem ser seguidos, não é a toa que ir ou
deixar de ir para conferências virou de certa maneira uma espécie de termômetro
para saber o grau de desfrute, comprometimento e envolvimento dos irmãos com o
ministério. Exatamente porque o centro controlador confunde “unidade” com
“uniformidade”. Portanto, quando algum
membro questiona algum ponto crucial da uniformidade, ou deixa de praticar a
uniformidade, então naturalmente o centro controlador gera anti-corpos
necessários para expelir o membro que não está uniformizado. Isto pode se
manifestar através de ênfase no pecado de rebelião ocorrido em Gn 9: 20-27,
Nm16 e outros.
Para deixar bem claro que este sentimento
exclusivista que se encontrava apenas latente no subconsciente dos membros
localista já se manifesta até mesmo através mensagens basta ler as palavras do
oráculo na conferência internacional de setembro de 2005 na mensagem 13 “se em certo lugar você prega
o evangelho e levanta um grupo familiar, logicamente eles são a igreja naquela
cidade. Quem sabe era um grupo que saiu do catolicismo ou de uma denominação.
Agora eles sabem que ali eles são a igreja. Porque? Porque, de acordo com o que
já falamos, 1 Co 12:13, não importa, quem foi batizado no espírito foi batizado
para dentro do corpo de Cristo, que é a igreja. Mas o problema é aquele que o
batizou. Depois que você sai do batismo ele o coloca na divisão, o divide, mas
aos olhos de Deus você ainda é a igreja. Mas a questão é que você entra na
igreja batista e passa a ser um batista, e daí você não é mais o corpo de
Cristo, porque corpo de Cristo é a igreja naquela cidade. Mas aí, pelo fato de
você estar naquele grupo batista, você formou um grupo isolado, menor. E essa não
é a vontade de Deus. A vontade de Deus é que esses constituam a igreja”. Agora
vejam só como nosso querido irmão
nos diz que o fato de um irmão entrar em uma denominação o exclui do Corpo de
Cristo. Dá até a impressão que patentearam o Copo de Cristo, ou que Cristo
passa a rejeitar os seus. Tal afirmativas é no mínimo muito presunçosa!, e
claro, exclusivista. Mais o que mais me assusta é como alguém bastante
experiente como este amado irmão pode fazer uma asseveração de uma forma
sobremaneira equivocada.
Será que hoje a Estância Árvore da Vida não
virou um Centro de ajuntamento de crentes de diversos lugares ao congregar duas
vezes ao ano nas conferências irmãos de várias regiões?. Será que nestas
conferências não temos um líder em especial?, será que não somos atraídos para estas conferências por um líder em
especial, uma experiência,um credo, uma doutrina específica, ou uma
organização?. Será que assim não ganhamos uma esfera extralocal, será que não
expandimos os limites de ação local da Igreja através da filiação a um Centro
de Federação de Igreja Locais?.
Não se tratam de
uma simples questão de ensinamentos ou práticas que não descaracterizam o bom
início da restauração no Brasil. Mas de graves falhas que fazem com que o
candelabro seja removido. Alguns pensam que isto não seria possível porque
temos a posição local, mas esta nominação não é o suficiente, principalmente
quando a igreja perde a inclusividade de acolher todos os filhos de Deus em
Amor.
“IV.
A CONSEQÜÊNCIA DA DEGRADAÇÃO DA IGREJA
No
versículo 5, vemos a conseqüência da degradação da igreja. “Lembra-te, pois, de
onde caíste, arrepende-te, volta à prática das primeiras obras; e se não, venho
a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” A
conseqüência da degradaçãoda igreja é perder o testemunho. Perder o testemunho
simplesmente significa ter o candelabro removido. Se abandonarmos o nosso
primeiro amor para com o Senhor e não nos arrependermos, perderemos o
testemunho do Senhor e o candelabro será removido de nós. Anos atrás, o
testemunho dos Irmãos Unidos era bastante brilhante, mas não é assim hoje. Não
há dúvida de que o candelabro foi removido da maior parte das assim chamadas
assembléias dos Irmãos Unidos. Quando você entra em suas assembéias, não sente
nada brilhando lá. Não há luz nem testemunho. Precisamos ser cuidadosos e
constantemente estar alertas para evitar essa conseqüência. Não pensem que,
porque somos as igrejas locais como os candelabros e somos o testemunho de
Jesus, não podemos perder o nosso testemunho. O dia em que perdermos o nosso
primeiro amor para com o Senhor será o dia em que perderemos o testemunho!
Naquele dia, o candelabro será removido. (Lee, Witness. Estudo-Vida de
Apocalipse. SP: Ed. Árvore da Vida. 1995. Vol. I . p. 140)
Fica assim
evidente que poderia existir um grupo de irmãos que se reúnem como igreja em
Éfeso, mas que poderiam ter seu testemunho de igreja local genuína removido!.
No momento em que o brilho e o testemunho do Candeeiro (igreja local) se apagam
pode-se proclamar a posição local como for. Mas a característica de um mero
movimente acaba por ser o estigma mais contundente no grupo: “Não somos a
igreja quando tomamos o nome de igreja local, mas sim quando existe capacidade
de inclusão espiritual para conter todos os filhos de Deus” (Nee, Watchman.
Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 7º
Edição.1994 p.70). Ainda bem que o corpo de Cristo não pode ser patenteado!,
graças à Deus a posição de Igreja local não é vitalícia, pois evita assim que a
mornidão e frieza espiritual acomode
permanentemente os cristãos. E exclua os crentes sequisos do Verdadeiro viver
do Corpo de Cristo na comunhão genuína de uma verdaeira igreja local. A
apropriação privada do título de Igreja Local sem a realidade do Corpo só serve
para os grupos sectários e autoritários que tem dificuldades de conduzir o povo
de Deus plenamente sencíveis e submissos a autoridade do Espírito Santo.
