quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Desenvolvimento destes desvios até 2005


          Os Desvios da Economia Neotestamentária de Deus na América do Sul




 


1. Introdução


            Esta comunhão é resultado de uma convivência de apenas 11 anos na restauração, mas que me foi um período o suficientemente esclarecedor para que pela observação empírica testificar que houveram sérios  desvios do alvo original de quando ela começou neste país. A Economia de Deus cuja meta-síntese é o cumprimento do Seu propósito eterno continuou como desde o princípio foi planejada inicialmente pelo próprio Deus. Infelizmente quem tomou outro caminho foi a restauração!. Sacrificando assim muitos amados que se doaram até acima de suas medidas. A seriedade do assunto é tamanha que não posso privar da verdade um assunto que é do interesse de todos os membros que ingressaram sem ter uma visão panorâmica da atual conjuntura. E os que nele já participavam antes da grande guinada ao sectarismo. Até porque no artigo 5º inciso IX da Constituição garante a todos os brasileiros o direito de comunicação e o inciso IV a livre manifestação do pensamento, sendo portanto bem coerente com o art. 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

            O que houve na América do Sul parece algo sem volta, pois ao edificar um grandioso sistema, tendo a proeminência entre os filhos Deus de se reunir como Igeja Local (Igreja em cada cidade) e conduzindo o mover de Deus no continente Sul Americano esbarrou-se no inimaginável problema de se encontrar condenado naquilo que se reprovava, O Sectarismo. Poucos percebem que o caminho tomado abriu uma brecha para o inimigo de Deus sem precedentes. Quem está disposto a voltar logo atrás no que ensinou, publicou e praticou?. Pois a discrepância entre a Teoria e Pratica é tão grande que sou sético em pensar que existe alguma predisposição em voltar para linha central da Vida Cristã Normal da Igreja.       

            Seguramente o que está sendo exposto é desprovido de ressentimentos, mas repleto de preocupação com a verdade e do desejo de retorno do movimento que a restauração se tornou, ao princípio de sua proposta inicial de inclusividade no acolhimento de todos os filhos de Deus em amor e dissolução da plataforma ministerialista sectária. O que mais desejo é ser elucidado à luz das escrituras de que à totalidade dos itens desta comunhão não procedem e que não transformamos o que deveria ser uma benção para todas as famílias da terrra em um movimento, pois se estou equivocado no exposto gostaria de ser sinceramente retificado!. Embora pareça pretensioso, mas é uma comunhão realista, franca e aberta na medida que se baseia em fatos, e não em abordagens absortas e desconexas. Por isso, à medida do possível procurou-se focar no que está factualmente materializado em publicações e não em divagações, ou pessoas.

Os itens de maior relevância desta comunhão são: O item dois que ratifica O Papel do Questionamento na Restauração das Verdades, em que verifica-se a necessidade de uma consciência cristã  disposta a exercitar a liberdade de questionar de maneira sadia no intento de que a verdade venha a tona. No item três Os Desvios Inerentes a Ensinamentos, constata-se a introdução na restauração de ensinamentos diferentes com suas característica e peculiaridades.  No item quatro Os Desvios Inerentes a Prática percebe-se que como evolução do item três a existência de práticas diferentes são resultado da introdução de ensinamentos diferentes. E nos Itens cinco e seis as conseqüências desastrosas de omissão e permissão de muitos que de alguma forma foram coniventes com a mudança de caminho.   

                       









           

2. O Papel do Questionamento na Restauração das Verdades

Há alguns anos várias questões na restauração têm me deixado extremamente intrigado. Infelizmente não se tratam de problemas “localizados”, mas de Macroproblemas de longe danosos para o corpo e comprometedores para a restauração do Senhor. A priori considerei-os diante do Senhor por muito tempo e percebi que precisava ter comunhão com a liderança. Porque entendia que como membro do corpo não me negligenciariam auxílio,mas o que encontrei foi indisposição por parte dos mesmos com relação a discussão do assunto em questão. Estou aberto a comunhão na palavra para ser esclarecido por qualquer irmão que de fato possa fazê-lo. Pois amo a verdade e não há porque não termos comunhão na palavra sobre a verdade, pois deveras a Verdade liberta, esclarece, ilumina e nos firma em Cristo. Não há porque temer a verdade. O único que teme a verdade é o inimigo de Deus, porque ele sabe que não tem caminho na vida dos servos de Deus quando a verdade é exposta. Foi o Senhor quem falou “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32; Jo 1:14; Lc 4: 18).  

Só teme a verdade decorrente do questionamento sadio e sincero os que estão comprometidos com outra coisa que não seja a economia de Deus na Fé (1 TM 1:1-5). A verdade proveniente destes questionamentos só coopera para o desenvolvimento normal do Corpo de Cristo. Quando o Senhor Jesus perguntou “Porque cogitais o mal no vosso coração” (MT 9:4), com certeza o fez em amor. Quando o Senhor questionou não precisou abrir mão do amor. Nas minhas leituras da Palavra percebi que os cristãos mais habilidosos em questionar eram os da Igreja em Éfeso, pois foram capazes de por “à prova os que se declararam apóstolos e não eram” (Ap2: 2). Contudo caíram no erro grave de abandonar o primeiro amor (Ap  4:4), e por isso tiveram seu candeeiro removido. Quando Abraão indagou o Senhor (quando este estava para destruir Sodoma e Gomorra) para conhecer a extenção da misericórdia de Deus para com os seus justos certamente foi em amor (Gn 18: 23-23).   

É fato registrado na História da Igreja de que os questionamentos foram de Grande contribuição para a restauração das verdades. Foi assim com Martinho Lutero que por apresentar as 95 Teses(Que incluía a justificação pela fé, etc...) foi levado ao tribunal da inquisição e expressou aos seus inquisidores que se “Não pudessem esclarecê-los pelo testemunho das Escrituras, a sua consciência teria que ficar cativa a palavra de Deus”. Se Lutero não tivesse se levantado e mudado o curso da História, quem sabe qual seria a quantidade de terços que teríamos que rezar?. Se W. Nee não questionasse será que teríamos avançado na percepção da necessidade de unidade do Corpo de Cristo de uma maneira plena e real e assim procurar avançar em busca da verdadeira vida da igreja?. Quem lê as mensagens do irmão W. Lee percebe os constantes questionamentos feitos ao Cristianismo (Sistema cristão organizado - denominacional ou não). Quem não se lembra quando o irmão Lee anunciou o lançamento do “Affirmation and Critic” publicado pelo Living Stream Ministry questionando muitas prática do Cristianismo. Questionar não é negativo, pode ser negativo a maneira como é feito!.

É claro que a maior parte de nós seres humanos por natureza somos resistentes a mudanças. E tudo de novo é logo visto diferente ou como algo negativo. Como no caso de Wesley que ao questionar a mornidão da falta de santidade da igreja anglicana foi logo rechaçado e considerado endemoniado. É incrível como qualquer tentativa de questionar na maioria dos grupos sociais não é bem vinda. E logo se tenta reprimir os questionadores primeiramente desqualificando-os, expondo a vida pessoal, familiar e profissional. Isto é feito objetivando tirar o peso moral da pessoa que profere alguma asseveração. Normalmente isso acontece quando não se tem uma resposta plausível para o que é posto em questão. Este costume Chinês interessante de ver primeiro a formação da pessoa que fala para depois validar a veracidade da questão, frustra muita gente quando vê que no currículo do Senhor Jesus tem a profissão de carpinteiro e no de Pedro a de pescador.  Isto na verdade apenas contemporiza e distrai para as próximas atitudes que serão tomadas para inibir o questionamento livre.

Muitos por se preocuparem demasiadamente com sua reputação tem horrores a proferir algum questionamento, pois não desejam levar sobre si os estereótipos de mentais, rebeldes, leprosos e aí vai... .E Mesmo sabendo que certas coisas não condizem com a pura palavra de Deus. O que não seria de nós se o Senhor Jesus se preocupasse com os estereótipos e juízos valorativos (este último é ridículo e medíocre por ser uma tentativa forçada de conter a expressão da verdade) feitos pelos escribas e farizeus. Ainda bem que o Senhor não hesitou em morrer uma morte digna de um ladrão.

Isto quando se retraem em questionar por pavor de ofender a Deus, ou a autoridade de Deus como se Deus não gostasse de iluminar os seus filhos, ou elucidar os seus servos. Ou porque julgam que Deus só vai tratar com a falha do oráculo (Este termo refere-se ao Líder maior da restauração na América do Sul, para conhecer com mais profundidade tal terminologia deve-se ler: Fernando, Paulo. Avaliação dos Frutos após mais de 15 anos de “Moveres” na Restauração no Brasil. www.unidadedaigreja.rg3.net) que estão seguindo, e estarão eximidos de culpa!. Quando não é por mero comodismo com suas condições diante de Deus ou desdenho pelos desvios da Economia de Deus.

Outros ainda não questionam e condenam quem o faz porque evitam se “contaminar” ou contaminar os outros com “a morte” e acham melhor falar de outros “assuntos edificante” ,quando a morte já corrompeu  toda a superestrutura e a solução está exatamente nesta discussão e questionamento a priori indesejável. Na verdade muitas vezes este argumento que associa-se a pretextar humildade e amor mascara a omissão com a verdade (2 TM 3: 15) e uma aparente humildade e espiritualidade (CL 2: 18). Como se a maioria dos irmãos fossem ingênuos demais para conseguirem discernir certas sutilezas do inimigo de Deus. Ou porque o conhecimento da outra face da moeda traga algum dano pessoal. Talvez traga, mas a causa é a suposta “insensatez” de conhecer a mecânica do sistema, pois o indivíduo passa a pensam diferente do grupo e a ser discriminado por isso, e quando não pode mais ser “restaurado”, acaba sendo excluído do grupo social. Isto freqüentemente ocorre quando as igrejas convergem para um único centro de reunião de crentes, porque como o irmão Nee falou  “Sempre que um líder em especial, ou uma  doutrina específica, ou alguma experiência, ou um credo, ou uma organização torna-se um centro que atrai cristãos de diferentes lugares, então, visto que o centro de tal federação de igrejas não é Cristo, acontece que sua esfera, ou circunferência, será algo mais do que local. E sempre que a esfera divinamente designada da localidade é substituída por uma esfera de invenção humana, a aprovação divina não pode ali repousar. Os cristãos em tal esfera podem de fato amar ao Senhor, mas eles têm outro centro que não é Ele, e é mais que natural que o segundo
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.

Tudo o que se torna um centro unificador dos cristãos de vários lugares criará uma esfera que inclui todos os cristãos que se ligam a esse centro e exclui todos os que a ele não se ligam. (...)”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida.2003. p.102). O mais comum é que o medo de exclusão do grupo por estar ligado a raízes profundas( familiares, amizades, etc...), o que leva muitos a um pavor em pensar em qualquer hipótese que possa conduzir a uma rejeição por parte do grupo ao membro que desejava genuinamente ser elucidado. Assim a verdade é novamente sepultada pela tradição dos homens!.Todo o questionamento quando testado pela verdade e impossibilitado de ser fundamentadamente refutado passa a ser uma proposição confirmada verdadeira (Como no caso da temática Desvios da Economia Neotestamentária de Deus na América do Sul). Dependendo do que é submetido ao crivo da verdade as conclusões podem ser drásticas para todos os que aspiravam por um resultado favorável a opinião pessoal pré-determinada que tinham. Mas é perfeitamente normal que os crentes se posicionem pela verdade, pois assim não correrão o risco de edificarem a casa de Deus sobre a areia (MT 7:26-27). Destarte os crentes poderão ser imunizados contra o declínio da igreja.