4.3. As
Igrejas Locais como
a plataforma do ministério de um único Apóstolo a quem se reportar
Infelizmente as igrejas locais passaram a dar uma
sustentação incomum a obra do oráculo ao ponto de acoplarem as características
de uma organização. Isso pode ser
confirmado através de pedidos de arrecadação de ofertas para o desenvolvimento
e expansão do ministério, e muitos exemplos podem ser citados como a construção
do Auditório na Estância Árvore da Vida, Projeto Arca, etc... . A obstinação
pelo avanço da obra cegou a percepção dos obreiros de que a obra precisa da
dependência de Deus e não da intervenção estritamente humana, pois são muitas
as solicitações de ofertas para a obra e publicamente é manisfestado este ato
vergonhoso tanto nas conferências internacionais, como nas reuniões das igrejas
locais. E com certeza absoluta estas constantes propagandas da obra passam
longe da aprovação de Deus, porque o Senhor para se expandir não precisa de
obreiros marketeiros, ou relatórios rogadores de ofertas e sim da dependência
absoluta do Espírito Santo. O irmão Nee faz alusão a esta questão da seguinte
maneira: “Quanto ao relatório, devemos, por um lado, evitar toda discrição não
natural e todo isolamento da alma; por outro, devemos guardar-nos
cuidadosamente da intrusão de qualquer interesse pessoal. Em todos os relatórios
da obra, nosso alvo deve ser glorificar a Deus e trazer enriquecimento
espiritual aos que o compartilham. Utilizar relatórios como meios de
propaganda, com retorno material é extremamente vil e indigno de qualquer
cristão. Quando o motivo é glorificar a Deus e beneficiar os Seus filhos, mas
ao mesmo tempo tornar conhecidas as necessidades da obra com vistas a receber
ajuda material ainda está longe de ser aceitável ao Senhor e é indigno de Seus
servos. Nosso alvo deve ser apenas este: que Deus seja glorificado e Seus
filhos abençoados. Se houvesse essa pureza de motivo perfeita em nossos
relatórios, quão diferentemente muitos deles seriam escritos!
Cada
vez que escrevemos ou falamos da nossa obra, façamos três perguntas a nós
mesmos:
1)
faço isso a fim de ganhar publicidade
para mim e para minha obra?
2)
faço isso com a intenção dupla de
glorificar o Senhor e de fazer propaganda da obra?
3)
faço isso apenas com o objetivo de
que Deus seja glorificado e Seus filhos abençoados? Que o Senhor nos dê graça
para fazer relatórios com motivação sem mistura e perfeita pureza de coração!
(Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed.
2003. p.66)
Angariar fundos para a obra com o auxílio de
relatórios já virou vício insanável em nosso meio, são notórias as solicitações
públicas!. Sem falar nas promoções de obreiros decorrentes deste erro crasso de
sustentação da obra via esforço natural. Mas a derrota acachapante da
restauração já chegou ao cúmulo dos carnês, e boletos bancários. Destarte o que
é indigno de um filho de Deus passou a acompanhar a absurdidade e o
corriqueiro.
O agravante se perpetua com da venda da força de
trabalho dos obreiros em troca de um assalariamento, o que é totalmente
reprovável pelo Senhor e o que retira a pureza de sua obra: “Se um obreiro
recebe salário definido do homem, a obra produzida jamais pode ser puramente
divina”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida.
1º ed. 2003. p. 182), Uma oferta fixa para suprimento da necessidade pessoal de
um obreiro não é salário?. Parece até que não há constrangimento nenhum por
parte dos cooperadores da obra em fazer seus apelos aos santos por recursos
para a obra, e o incentivo já chegou ao ápice de desconsiderar a aceitação
divina e de se ter liberdade do Senhor: “Enquanto nas Epístolas as igrejas são
incentivadas a ofertar aos santos pobres e também aos presbíteros e mestres
locais, não há menção de incentivo às ofertas para os apóstolos, ou para a obra
na qual estão engajados. A razão é
óbvia. Os autores das Epístolas eram os próprios apóstolos; logo, não lhes
seria adequado pedir ofertas para eles mesmos ou para a obra deles, nem tinham
a liberdade do Senhor para fazê-lo. Era perfeitamente correto para eles
encorajar os santos a ofertar para os outros, mas para satisfazer as próprias
necessidades e as necessidades da obra, eles só podiam depender de Deus. (...)
Já dissemos que um apóstolo pode encorajar o povo de Deus a lembrar-se das
necessidades dos santos e dos presbíteros, mas não pode mencionar nada acerca
das próprias necessidades ou das necessidades da obra” (Nee, Watchman. A Vida
Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 192 e 199). Não
são poucos os obreiros bolsistas que vão para o campo missionário dependendo da
remuneração previamente acordada em nossos Centros Missionários (Ceapes) que
criamos, uns durante o curso e outros após o curso são efetivamente engajados
na obra. Terrificante ainda é o processo seletivo pouco rigoroso em que os
candidatos a obreiro são submetidos, que tem causado um enorme preocupação e as
vezes graves prejuízos por permitir que neófitos realizem a tarefa inerente aos
Apóstolos, no que tange ao estabelecimento de Igrejas Locais.
Os Centros Missionários passaram inclusive a
instalar-se nas dependências dos Locais de Reuniões das igrejas locais como
seus pontos estratégicos de atuação, por ser “mais conveniente” utilizar os
próprios locais de reuniões como base estratégica (Como exemplo das igrejas: em
Brasília, em Manaus, e em Dom Eliseu)5.
Trazendo uma completa mistura da esfera de atuação da obra e da igreja local:
“Aqui, em duas frases breves, temos um princípio importante, a saber, que a
obra apostólica e as igrejas locais são distintas. Uma igreja já fora
estabelecida em Roma; portanto os membros tinham pelo menos um lugar para se
reunir, mas não exigiram que Paulo assumisse o controle da igreja
local, nem tornaram o local de reuniões deles o centro da obra de Paulo.
Paulo tinha a própria obra na casa, que alugara, à parte da igreja e à parte do
local de reuniões deles, e não assumiu a responsabilidade dos assuntos da
igreja local”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da
Vida. 1º ed. 2003. p.143).
Se na época do irmão Nee já houve confusão por se
perder de vista a linha demarcatória entre a igreja e a obra, não é diferente
dos nossos dias. Temos ciência de que as igrejas são resultado da obra, e
certamente não podem incluir a obra. E que é errado que os apóstolos interfiram
nos assuntos da igreja, mas é igualmente errado que a igreja interfira nos
assuntos da obra. Mas os itens tratados nos quatro últimos parágrafos são fatos
que evidenciam interferência e controle da obra sobre as igrejas locais na
América do Sul, algo que é contrário ao procedimento bíblicamente correto de um
apóstolo do Senhor.