                                


 


3. Os Desvios Inerentes a Ensinamentos                          


 


              3.1. O Ensinamento do Mapa Estilizado1




No seguinte trecho de Apocalipse capítulo 12 o irmão Lee expõe com confirmações bíblicas que a “grande águia” na verdade simboliza Deus e que as “duas asas” sua força para resgatar :

            ‘III. DEUS PRESERVA A MULHER



Dá-lhe as Duas Asas da Grande Águia, para que Voe para o Deserto



O versículo 14 diz: “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar” (IBB- Rev.). A “grande águia” simboliza Deus, e as “duas asas” denotam a Sua força para resgatar (Ex 19:4 ; Dt 32:11-12). Assim como ele livrou os filhos de Israel da perseguição de Satanás na grande tribulação. O Deus poderoso proporcionará força divina a Seu povo para fugir da perseguição de Satanás.

Alguns podem perguntar o que é o deserto. Não posso responder a essa pergunta definitivamente, mas tenho minha própria percepção do que ele possa ser. Embora eu não queira interpretar esse versículo, estou disposto a compartilhar com vocês minha percepção do que seja o deserto. Desde seu início, os Estados Unidos têm sido uma terra para a qual as pessoas, que almejam uma consciência livre com respeito a Deus, podem fugir. Todos nós estamos familiarizados com a história do Mayflower. Os peregrinos fugiram da perseguição e escaparam para os Estados Unidos. Por mais de trezentos anos, a América tem sido usada por Deus como refúgio para seus foragidos. O símbolo desse país é uma águia. Quando sobrevém a perseguição, muitos do povo de Deus podem fugir para os Estados Unidos de avião. Aleluia! Haverá um deserto na terra para os foragidos de Deus! Mesmo hoje, os Estados Unidos ainda são um refúgio para os foragidos’. 1 ( Lee, Witness. Estudo-vida de Apocalipse.SP: Ed. Árvore da Vida. 5ºed. 1995.Vol. II. p.523-524).

Entrementes ele deveras compartilhou sua percepção pessoal sobre o que poderia ser o deserto(os Estados Unidos) mas não bateu o martelo sobre esta questão, mesmo com toda a sua experiência na palavra não se arriscou a responder definitivamente. O que já foi feito várias vezes desde quando entrei na restauração, e diversas vezes registrados em mensagens gravadas na Estância Árvore da Vida, e por conseguinte publicado nos  Estudos Diários. E assim exposto como um ensinamento para toda a Restauração no Brasil e na América do Sul.

“Em Apocalipse 12:14, vemos que na grande tribulação que há de vir sobre toda a terra antes da segunda vinda do Senhor, Deus irá preparar um lugar, como um deserto, para que o anticristo não venha a afligir os crentes que não forem vencedores e não tiverem sido arrebatados. Será um refúgio. Quando a grande tribulação chegar, com a duração de três anos e meio, Deus permitirá que a mulher universal venha se refugiar nesta terra e ali a sustentará.

Deus nos tem revelado que esse deserto para onde a mulher universal fugirá é a América do Sul. Por isso, tomamos o encargo de tomar todo esse continente para o Senhor pregando o evangelho de cidade em cidade e levantando nelas o testemunho da igreja.”2   (Dong Yu Lan. Alimento diário de 1 e 2 Timóteo e Tito. Apoderar-se da Verdadeira Vida. 2005. 1º ed. Ed. Árvore da Vida p.53).

No trecho acima o irmão Dong fala explicitamente de o deserto ser a América do Sul, e que isto é uma revelação: “Deus nos tem revelado que esse deserto para onde a mulher universal fugirá é a América do Sul”. Haja vista também que a percepção do irmão Lee e do irmão Dong divergem no que seria o deserto, porque para o primeiro poderia ser os Estados Unidos da América, e para o segundo a América do Sul. Não vejo nenhum problema em pregar o evangelho, até porque o Senhor Jesus disse: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo; ensinado-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado(...)” (TM 28:19, 20). Não existe nenhum problema em um servo de Deus fazer elocubrações sobre a Bíblia, desde que guarde par si ou para um grupo específico de irmãos. Mas elocubrar com extrapolações para adaptar ao encargo de pregação do evangelho e transmitir (algo que não possui confirmação nas escrituras) como um ensinamento para toda a Restauração do Senhor no Brasil e América do Sul se torna um problema seríssimo!. Extrapolação(ir além do que a bíblia ensina) inclusive costuma ser a característica das seitas. Isto é muito preocupante!.

            Para enfatizar vejam o seguinte trecho:“Mas o mover do senhor continua, e então, outra visão foi mostrada. Quando vimos que a mulher universal, ao ser perseguida pelo dragão, recebeu as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto (Ap 12:1,6,14), entendemos que a águia se refere a Estados Unidos. E observando ainda mais o mapa mundi, quando a águia pousou, pareceu-nos que pousava sobre a América do Sul. Ao tomar forma tal visão, moveu-nos o encargo de pregar o evangelho às nove mil e quinhentas cidades em toda América do Sul. Graças ao Senhor, as igrejas dessa região da terra corresponderam a esse encargo, mobilizando todos os irmãos, inclusive os de um talento,(...)” (Dong Yu Lan. A Visão Celestial. SP: Ed. Árvore da Vida. p. 46). Observa-se que além de se referir a América Latina como sendo o deserto, a extrapolação avança se referindo a águia como se fosse os Estados Unidos, talvez por causa do desenho da águia na bandeira deste país. Novamente divergindo da luz que o irmão Lee ganhou na palavra de que a “grande águia” na verdade simboliza Deus e que as “duas asas” sua força para resgatar (Ex 19:4 ; Dt 32:11-12).