A vindicação de ser um oráculo exclusivo a quem
deve-se reportar, submetendo as igrejas locais debaixo de um “único ministério”
fez com que muitos amados irmãos fossem discriminados porque assumiram o
posicionamento de indagar a carência de base bíblica do modelo. E assim
centralizou-se o comando da restauração debaixo da gestão orientadora exclusiva
de um homem: “Gravemos em nosso coração que nossa obra visa ao nosso
ministério, e nosso ministério visa às igrejas. Nenhuma igreja deve
submeter-se a um ministério específico, mas todos os ministérios devem
submeter-se à igreja. Que devastação tem sido causada na Igreja pelo fato
de que seus ministros têm buscado conduzir as igrejas para debaixo do
ministério deles, em vez de, pelo ministério deles, servir as igrejas. Assim
que são conduzidas para debaixo de algum ministério, as igrejas cessam de ser
locais e passam a ser facciosas. (...) O obreiro a quem Deus deu nova luz
sobre a Sua verdade deve encorajar a todos os que a receberam a fortalecer as
fileiras da igreja local, e não a se agrupar ao redor dele. De outra forma, as
igrejas irão servir ao ministério, e não o ministério às igrejas; e as
“igrejas” estabelecidas serão “igrejas” ministeriais, e não locais. A esfera de
uma igreja não é a esfera de um ministério, e, sim, a esfera da localidade.
Sempre que o ministério tem a oportunidade de formar uma igreja, aí há o início
de uma nova denominação. Estudando a história da Igreja podemos ver que quase
todos os novos ministérios conduziram a novos adeptos resultaram em novas
organizações. Desse modo, “igrejas” ministeriais foram estabelecidas e
denominações, multiplicadas (...) A igreja não é controlada por um
ministério, mas servida por todos eles. Se um grupo de filhos de
Deus está aberto para receber apenas uma verdade, é uma facção”.( Nee,
Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.
151-153). E assim com as igrejas locais transformadas em igrejas ministeriais,
está pronta uma verdadeira plataforma para servir ao crescimento de um
ministério específico, algo totalmente divergente da atuação neotestamentária
dos obreiros revelada nas escrituras.
Alguns podem dizer que não existe controle de certas
igrejas sobre outras igrejas, ou que não existe um centro controlador da obra
na América do Sul, pois a igrejas de livre e expontânea vontade resolveram de
comum acordo participar de todos os encargos do apóstolo para assim serem
“unânimes”. Mas a quem devemos responsabilizar pelo dano de sistematizar e
mesclar a atuação da obra com as igrejas locais?. É compreensível que me digam
que a obra conforme a revelação das escrituras possua um centro, mas as igrejas
não!: “O segundo aspecto é que, em cada região, vê-se um centro, ao passo
que as igrejas não possuem um centro. A igreja em Jerusalém não tem
controle algum sobre a igreja em Samaria. Aqui todos os estudiosos da Bíblia
sabem que as igrejas são locais, e que a igreja numa localidade não pode
exercer controle sobre a igreja em outra localidade. Além disso, a igreja numa
localidade não pode controlar as igrejas em muitas localidades. A esfera de
ação mais ampla de uma igreja é limitada à sua própria localidade. Não deve
haver um conselho distrital, ou quartéis-generais para a igreja”.(Nee, Watchman.
A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 163).
Contudo é claro que a filiação federada não foi explicitamente registrada em
cartório, mas se manifesta no incentivo a participação das igrejas locais como
plataformas do “único ministério”. Chegando inclusive em alguns casos, como
penalidade pode ocorrer a discriminação daquelas que optam por não se engajarem
na empreitada Ministerial. Pois assim deixa de se uniformizar como igreja
ministerial, por não “reagirem” a palavra do líder da obra na América do
Sul.
4.4. A utilização da temática
da Autoridade e Submissão como forma de se afirmar como um oráculo exclusivo, e
como instrumento de controle de massas.
Com certeza absoluta se os crentes da igreja em Éfeso
fossem pensar que estariam sendo rebeldes ao por à prova os que se declaravam
apóstolos e não eram provavelmente o Senhor não falaria que tinha esta atitude
como algo a favor deles. Nada prova mais uma apóstolo como quando seus
ensinamentos são contestados (Nee, Watchman. Vida Cristão Normal da Igreja).
Deveria ser algo perfeitamente normal ter comunhão sobre pontos divergentes com
a interpretação de outros irmãos. Mas é incrível que como a atitude de apenas
falar sobre estes pontos é inexoravelmente interpretado como insubordinação ou
incitação a organizar alguma rebelião. Parece até proposital por existir alguma
coisa frágil, secreta e misteriosa que precisa ser guardado à sete chaves como
um segredo.
É
preocupante quando um líder prega ou difundi a inquestionabilidade de seu
ministério ou ensinamentos como se o ato de questionar fosse já uma afronta de
alguém que quer provocar algum motim. Só mesmo em uma boa organização é que
precisa-se usar a autoridade oficial para poder manter o status quo, Somente
em uma organização é que a autoridade é exercida por causa do ofício que detém,
se o detentor do ofício mantiver a sua posição pode exercer autoridade se
renunciar o ofício perde-a (Nee, Watchman. Vida Cristão Normal da Igreja.
p.163). E não são poucas as vezes em que vários líderes recorrem a verbalizar
que são a autoridade representativa de Deus na terra, e assim oficializam sua
autoridade. Permitindo assim que a restauração incorpore mais uma
característica de um grupo sectário. Tanto na história secular como na história
da igreja estadistas e líderes religiosos impuseram a inquestionabilidade de
sua gestão como estratégia subjugadora e alienante de facilitar a dominação das
massas(é de se desconfiar na idoneidade de qualquer líder que pregue a
inquestionabilidade de sua gestão, ministério ou ensinamento). Foi assim que a
igreja se degradou!. Pensar que esta sutileza do inimigo de Deus não pudesse
ser implementada em nossos dias é pura ingenuidade.