            E no mesmo período coincidentemente em que é despertado o encargo pela África a visão passa a incluir a África como um feto, ou filho varão em gestação expresso no seguinte trecho: “O Senhor, contudo, nos tem levado a ver muitos outros aspectos da visão. Quando estudamos pela primeira vez o livro de apocalipse, o Senhor mostrou-nos a figura da águia e do dragão -contornados no mapa mundi correspondendo,respectivamente, a águia, aos Estados Unidos, de um lado, e o dragão, à Europa, do outro. Na segunda vez em que revisamos o livro de apocalipse, através do Estudo Cristalização, vimos que o contorno do continente se assemelha a um feto em formação. Em Apocalípse 12, quando o filho varão foi arrebatado ao terceiro céu (v. 5), isso está indicando o arrebatamento dos vencedores, no qual estaremos incluídos. Ao percebermos que a áfrica se parece com feto em formação, isso gerou em nós o encargo de enviar irmãos àquele continente,(...)” (Dong Yu Lan. A Visão Celestial. SP: Ed. Árvore da Vida. p. 45)

No início achei que deveria se um com este ensinamento porque afinal de contas até os irmãos Nee e Lee divergiam sobre a questão das duas testemunhas em Apocalipse. Mas o irmão Lee não falava nem mesmo para a esposa durante o ministério do irmão Nee (Unanimidade para o Mover do Senhor. Pág.97). Mas o problema é que não se tratam de simples elocubrações mantidas com discrição da restauração, mas de torná-las enfáticamente ensinamentos. Vejam o trecho do comentário do irmão Lee sobre ensinamentos e a unanimidade.





UM EM ENSINAMENTO



‘Primeira Coríntios 4: 17, 7:17 e 16:1 indicam que Paulo ensinava a mesma coisa a todas as igrejas. Todas elas estavam debaixo de um só ensinamento, o ensinamento dos apóstolos (At2:42). Tudo o que tenho ensinado é o ensinamento dos apóstolos. Não desejo passar nada de mim mesmo, mas tudo o que tenho ministrado está totalmente de acordo com o ensinamento dos apóstolos. Não tenho meu próprio ensinamento, mas o que ensino é parte do ensinamento dos apóstolos, o único ensinamento. As três mil pessoas acrescentadas à igreja no dia de Pentecostes perseveravam no ensinamento dos apóstolos. Paulo praticou o mesmo ensinamento. A palavra do Senhor em João 16 nos diz que Ele teria mais para dizer quando voltasse como o Espírito da realidade (vs.12-13). O ensinamento dos apóstolos foi completado pelo ensinamento de Paulo. Ele nos disse claramente em Colossenses 1:25 que seu ministério visava completar a palavra de Deus, o que significa completar o ensinamento dos apóstolos, a revelação neotestamentária. Não tive parte nesse trabalho completivo de modo que nada posso acrescentar ao ensinamento dos apóstolos.

            Preciso testificar que o Senhor me deu muitas visões (Ez 1:1; At 2:17), mas não visões como aquelas de Joseph Smith, o fundador do mormonismo. As visões que recebi vem todas das páginas impressas da Bíblia. Rejeito, condeno e até amaldiçôo qualquer ensinamento que não provenha dessas páginas impressas ou que não esteja de acordo com elas. Somente adoto tudo o que está revelado na Bíblia, de modo que tudo o que ministro não é meu ensinamento mas o dos apóstolos. Os apóstolos não me incluem porque o meu ensinamento, que deu a revelação completa de Deus, foi integralmente completado.

            Depois do escrito final do apóstolo João,o livro de Apocalipse, toda a revelação divina foi completada. É ali que o Senhor por meio de João, testifica sobre as palavras deste livro: “Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhes acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”(22:18-19). Somente Apocalipse declara isso porque essa foi a declaração do Senhor Jesus exatamente no final de Sua revelação santa e divina. Depois de sua completação, o Senhor Jesus, o que estava qualificado para abrir o livro da nova aliança (Ap 5: 4-5), declara que esse é o fim. Depois de Apocalipse, ninguém tem qualquer base para acrescentar ou tirar coisa alguma porque a revelação divina foi integralmente terminada e completada.

            Hoje muitos poucos acrescentariam alguma coisa à revelação, mas muitos estão subtraindo coisas. Muitas subtrações já apareceram. Alguns cortam qualquer passagem da Palavra que não se encaixa com a compreensão. Sem dúvida, eles sofrerão perda ( 1 Co 3:15), perderão a participação na árvore da vida e na bênção da cidade santa e eterna. Não ouso acrescrentar nada. Por favor, não pensem que estou passando o meu ensinamento. Não ouso acrescentar nada. Não estou ensinando coisa alguma de meu próprio conceito ou invenção. Estou ensinando a Bíblia; estou transmitindo o ensinamento dos apóstolos. Paulo instruiu a igreja em Corinto a fazer o mesmo que ele orientara as igrejas da Galácia a fazer (1 Co16:1), de modo que todas as igreja debaixo do seu ministério eram uma no ensinamento dos apóstolos (At 2:42).

Romanos 16:17 nos diz que alguns “provocaram divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendeste”. “A doutrina que aprendestes” é o ensinamento

Dos apóstolos. Desde que vim para os Estados Unidos, tudo o que lhes tenho ministrado tem sido do ensinamento dos apóstolos, e vocês têm de aprender isso. Tenham cuidado com alguém que os faça praticar algo contrário ao ensinamento dos apóstolos.