É
incrível como o oráculo e vários cooperadores vindicam ser autoridade de Deus
para os membros na restauração, mas não conseguem andar juntos com os irmãos que
dão continuaidade ao ministério do irmão Lee, para confirmar isto basta olhar o
site do endereço das igrejas locais na restauração em todo o mundo (http://localchurches.org/contact-us/index.htm) para perceber que as igrejas debaixo do
ministério do oráculo não estão ali relacionadas, ou seja, para os cooperadores
entremesclados existe um sério problema na comunhão com as igrejas locais
ligadas exclusivamente ao ministério do oráculo. Muitos irmãos aqui na América
do Sul pensavam que o oráculo se reportava ao irmão Lee (quando este era vivo),
quando na verdade se reportava a si mesmo. Mesmo quando o irmão Lee estava vivo
não havia aprovação dos chamados cooperadores entremesclados daqueles
ensinamentos comentados nos itens 3.1.; 3.2.; 3.3.; e 3.4.. Se não é assim,
como explicar hoje a extenção da obra do oráculo nos Estados Unidos mesmos com
a desaprovação da liderança daqueles que dão continuidade ao ministério do
irmão Lee? Assim, fica mais do que claro que aquela questão de “não edificar a obra
sobre fundamento alheio”(Rm 15:20) por conveniência não se aplica neste caso! E a desprovação do irmão Lee e dos irmãos que
dão continuidade ao seu ministério, quanto as publicações plagiadas das obras
dos irmãos Nee e Lee, e da obra do irmão Dong na América do Sul estar tocando
uma outra trombeta (“outra trombeta” no entendimento dos irmãos entresclados é
um ministério paralelo a O Ministério)
pode ser comprovado no site http://www.lsm.org/onepublication/portugese/index.html.
E é muito
interessante a forma como é enfatizado nas mensagens o perigo dos obreiros se
tornarem ambiciosos por liderança. Haja vista, que este mal aflige bem mais
quem está advertindo do que os que são advertidos. Na ótica dos irmãos
entremesclados quem está realmente sendo ambicioso e rebelde é o próprio líder
maior da Restauração na América do Sul, pois estes últimos criaram foi “uma
Unidade Ministerialista” que foi reproduzida pelo oráculo de maneira desatrada
na América do Sul. E sem sombra de dúvidas tal unidade ministerialista na
tentativa de unir acaba dividindo o Corpo de Cristo ao sujeitar as igrejas
locais (e as vezes é até requisito para serem reconhecidas como igrejas locais
genuínas) a receberem o tal do “único ministério”. Hoje, com a quantidade de
igrejas locais se desvinculando do Ministério do Oráculo, a pergunta que tem
surgido é: em que Restauração você está? Haja vista só existir na prática uma única
restauração, que é o próprio Cristo sendo produzido como realidade na vida dos
crentes.
Muitos
por indagarem certas questões bastante obscuras ensinadas e praticadas na
restauração são logo vistos como rebeldes. Quando isto acontece trata-se logo
de adverti-lo(s) com uma palavra sobre Autoridade e Submissão que “problema” é logo resolvido!, como se o ato
de contestar viesse de um coração sem temor de Deus, e por conseguinte mal
intecionado. Em alguns casos para obter unanimidade usa-se deste recurso para
que os irmãos ou igreja respondam de maneira uniforme. Se existem aqueles que
são supostamente rebeldes é porque existe quem vindique alguma autoridade para
si. E como não há autoridade que não tenha sido estabelecida por Deus não
importa como foi estabelecida (RM 13:1), torna-se legítima. E de fato neste
sentido é semelhante a qualquer grupo religioso, instituição ou estado, já que
a submissão também estabelece a autoridade, aí está efetivado a relação de dominação!.
Mas Deus não nos obriga a permanecer debaixo do julgo de qualquer autoridade,
pelo contrário Ele nos dá liberdade no Espírito! seja para mudar de país ou
nacionalidade(e assim passar para os cuidados de uma outra autoridade). Foi Ele
quem deu liberdade no Espírito para muitos irmãos saírem de uma denominação, e
Ele mesmo nos dá liberdade para sairmos de um movimento (Ap18:4).
Vivemos
nesta era como na época dos Juízes em que o juiz realizava seu comissionamento
específico designado por Deus e concomitantemente corria também o risco da
tentação de ser rei. É Muita inocência pensar que o líder maior na Restauração
na América do Sul não
sofreu esta tentação, após cumprir o seu papel bem específico no bom início da
Restauração neste continente. Embora
sejamos submissos a várias autoridades das três esferas de governo, Federal,
Estadual e Municipal (Art. 18 da Constituição Federal de 1988.), mesmo a elas
não devemos obediência irrestrita, principalmente quando vão de encontro
à autoridade do próprio Deus. Para exemplificar que não precisamos ser
obedientes em tudo a uma autoridade, basta atentar para os Reis da
Antiguidade como o Faraó da época de Moisés. Imagine se o povo de Israel
ficasse no Egito para obedecer à autoridade designada por Deus naquela ocasião,
Faraó (Ex 5; RM 13:1-5), deveriam eles obedecer esta autoridade e ir de
encontro à autoridade do próprio Deus(Ex 3: 6-10)?. Por isso, a autoridade de
Faraó vai até o momento em que Israel precisa sair do Egito por ordenação
divina, daí em diante é outra história!.
É na verdade
uma completa falta de discernimento confundir a Autoridade ilimitada de Deus no
que tange ao limite de abrangência com a limitada autoridade representativa de
TODOS os que possuem tal comissionamento. Fora da esfera de atuação de uma
autoridade representativa, o máximo que podemos fazer é respeitá-la, mas não
somos obrigados a lhe sermos submissos.
Ser um cristão que respeita RM 13:1-6 não significa cair na estultice de
obediência cega e irrestrita de qualquer autoridade terrena. Mesmo enquanto
observantes da aplicabilidade da analogia de Noé e seus filhos (GN 9:20-27),
Deus não exige de nós submissão irrestrita a autoridades legitimamente legais
(O Governo).
Na Igreja do
Senhor “os fins não justificam os meios”, por isso, não se deve sacrificar a
Verdade ou as Práticas saudáveis em detrimento de alguma obra seja ela qual
for!. A esfera de atuação de uma autoridade representativa de Deus não pode em
hipótese alguma precisar omitir a Verdade ou passar por cima dela no intuito de
legitimar sua autoridade. Pois seu limite chega até ao ponto em que a Verdade,
que é o próprio Cristo, não precisa ser sacrificada em prol da vindicação de
uma autoridade ilimitada que Deus possui, e não foi concedida a autoridade
representativa. Por exemplo: Se um líder Cristão comete um crime grave como
matar, e os membros têm conhecimento, a autoridade do líder não se estende a
ordenar o silêncio dos membros, pois na esfera do direito penal ocultar
informações desta natureza também é um crime. E assim os membros estariam indo
de encontro à autoridade governamental
competente delegada por Deus que legisla sobre a esfera penal. Se ele
tentasse silenciar os membros usando sua autoridade limitada, dada por Deus, e
a pessoa morta estava sendo penalizada por ele por alguma infração cometida, o
líder cristão estariam indo de encontro a duas esferas(humana e divina) que não
possui competência para agir, porque Julgou e Condenou alguém, e impediu que
outros tenham a liberdade e dever cívico de denuciá-lo. Por isso, a esfera
de atuação do líder cristão está limitada por uma competência estatal designada
por Deus.
É realmente vergonhoso quando um líder utiliza algo
puro e santo como a temática da
Autoridade e Submissão como instrumento de manobra de massas cristãs. Como um
mecanismo para fazer calar a Verdade (Lc 19:40) tentando assim incubrir os seus
erros com outro erro que a própria mentira e engano(Jo8:44). A enfática
“simplicidade” do localismo sul americano levou ao simplismo antagônico de
aprisionar a instrumentalidade da verdade por ultrapassar a linha demarcatória
da autoridade limitada delegada por Deus ao homem. Pensando assim que a Verdade
pode também ser manipulada ao bel prazer
da liderança. Quando alguém ou algum grupo de irmãos ou igrejas não estão uniformizados
com a direção da liderança basta dar uma palavra sobre autoridade e submissão
para sufocar a suposta rebeldia dos que tem opinião contrária. Mostrando a
verdade sobre o assunto de maneira
incompleta!, e causando assim aos santos uma parnóia e temor irracional de
estar ofendendo a Deus por estar desagradando aos homens (At 5:29).
Principalamente quando mecionam de uma maneira sutimente ameaçadora o prejuízo
da perda da suposta benção por não “ser um” com este sistema.
5. Em busca
do verdadeiro testemunho da Igreja:
“A frustração”
Aproximadamente
em Abril de 1994 eu e meu irmão Kleber conhecemos os livros do irmão Nee, e a
palavra e o desfrute de saber que o corpo de Cristo era muito mais belo e
profundo do que imaginávamos contagiou-nos de tal maneira que no dia quatro de
novembro deste mesmo ano tivemos que explicar ao Pastor do grupo aonde
congregávamos que estávamos nos posicionando como igreja em Ananindeua/PA
(cidade onde até então morávamos). Um grupo de irmãos da congregação a que pertenciamos
vieram reunir conosco. E mesmo tão jovens (eu com 18 anos e meu irmão com 16)
ficamos maravilhados em estar percebendo a grandiosa extenção do corpo de
Cristo. Neste mesmo período em busca de auxílio do corpo em como experimentar a
praticidade do viver da igreja de uma maneira mais ampla- porque entendíamos
que deveriam existir muito mais irmãos no Brasil que já tinham tal visão e
prática de reunir como igreja em uma cidade-
meu irmão enviou uma carta para a Editora Árvore da Vida. Ao ler a carta
o irmão Pedro Dong pediu para que os irmãos da igreja em Belém/PA nos ajudassem
no que estávamos solicitando. Os irmãos da igreja em Belém ao nos contatarem
ficaram surpresos em encontrar pessoas tão jovens(eu com 18 e meu irmão com 16
anos na época) reunindo-se como igreja em uma cidade. Um irmão responsável e
outro de serviço chegaram a nos considerar um grupo livre, por não possuirmos
vínculo ministerial a com o ministério que eles recebiam(O ministério do irmão
Dong). Dizia um dos irmãos responsáveis que para sermos um com o Corpo
Universal de Cristo precisávamos adotar o hinário deles e o devocional(Alimento
diário), para assim termos “um único falar”. Com o tempo nos desencorajaram a reunir em Ananindeua sob
a alegação de sermos muito jovens e inexperientes para tal encargo. E assim
deixamos de nos reunir como igreja em Ananindeua.
Devido
à cooperação com a igreja em Belém tornamo-nos aquilo que chamamos em nosso
meio de irmãos de serviço, cooperando com colportagem em tempo integral, e os
diversos serviços práticos existentes na igreja. Mas não demorou muito tempo
para percebermos os problemas e intrigas que envolviam o cooperador X da obra
na região 2, principalmente no que dizia
respeito ao ciúme do cooperador Y, por ser o irmão que contribuiu efetivamente
para gerar os irmãos que passaram a se reunir como igreja em Belém. Pois na
verdade estava claro que o cooperador X desejava ter a proeminência na região e
concentrar a liderança em suas mãos. Os próprios irmãos responsáveis e de
serviço de Belém já rejeitavam certas tentativas de colaboração devido às
manifestações pouco humildes com que ele se dizia cooperar com o Senhor. E
devido também ao evidente revanchismo como o cooperador Y. Cerca de
aproximadamente 10 anos a situação que já envolvia toda a região não se
equacionava, mas pelo contrário só se avolumava exacerbadamente. Principalmente
no que tange as solicitações claras de submissão das igrejas locais da referida
região debaixo de sua administração ministerial. Mesmo sabendo que não eram poucos
os irmãos responsáveis que não aprovavam tal gestão.
Certa
vez em uma conferência em Sumaré em 1999 o cooperador X me mostrou o seu
sentimento de despeito com os irmãos responsáveis e de serviço de Belém dizendo
que “não queria que eu ficasse igual a eles”,ou seja, não sendo favorável aos
seus desígnios. A rispidez com que falou, e minha ingenuidade de 22 anos de
idade me deixaram com uma icógnita maior ainda. Mas ficou claro que ele buscava
minha colaboração em relação a esta situação.
Isto
ficou mais evidente quando em outubro de 2000 após uma reunião regional de
serviço na cidade de Castanhal ele veio ter comunhão comigo e com meu irmão em
particular e me ofereceu com todas as letras RECONHECIMENTO na região citando
até um determinado irmão que não tinha tal “privilégio” e naquele momento
possuía graças a seus esforços. Como ele percebeu que eu não buscava estas
“benesses” ele ficou desapontado comigo.
Em dezembro
deste mesmo ano manifestei meu sentimento aos irmãos responsáveis de me
submeter ao treinamento do CEAPE e um irmão que fazia medicina na faculdade em
que estudava resolveu também ir. Por isso trancamos a matrícula na faculdade e
fomos para a conferência (Em fev/2001) de Sumaré, com o intuito de já ficar no
CEAPE de Sumaré/SP. Embora os irmãos responsáveis da igreja em Belém já
tivessem feito o envio das documentações necessárias e já acordado o nosso
ingresso no CEAPE, fomos surpreendidos ao chegarmos em Sumaré com a notícia de
que não poderíamos freqüentar o treinamento do CEAPE, sob a alegação de que já
existia um CEAPE na nossa região (CEAPE em Dom Eliseu do Pará), sendo que
existia a liberdade de vários irmãos se submeterem ao treinamento do CEAPE em
diversas regiões do País de no exterior. A indiferença de vários líderes de
nossa região e irmãos comuns por resistirmos às diversas tentativas de
persuasão a irmos para Dom Eliseu eram óbvias. Era até estranho e suspeito
tanta insistência por parte dos irmãos mais próximos do irmão X.