            Em 1 Timóteo 1:3-4, há dois pontos principais: 1)não ensinar diferentemente; 2)a economia de Deus na fé. Paulo rogou a Timóteo que permanecesse em Éfeso para admoestar alguns a fim de não ensinarem diferentemente. Em outras palavras, nada diferente do ensinamento dos apóstolos. O ensinamento dos apóstolos não é sobre uma doutrina específica como batismo por imersão. Essa é uma pequena parte do ensinamento, mas não é o principal, a linha central. O principal, a linha central do ensinamento dos apóstolos é a economia de Deus, não a do Antigo Testamento da lei, mas a de Deus na fé, a Sua economia neotestamentária. Os elementos constituintes da economia neotestamentária de Deus são a própria Pessoa de Cristo, a Sua obra redentora e a própria reprodução de Cristo e Sua obra: a igreja.

            Não vim a vocês para ensinar-lhes batismo por imersão, falar em línguas, cura, tipologia ou profecias. Muitos podem testificar que quando toco em tipologia e profecia, faço isso com muita ênfase em Cristo, em sua obra redentora e em sua igreja, o Corpo, como a reprodução do Seu ser e obra. Essas são as características de todos os seus ensinamentos através dos anos. Esse é o ensinamento dos apóstolos. Qualquer ênfase em coisas afora os itens principais na linha central tem de ser considerada ensinamentos diferentes.

Se ler 1 Timóteo 1 cuidadosamente,poderão perceber que o que foi condenado pelo apóstolo como ensinamentos diferentes não foi totalmente heresias. Eles ensinavam coisas do Antigo Testamento, tais como genealogias (v.4) e a lei dada por Deus a Moisés (vs.7-8). A lei não é heresia, mas ensinar a lei é diferente do ensinamento dos apóstolos. Ensinamentos diferentes enfatizam alguma coisa afora Cristo e a igreja. Ser um em ensinamentos é ser unicamente um no ensinamento dos apóstolos, não nas coisas menores tais como presbiterato, dons, batismo por imersão, lavar os pés, uso do véu ou as ordenanças da mesa do Senhor. Não devemos enfatizar coisas que não são tão cruciais à linha central da economia neotestamentária de Deus. Não devemos ignora-las, mas se nos importamos com o ensinamento dos apóstolos, elas não devem ser a ênfase do que ensinamos.  

Primeira Timóteo 6:3 diz: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade”. As palavras saudáveis são as de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele alguma vez ressaltou batismo por imersão? Alguma vez enfatizou cura? Alguma vez enfatizou falar em línguas, dons, presbitério, lavar os pés ou véu? A resposta é não. João 14-17 e Mateus 5-7 e 24-25 são a ênfase do Seu ensinamento. São as palavras saudáveis do Senhor Jesus. Se algum de nós quisesse ressaltar alguma coisa com base nas Escrituras, além do que o senhor enfatizou, isso seria um ensinamento diferente.

Primeira Timóteo 6:3 também se refere ao ensinamento de acordo coma piedade. É o ensinamento dos apóstolos após a ascensão do Senhor, que é principalmente o ensinamento de Paulo. Primeira Timóteo 3:16 nos diz que o grande mistério da piedade é Deus manifestado na carne, que é primeiro Cristo e depois a igreja como a continuação de Deus manifestando Cristo na carne. O ensinamento de acordo com a piedade, o ensinamento do apóstolo Paulo, é totalmente concernente à igreja como o grande mistério da piedade. Primeira Timóteo 6:3 aborda as palavras do Senhor nos quatro evangelhos e tudo o que falou após a ascensão, por meio dos apóstolos, de Atos até Apocalipse. Se ensinarmos outras coisas que não sejam o que o Novo Testamento enfatiza, estaremos ensinando diferentemente, e será difícil ser realmente um. Se tivermos muitos ensinamentos diferentes, também teremos muitas práticas diferentes resultando em divisões. Seria impossível, então ter a unanimidade, a unidade.’(Lee, Witness. Unanimidade para o Mover do Senhor.SP: Ed Árvore da Vida.1º ed. 2001. p.49-54).                

Infere-se dos parágrafos do último livro citado que ensinamentos não precisam ser oficializados que são ensinamentos, mas basta dar ênfase em algum ponto que o ministro considera relevante, o que é muito coerente com o significado da palavra3. E por muitos anos o assunto tratado aqui foi transmitido, feito conhecido e pregado repetidas vezes. Portanto não é possível chamá-lo de outra coisa senão de um ENSINAMENTO. 

A revelação do mapa estilizado, que também é referenciado como uma visão, expõe claramente uma forma leviana de se lidar com a palavra de Deus, permitindo inclusive que presumíveis segundos interesses possam ser inferidos por irmãos atentos (só Deus pode dizer que não existem segundos interesses). Se alguns não querem analisar isto pela ótica do fermento, é no mínimo a introdução de um ensinamento diferente a pura e santa palavra do nosso Senhor e a Restauração, se não fosse assim, então como justificar a insistência em publicar isto em seu rol de “revelações próprias”?.  E porque ensinar como se fosse uma revelação vinda do trono de Deus?. Além é claro como o irmão Lee discorreu muito bem na última obra citada de que ensinamentos diferentes nos levam a práticas diferentes. Será que não estamos tendo práticas diferentes resultado destes insistentes ensinamentos diferentes?, pois é inevitável que tendo dado uma brecha destas para o inimigo de Deus já tenhamos nos desviados da Economia Neotestamentária de Deus (1TM 1:1-7). Porque pregação do evangelho, e estabelecimento de igrejas são coisas boas e puras e é muito saudável que uma cristão se sinta motivado a fazê-lo. O problema é que esta motivação estando influenciada por coisas extra-bíblicas, provavelmente tenha uma origem em outra coisa que não seja Deus. E os frutos não tenham assim origem cem por cento em Cristo, mas possuam certas doses ou ingredientes do labor humano.

            Outro efeito danoso que vejo que tem sido causado a vários irmãos é a insegurança que ficam quando examinam as escrituras, pois na ânsia de laborarem na constituição da santa palavra de nosso bom Deus, e não encontrarem as mesmas revelações ficam frustrados. Neste estágio mais avançado é inevitável que estendam suas convicções de fé também para o emissor das supostas revelações. Assim sua fé pessoal passa a abranger algo mais do que a bíblia. Dando um fértil terreno para que o inimigo de Deus possa introduzir e consolidar sem barreiras nas mentes e corações ensinamentos extra-bíblicos, e por conseguinte práticas boas, mas desprovidas da pessoa de Cristo.

           

       3.2. A “atualização das Verdades” e práticas em vários “Moveres” de Deus na terra.   

            Em 2Pe1:12 fala "Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados. Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou. Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo. Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo". Esta é a passagem que é usada no nosso meio para sustentar o ensinamento do “mover atual”, como se nosso Deus fosse mutável no que fala, e em vários momentos fosse necessário enfatizar determinadas práticas como bater de porta em porta, Ceape (Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação de Evangelho), colportagem, migração, expanção, etc... . Em que alguns itens podem ser expresso também no seguinte trecho: “Para incrédulos, devemos pregar o evangelho da graça, e para os cristãos, mesmo que estejam em seus vários grupos, devemos pregar o evangelho do reino, e para isso queremos mobilizar todos os irmãos da vida da igreja, não importando quantos talentos tenham, mas principalmente os de um talento –devemos dar o nosso tempo, a nossa energia, os nossos recursos financeiros, tudo o que for possível para esse fim (...). A cada meio ano o Senhor nos dá uma nova revelação, e com ela, um novo mover. Exemplos dessa realidade podem ser citados: O Jornal Árvore da Vida, o Expolivro (ônibus –livraria), o Ceape (Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho) e o projeto ARCA” (Dong Yu Lan. A Visão Celestial. p. 49).

Destarte aplicando fora de contexto o trecho “verdade já presente”, que se refere as palavras dos apóstolos já conhecidas pelos crentes,  como se houvesse vários momentos em que fosse necessário reafirmar, ou renovar um encargo  como o de pregação do evangelho utilizando vários métodos “atualizados”. Mesmo que seja sacrificado o verdadeiro sentido da palavra de Deus de que a nota 121 no capítulo 1 de 2 Pedro na Versão Restauração, vê-se que a intenção de Pedro era exatamente inocular os crentes contra as "atualizações" e alterações futuras oriundas da apostasia (Fernando, Paulo. Avaliação dos Frutos após mais de 15 anos de “Moveres” na Restauração no Brasil. www.unidadedaigreja.rg3.net).

Além de internalizar nos crentes “um necessário sentimento” de se manter “atualizado”, pois do contrário está caminhando fora do mover de Deus. E para isto precisa uniformizar-se praticando os mesmos itens do mover atual como os outros o fazem, ou seja, sendo um com a “palavra atual” do preletor e, por conseguinte, estará sendo um com Deus. E pela cultura de massa que já virou Impossibilita até mesmo os crentes atentos que não aprovam esta distorção da palavra de Deus de cortar retamente: “Como um carpinteiro, esse obreiro deve cortar retamente a palavra de da verdade. Isso significa desdobrar, abrir a palavra de Deus em suas várias partes corretamente, sem distorção. Assim como o carpinteiro tem a habilidade de cortar retamente a madeira, o obreiro do Senhor precisa da habilidade de cortar retamente a palavra da verdade. Isso é necessário porque no declínio da igreja muitas verdades são deturpadas e apresentadas de maneira distorcida”. (Lee, Witness. Estudo-vida de Segunda Timóteo.SP: Ed. Árvore da Vida. 1ºed. 2005. Mensagem três: O Imunizador. p.39-40).



3.3. O Evangelho da Graça versus O Evangelho do Reino

Outra grande problemática difundida em nosso meio refere-se a estranha distinção feita entre Evangelho da Graça e Evangelho do Reino evidenciado no seguinte trecho: ‘Nestes últimos dois anos que evangelho temos pregado? Não pregamos evangelho da graça apenas, mas pregamos também o evangelho do reino. No evangelho da graça, basta nos crer em tudo o que o Senhor realizou na sua primeira vinda, para tudo obtermos Dele. Somos salvos e regenerados tornando-nos filhos de Deus. Mas para nos tornarmos cidadãos do reino é necessário buscar crescimento de vida, em outras palavras, passar pela salvação orgânica – precisamos da justificação subjetiva. Da salvação orgânica ou justificação subjetiva, fazem parte da santificação, a renovação da mente e a transformação do espírito. Tudo isso é necessário. É preciso que sejamos totalmente conformados à imagem do Senhor Jesus para ficarmos cheios da glória de Deus (Rm 8:29). Esse é o evangelho do reino, que nos permite participar das bodas do Cordeiro como a noiva de Cristo, por mil anos.

A obra da expansão desses dois anos foi pregar o evangelho do reino. Nosso evangelho não é segundo o homem, não o recebemos do homem, mas ela vem da revelação do Senhor Jesus (2Pe 1:21-22). Para os incrédulos pregamos evangelho da graça; para os crentes, mesmo aquele que já estão na vida da igreja, ainda devemos pregar o evangelho do reino. Nós recebemos tal revelação: quando o evangelho do reino for pregado em toda terra então será o fim, e o Senhor voltará (Mt24:14). Estamos reforçando o trabalho do evangelho e fazendo de tudo para pregar o evangelho do reino, porque nós temos a visão da Segunda vinda do Senhor, e reforçamos este trabalho para apressar a Sua vinda”( A Visão Celestial. Dong Yu Lan. p.35-36).