Do outro lado
o cooperador Y não aprovava que alguém que teve o sentimento de ir para um
determinado CEAPE deixasse de ir. Então, a situação nesta conferência entre os
cooperadores da obra na região 2 e irmãos responsáveis e de serviço da mesma
região citada passou a se agravar ainda mais com exposição do problema aos
outros líderes da restauração sobre o empasse de nossa ida para o CEAPE. O
próprio cooperador X me disse em certo momento que não queria que fôssemos para
o CEAPE Sumaré/SP e sim ao de Dom Eliseu/Pa. Aí pude entender porque estavam
vetando nossa matrícula no CEAPE.
A região 2
estava na verdade, já a algum tempo, dividida entre os que eram favoráveis aos
cooperadores X e Y. Por isso, nossa ida levantou uma situação pendente que
incomodava bastante as igrejas mais envolvidas. Em uma das mensagens à noite,
enquanto servia na segurança na Estância Árvore da Vida com o irmão que foi
para Sumaré para fazer CEAPE junto comigo, chamaram-nos para a sala de comunhão
com o cooperador Z, e na presença dos cooperadores X e Y. Nesta comunhão
apresentei ao cooperador Z, que tentava nos convencer a fazer CEAPE em Dom
Eliseu/Pa, certas incoerências como a que estava relacionado ao problema do
coordenador deste último CEAPE citado ter declarado seu sentimento pela a irmã
do meu grupo familiar logo quando esta iniciou o CEAPE, o que repercutiu muito
mal entre vários irmãos de Belém. Mas o cooperador Z disse que tudo o que eu
estava apresentando não era verdade. Infelizmente Z não acreditou em minhas
colocações, pois o que apresentava eram fatos conhecidos por inúmeros irmãos.
Depois de uma
das reuniões da conferência os cooperadores X e Y chamaram os irmãos
Responsáveis e de serviço para uma comunhão, na qual eles admitiram
publicamente a desavença existente. Mas que agora estava resolvido, que já
haviam perdoado um ao outro. E impeliram todos os irmãos presentes que haviam
falado qualquer coisa negativa contra ambos os cooperadores em questão a se
arrependerem e assim estaríamos todos juntos dando um basta aos problemas na
região 2!. Então vários irmãos que haviam proferido algum juízo sobre os dois
cooperadores se levantaram e pediram desculpas publicamente pelo que fizeram.
Tinha apenas 24 anos e diante das mentiras, e dissimulações que presenciei
naquele contexto envolvendo os dois cooperadores, não me pareceu nada convincente
a atitude que estava sendo tomada. Não conseguia ver arrependimentos genuínos!,
e depois de tantos anos em tentativas fracassadas de se estabelecer um clima de
verdadeira harmonia e cooperação entre os colaboradores da restauração naquela
região realmente nunca deixamos de esbarrar no problema da necessidade de
cessação das intrigas. Fato confirmado depois com a destituição do cooperador Y
da função de cooperador direto do líder da obra na América do Sul sob a
alegação de não saber cooperar com o cooperador X.
Depois com a
monopolização da obra na região 2 em suas mãos passou a rechaçar vários irmãos
responsáveis que não se submetiam a sua gestão. Dentre eles o irmão Tomás Han
de Belém e vários outros que quando não tinha mais opção mediante a persuasão
verbal destituía-os de suas posições nas igrejas locais utlizando outros irmãos
responsáveis e de serviço da localidade. Muitos foram seduzidos sob o pretexto
de estarem recebendo “a benção de Deus” através da ajuda financeira na
organização de seus empreendimentos vindas do Cooperador X. É muito positivo
que um irmão como o cooperador X ajude irmãos em consultoria empresarial e
financeiramente. Mas deixar que isto se torne uma forma de oficializar e
viabilizar sua gestão na região para assim submeter de maneira irrestrita a
região debaixo dos seus domínios é um problema sério de mistura da vontade
humana e conchavo político na restauração.
Houve um tempo
em que praticamente todos os irmãos de uma certa localidade desta região e
muitos de outras localidades, com ramificações até em Alagoas (inclusive um
determinado irmão de Brasília), estavam envolvidos em vendas de merenda escolar
nas prefeituras. Inclusive Expulsaram e Discriminaram dessa localidade no Pará
uma jovem irmã com graves calúnias por ser um arquivo vivo (Conhecedora de todo
o esquema). E de uma forma ou de outra, vários negócios liderados pelo
cooperador X, faziam com que gerassem um tipo de Unidade Regional nas
igrejas que passaram a ser dependentes dos mesmos
negócios seculares. Chegando-se ao cúmulo de instalarem uma fábrica de pão
de queijo dentro de local de reuniões da Igreja em Belém, o fato é que a
liderança da localidade nomeado pelo cooperador X acatavam com toda
naturalidade. O que foi contestado pelo ir. T , gerando um clima mais
desconfortável ainda. Sempre o discurso maior que prevalecia era o de que era
necessário “A formação de irmãos empreendedores para cooperarem na obra”, o
grande problema em tudo isto é que não importavam os meios, e sim os fins (A
Obra).
Graças ao cooperador H pude continuar meu
sentimento de me submeter ao aperfeiçoamento do CEAPE, pois o mesmo conseguiu
arranjar o CEAPE/ Manaus para que eu e o irmão que me acompanhava fôssemos, e
assim conseguimos sair juntos do conflito onde estávamos envolvidos. Depois do
treinamento do CEAPE morei um tempo em Manaus onde por necessidade da obra
migrei em 2002. Mas no mesmo ano dia 26.10.2002 migrei para Brasília, onde
depois de dois anos finalmente pude me dar conta que “a obra e a Igreja haviam
se mesclado de tal maneira que a Restauração tornou-se uma grande organização
sistematizada pelos desígnios humanos” (MT 13:31-32). Finalmente entendi que
não era um problema localizado apenas na região 2(dois), não era apenas um
problema conjuntural, mas algo muito mais profundo, o problema era
“estrutural”.
6. Uma
palavra Final
O
sonho de alguém que viu a igreja é viver a genuína vida do corpo de maneira
singela e pura. Mas aquilo que era pra ser a verdadeira restauração da igreja
conseguimos transformar em mais um movimento, repleta de intrigas e disputa
pelo poder!. Aquilo que era para ser a expressão do corpo de Cristo e uma
benção para todas as famílias da terra (GN 12:1-3), transformou-se em um gueto
exclusivista que quando ameaçado logo se volta contra os seus na ânsia de
provar que não é aquilo que expressa!.
Oxalá que pelo
menos um dia admitissemos como os irmãos ligados ao Living Stream Ministry que
não deixamos o sistema de clérigos e leigos:“Você é capaz de vir e ser um
irmão, sem uma oculta esperança em seu coração que depois de um certo tempo se
tornará um super irmão, não um irmão, um membro do Corpo de Cristo. Admitimos que na prática não temos plenamente
removido o sistema de clérigo e leigos, mas não voltamos onde estávamos em
1984. Estamos
em nosso caminho”( The Uniqueness of the Lord’s Recovery,
publishing by The Ministry Magazin, do Living Stream Ministry. Mensagens
do Treinamento de Presbíteros ocorrido em Heckfield Place, United Kingdom, em
Outubro de 2003. p.11 – tradução livre). Pelo menos assim, quem sabe poderíamos
começar a sermos verdadeiramente direcionados a condição da igreja em
Filadélfia (Ap 3:7-13) no que diz respeito ao amor fraternal. E não presos a
uma visão “localista” de pensar que separar igrejas por localidades é um
motivo suficiente para sermos a verdadeira expressão da Igreja: "Não é meu
desejo atacar o denominacional como errôneo. Eu apenas digo, mais uma vez, que,
para que o Corpo de Cristo encontre uma expressão local eficiente, a base de
comunhão deve ser verdadeira. E esta base é a relação de vida dos membros com o
Seu Senhor e a sua pronta submissão a Ele como o Cabeça. Nem estou defendendo
aqueles que criam (ou criarão) uma nova seita de algo chamado
"localismo" – ou seja, a estrita demarcação de igrejas por
localidades. Porque tal pode facilmente ocorrer. Se o que estamos fazendo hoje
na vida se tornar amanhã um simples método, de modo que, por seu caráter,
alguns que pertencem a Cristo sejam excluídos, que Deus tenha misericórdia de
nós e acabe com este método! Pois todos aqueles em quem o Senhor, o Espírito,
tem liberdade são nossos e nós somos deles. Não, só estou defendendo aqueles
que verão o Homem celestial, e que, em sua vida e comunhão, seguirão aquilo que
viram! Cristo é o cabeça do Corpo – não de outros "corpos" ou
unidades religiosas. O envolvimento do Corpo espiritual de Cristo é que
assegura o compromisso do cabeça conosco, os Seus membros – isso, só isso".
(Nee, Watchman. A
Direção de Deus para o Homem. São Paulo: Editora dos Clássicos.2004. p. 216) O
que está bem claro é que caímos em meros métodos humanos de fazer a obra de
Deus, totalmente desprovidos do Espírito (Jo 6:63). Delimitamos igrejas por
localidades pensado que isto era o essencial no verdadeiro frescor que a Igreja
de Deus deveria ter. Como se tal delimitação garantisse a permanência de um
candelabro monopolizado nas mãos de alguns, e que transformaram as igrejas em igrejas ministerialistas (a
plataforma já comentada no item 4.3). Aí reside o verdadeiro significado do Localismo,
pois os detentores da patente legal de igreja local acham que o nome Igreja
local os completa como os únicos e verdadeiros possuidores da verdadeira
expressão da igreja. Alguns acham que
este nome que já virou um grande trunfo de se encontrarem pelo menos
aparentemente biblicamente corretos (sem inclusividade em relação aos filhos de
Deus está incompleto), tem feito muitos esquecerem da verdadeira unidade
espiritual, isenta do exclusivismo religioso, e da discriminação em qualquer de
suas manifestações.
Hoje não mais
tenho comprometimento com este sistema organizado em que a restauração se
tornou. Este documento é a explicação do meu afastamento das reuniões
localistas, que hoje apenas compareço com raridade como um visitante para
encontrar aqueles que tenho estimada consideração como irmãos e queridos
amigos. Restou-me deste envolvimento com o movimento as lembranças de um
sonhador idealista que acreditou estar vivendo a verdadeira expressão da Igreja
na terra. De alguém que acreditou que se comprometer até ás últimas
conseqüências com este ministério era servir ao Deus vivo e verdadeiro. De
alguém que achou que estar militando ativamente em muitas obras e “moveres” era
seguir as verdadeiras pisaduras de Cristo. De alguém exausto de tantas formas
humanas ineficazes de servir à Deus, cansado dos tantos “Tem que: fazer isto e
aquilo outro”. Sei que os que estão entorpecidos com tantas obras não conseguem
às vezes nem entender o significados destas palavras, mas isto eu deixo para o
Espírito Santo revelar no seu devido tempo.
Minha comunhão com meu Senhor em casa com minha esposa continua viva e
no espírito sempre no aguardo da direção santa e pura do meu amado Senhor.
Para os
líderes localistas que apenas observam minhas palavras, gostaria de
confortá-los dizendo que não intento fundar uma nova obra, não sou vosso
concorrente na expansão ministerialista. Sou apenas um pequenino membro do
Corpo de Cristo, que no intento de buscar comunhão com a Igreja Gloriosa entrou
por engano no vosso meio. Alguém que busca comunhão genuína com os filhos do
nosso querido Senhor Jesus!.
Kleydson Jurandir
Gonçalves Feio
Brasília/DF.
Para aqueles que desejarem ter uma comunhão aberta sobre o assunto aqui
exposto, basta se inscrever no grupo Águas de Descanso: http://br.groups.yahoo.com/group/aguas_de_descanso/
Referências Bibliográficas:
Bibliografia Básica:
1-“A Bíblia”
2-Lee, Witness. Estudo-vida de
Apocalipse.SP: Ed. Árvore da Vida. 5ºed. 1995. p. 481.
3-Dong Yu Lan. Alimento diário de 1 e 2
Timóteo e Tito. Apoderar-se da Verdadeira
Vida. SP.Ed. Árvore da Vida. 1º ed. 2005.