            É um assustador contraste com a visão do irmão Nee que vê da seguinte maneira: “fim desta era é o reino Cremos firmemente que nossos dias são os que beiram o fim desta era. Além disso, estamos cônscios de que, após esta era da Igreja, haverá a era do reino. Os olhos de Deus já se voltaram para o reino, o qual está crescentemente ganhando Sua atenção, pois, se nossa compreensão está correta, cremos fortemente que o que Deus está ansioso para trazer, de acordo com Sua vontade eterna, é o reino. O chamamento de Deus para a Igreja é por causa do reino.

Quando um servo do Senhor ganha a visão sobre o lugar que o reino tem na predestinada vontade de Deus, o quanto, então, ele passa a ansiar que o reino venha logo. Como ele espera que todos os filhos de Deus cooperem com o Senhor em apressar a chegada do reino. O versículo da Bíblia que é especialmente comovente ao coração desse servo é, sem dúvida, Mateus 24.14, o qual diz: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim". Aqui podemos discernir a relação entre a pregação do evangelho do reino e a vinda do fim. Inquestionavelmente esse versículo é difícil de ser compreendido de maneira clara. Na verdade, no passado esse versículo se tornou um problema causando muita contenda entre os filhos de Deus. Nós não temos intenção de nos juntar à polêmica, pois não importa como uma pessoa possa interpretar essa passagem, isso não trará uma opinião unânime entre o povo de Deus. Desejamos simplesmente apresentar a luz que temos recebido nesse versículo.

"O fim do mundo (era, gr. lit.)" (v. 3) é uma frase que, naturalmente, aponta para o fim desta era. De acordo com uma interpretação rigorosa da profecia, essa frase refere-se à "hora da provação" (Ap 3.10 – VRA2), que também é compreendida como constituindo o curto período conhecido como "a grande tribulação", o qual irá concluir a era na qual agora vivemos. A nossa era é denominada de várias maneiras: a era do Espírito Santo, a era da Igreja, a dispensação da graça ou a dispensação do evangelho. Esta era, a qual leva todos esses diferentes títulos, terminará com a vinda de "o fim" ou a grande tribulação.

“Ora, precisamos compreender claramente que a Igreja é responsável por trabalhar com Deus para que o reino seja trazido, como Mateus 24.14 confirma. E, ao entender que o reino de Deus só pode aparecer publicamente após o final desta era, a Igreja não pode fazer outra coisa a não ser estar interessada no fim. Pois, embora o final dessa era não tenha nenhuma relação com a Igreja em si, ela tem muito a ver com a obra da Igreja.

Por essa razão, o Senhor Jesus nos diz em Mateus 24.14 que o evangelho do reino deve primeiro ser pregado e, então, o reino dos céus virá. Aqui nosso Senhor profetiza com respeito ao fenômeno que deve acontecer ao aproximar-se o fim dessa era e a chegada em breve do reino dos céus. Ele, além disso, estabelece a condição para o surgimento da conclusão desta era e a introdução do reino. Por conseguinte, a partir desse versículo em Mateus vemos que, para que esta era seja concluída, os filhos de Deus devem dar testemunho do evangelho do reino de maneira nova. Ao tempo do fim dessa era, nós verdadeiramente testemunharemos um reavivamento do evangelho do reino.

Durante as últimas décadas parece ter havido uma restauração gradual do ensinamento sobre o reino. Especialmente nos poucos anos passados, o Senhor tem voltado os olhos dos Seus filhos na China mais na direção desse assunto do reino de Deus. Isso é, de fato, um sinal muito saudável.

Mas o que é o reino de Deus? O que é o evangelho do reino dos céus? O que é normalmente entendido é que o reino é a era quando Cristo e a Igreja irão reinar. Na verdade, ele é muito mais que isso. Muitos tentam diferençar entre o evangelho do reino e o evangelho da graça. Isso realmente não é necessário. Se há quem insista em distingui-los, podemos dizer que o evangelho da graça lida principalmente com bênção, enquanto o evangelho do reino é especialmente dirigido contra a opressão demoníaca de Satanás.

Hoje em dia, existem muitos conceitos acerca do reino, mas ouçamos o que o Senhor Jesus tem a dizer: "Se Eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus" (Mt 12.28). Sem dúvida o reino significa muitas coisas, mas o que o Senhor menciona aqui deve ser considerado do mais importante significado. O reino está em direta oposição ao Hades. O Senhor Jesus declara que o reino é a expulsão de demônios – isso quer dizer que, pela energia do Espírito de Deus, se dá a expulsão de demônios. Essa é uma explicação acurada do reino. Existe uma lacuna básica encontrada nos comentários da Bíblia de hoje, pois neles os autores usualmente se esquecem do Hades. A Igreja em sua posição, obra, pensamento e falar têm geralmente esquecido seu inimigo, Satanás. Não sabemos que Deus escolheu a Igreja para resistir a Satanás e para introduzir o Seu reino? Portanto, prestemos atenção que exatamente na primeira vez que o Novo Testamento menciona a Igreja ele também menciona o Hades (veja Mt 16, onde Hades é traduzido para inferno)’(Nee, Watchman. Espírito de sabedoria e de Revelação. Editora dos Clássicos. 2003).