4-Dong Yu Lan. A Visão Celestial. SP: Ed.
Árvore da Vida. 1º ed. 2003.
5-Lee, Witness. Unanimidade para
o Mover do Senhor. SP: Ed Árvore da Vida.1º ed. 2001. p.151.
6-Nee, Watchman. Espírito de
sabedoria e de Revelação. Editora dos Clássicos. 2003
7-Lee, Witness. The New Testament.
Recovery Version. Anaheim , California . E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991.
8-Nee, Watchman.
A Vida Cristã Normal da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.238.
9-Nee, Watchman. A obra de Deus.
CCC Edições.
10- Ferreira, Aurélio Buarque de
Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa.- 3. ed.
totalmente revista e ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
11- Lee, Witness. Estudo-vida de Segunda Timóteo.SP: Ed. Árvore da
Vida. 1ºed. 2005.
12- Nee,
Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida.
7º ed. 1994. p.187
13- Lee, Witness. A Economia Divina. SP:
Ed Árvore da Vida. p.148.
14- Lee, Witness. A Economia de Deus. SP:
Ed Árvore da Vida. p.278.
15- The Uniqueness of the Lord’s Recovery,
publishing by The Ministry Magazin, do Living Stream Ministry. Mensagens
do Treinamento de Presbíteros ocorrido em Heckfield Place, United Kingdom, em
Outubro de 2003. tradução livre.
16- Lee, Witness. A expressão Prática da Igreja.
SP: Ed Árvore da Vida. p.213.
17- Nee,
Watchman. A Igreja Gloriosa. SP: Ed Árvore da Vida. p.168.
18- Nee,
Watchman. A Ortodoxia da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.110.
19- Lee,
Witness. A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da
Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.85.
20- Lee, Witness. O que você
precisa saber sobre a igreja. SP: Ed Árvore da Vida.
21- Nee, Watchman. Autoridade e
Submissão. SP: Ed Árvore da Vida. p.134.
22- Nee, Watchman. Como Exercer a Autoridade de Deus. SP: Ed
Árvore da Vida. p.134.
23- Lee, Witness. Pontos Básicos Sobre o
Entremesclar. SP: Ed Árvore da Vida. p.57.
24- Lee, Witness. Conhecendo a Bíblia.
SP: Ed Árvore da Vida. p.79.
25- Fernando, Paulo. Avaliação
dos Frutos após mais de 15 anos de “Moveres” na Restauração no Brasil. www.unidadedaigreja.rg3.net
26- Han, Tomás.
aguas_de_descanso@yahoogroups.com.br
27- Nee, Watchman. A Direção de
Deus para o Homem. São Paulo: Editora dos Clássicos.2004. 303 p.
Bibliografia Complementar:
29- Nee, Watchman. A Cruz. SP: Ed Árvore
da Vida. p.91.
30- Lee, Witness. A Revelação Básica nas
Escrituras Sagradas. SP: Ed Árvore da Vida. p.159.
31- Lee, Witness. Presbíteros e
Cooperadores. Quem são eles?. SP: Ed Árvore da Vida. p. 179.
32- Lee, Witness. O Cristo
Todo-inclusivo. SP: Ed Árvore da Vida. p.215.
33- Lee, Witness. A Biografia de Watchman
Nee. SP: Ed Árvore da Vida.
34- Lee, Witness. O Falar Divino. SP: Ed
Árvore da Vida. p.77.
35- Lee, Witness. Estudo-Vida de
Tessalonissessis. SP: Ed Árvore da Vida.
36- Apostila do CEAPE Manaus.
Módulo I.
37- Apostila do CEAPE Manaus.
Módulo II.
38- Penn-Lewis, Jessie. Guerra Contra os
Santos.Tomo I. Ed. Editora dos Clássicos. p.280.
39- Nee, Watchman. El quebrantamiento del
hombre exterior y la liberacion del espiritu. EUA: Ed. Living Stream Ministry. p. 116.
40- Lee, Witness. 2 coríntios:
autobiografia de uma pessoa no espírito. SP: Ed Árvore da Vida. p. 99.
41- Nee, Watchman. Realidade ou
obssessão. Editora dos Clássicos.
42- Marx, Karl. O Capiral. Tomo
I.
43- Marx, Karl. O Capital. Tomo
II.
44- Sun Tzu. A Arte da
Guerra.
1
Este termo (mapa estilizado) refere-se ao ensinamento de os Estados Unidos ser
representado como a águia, A América do Sul como o deserto, da Europa como o
Dragão, e da África como um feto em gestação na interpretação do irmão Dong Yu
Lan.
2 Obs: Vale
Ressaltar que em várias mensagens repassadas para o Alimento diário de vários
livros da Bíblia que estudamos, os ensinamentos dos itens 1, 2, 3 e 4 são
exploradodos exausivamente pelo autor.
3
Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa ensinar [Do lat. vulg. insignare,
por insignire.] V.t.d. significa
1.Ministrar o ensino de; transmitir conhecimento de; instruir; lecionar.
2. Transmitir conhecimento a; instruir, educar. 3. Dar ensino a; adestrar,
treinar. 4. Dar a conhecer; indicar. 7. Dar ou mostrar como ensinamento; fazer
conhecer. 10. Pregar, doutrinar.
4
Existem algumas raras exceções de igrejas locais na restauração na América do
Sul que partem o pão em mais de um local de reuniões como no Rio de Janeiro e
em Salvador.
5
Diferentemente do Apóstolo Paulo que alugou a própria casa (At 28:30-31),
guardando assim a igreja da perigosa mescla de se confundir com a obra.
De fato, o irmão Nee disse que distinguir o evangelho da graça do evangelho do reino é desnecessário, contudo, não disse que isto não seja possível nem que seja proibido. Aliás, ele mesmo o fez, de forma resumida, na própria continuação do texto citado...
ResponderExcluirDe qualquer forma, o evangelho é a revelação do próprio Senhor, inicialmente, para redenção e salvação da perdição eterna, em seguida, com vistas a nossa entrada na era vindoura como vencedores.
De uma forma ou de outra, creio que tanto o evangelho da graça como o evangelho do reino cooperam para vinda do fim, seja para a completação do número dos gentios (Romanos 11:25), seja através da edificação daqueles eleitos e chamados pela graça para integrar a igreja, pois tudo se resume ao dispensar de Cristo.