            Ensina-se enfaticamente, na "restauração" de que, primeiramente, deve se pregar o evangelho da graça para os incrédulos, e pregar o evangelho do reino para os salvos, sendo que esta segunda etapa do evangelho, está relacionada ao “negar a vida da alma”. Mas o irmão Nee deixa claro que isto é DESNECESSÁRIO!. Porque como vamos levar o Evangelho de Reino se a Graça de Cristo não estiver junto (Jo1:14). Mas há insistência do líder da restauração na América do Sul em tentar expor isto como alguma revelação ou verdade. Como se não bastasse as paráfrases dos livros e mensagens dos irmãos Nee e Lee. Pois os leitores forem rigorosamente observadores perceberão que a maioria dos livros resumem-se em paráfrases. E sem acréscimos de revelação ou de verdades, mas pelo contrário de deturpações grosseiras da palavra de Deus, também evidenciado no seguinte trecho: ‘Muitos nem ao menos sabem o que significa o evangelho do reino. O livro de Mateus nos ensina que para sermos povo de reino dos céus é necessário termos a vida de Deus. E esta vida precisa crescer, Mas como e onde a vida cresce? Ela cresce na vida normal da igreja. .....No passado, Deus usou muitos servos seus, nossos irmãos, para semear o evangelho da graça; agora cabe a nós a sua igreja, a responsabilidade de pregar o evangelho do reino em toda terra habitada. A realidade do evangelho da graça é recebida pelo homem pelo simples crer. Todavia, o evangelho do reino exige de nós a prática. O evangelho da graça visa dar-nos a vida divina;entretanto, para essa vida crescer, precisamos do evangelho do reino. (Livro Então virá o fim - Dong Yu Lan)

Com base nas afirmações acima, gostaria que irmãos mais constituídos (os que sabem o que significa o evangelho do reino) esclarecessem seguintes dúvidas, pois sou um dos muitos que nem ao menos sei o significado do evangelho do reino.

1- Se Deus usou muito servos, nossos irmãos, para pregar o evangelho da graça, no passado, e agora cabe a “nós a sua igreja” responsabilidade de pregar o evangelho do reino, então, esses “muitos servos, nossos irmãos” não fizeram e nem faz parte da “nós a sua igreja?” quem são “nós a sua igreja?”

2- Se o evangelho do reino é para crescimento da vida e a prática, então porque em Mt 24 o Senhor relata que: quando o evangelho do reino estiver pregado em toda terra habitada, então virá o fim. Dando a entender que serão dois acontecimentos simultâneos sem um grande intervalo de tempo entre a pregação e o fim.  Não está claro nesse versículo, que haverá um acréscimo de tempo extra, suficientemente longo para que a vida cresça e
consequêntemente seja traduzida na pratica, uma vez que o crescimento de vida não ocorre em questão de meses ou em poucos anos. Se o evangelho do reino for isso, para que pregar este evangelho se não há mais tempo para amadurecimento dos que o ouviram? 


3- Dentre os evangelhos citados na bíblia apenas esses dois tipos (da graça e do reino) tem significado especialmente diferenciado? E os demais evangelhos? quais são os significados
e diferença entre seguinte evangelhos registrados na bíblia?

a)O Evangelho de Deus (Rm 1:10; 15:16; 2 Co 11:7)
b)O Evangelho de Jesus Cristo,
Filho de Deus (Mc 1:1)
c) O Evangelho do Seu Filho (Rm 1:9)
d)O Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1:8)
e)O Evangelho de Cristo (2 Co 10:14)
f)O Evangelho da graça de Deus (At 20:24)
g)O Evangelho da glória de Cristo (2 Co 4:4)
h)O Evangelho da glória de Deus Bem-aventurado (2 Tm 1:11)
i) O Evangelho da vossa salvação (Ef 1:13)
j) O Evangelho da paz (Ef 6:15)
k)O Evangelho do Reino (Mt 4:23; 9:35; 24:14)
l) O Evangelho do Reino de Deus (Mc 1:14)
m)O Evangelho eterno (Ap 14:6)
     
4 – A bíblia afirma que o Senhor Jesus já naquela época pregava o evangelho do reino, e é lógico que nenhuma pessoa já estava salva, ou que tenham ouvido o evangelho da graça.
Não teria sido correto ter pregado primeiro o evangelho da graça? 

Mt 4:23  Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
Mt 9:35 E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todasorte de doenças e enfermidades.
Lc 4:43  Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado.
Lc 8:1 Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele,
Lc 16:16  A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.’
(Han, Tomás. aguas_de_descanso@yahoogroups.com.br).

            A Teologia do irmão Dong diverge inclusive neste aspecto com a do irmão Lee, perceptível na nota de MT 24:14 que diz o seguinte: 141 “O evangelho do reino, que inclui o evangelho da graça (Atos 20:24), traz as pessoas não apenas a salvação de Deus mas também para dentro do reino do céus (Ap 1:9). O evangelho da graça enfatiza a perdão do pecado, a redenção de Deus, e a vida eterna, enquanto que o evangelho do reino enfatiza o  governo de Deus nos céus e a autoridade do Senhor. Este evangelho do reino será pregado por toda a terra para testemunho de todas as nações antes do fim desta era.(...)”. 



3.4. A ênfase em exercitar os Dons até que eles se tornem Ministério: “Um incentivo ao desenvolvimento de meras práticas exteriores”



“Vejamos , por exemplo, o Dom de tocar instrumentos musicais. Qualquer pessoa que tenha esse dom, pode tocar, porém, inicialmente, não consegue executar acordes agradáveis de se ouvir. Mas se ela prosseguir em praticar o seu Dom através do exercício contínuo do instrumento, pouco a pouco o seu Dom é aperfeiçoado, e à medida que ela vai evoluindo, o seu Dom é ampliado. (...)

Para alguns irmãos, o dom de tocar um instrumento se tornou um ministério. Eles ouvem a melodia, ou lêem uma partitura e já conseguem tocar. Eu não consigo fazer isso. Talvez eu só tenha o dom, o potencial de tocar, mas não tenho esse ministério porque nunca exercitei o dom. Se tivesse exercitado o dom, a graça teria vindo e eu teria o ministério de tocar instrumentos. Irmãos, cada um de nós precisa receber graça por meio de exercício dos dons, usando-os para que se tornem ministérios”. (Livro visão celestial . Dong Yu Lan. p. 54 e 56).

            Isso é conseguido pelo treino ou é uma questão da vida?. Amados irmãos, tanto W. Nee, quanto W. Lee, sempre enfatizaram a grande diferença entre o dom e o ministério. Por isso não se deve pensar que qualquer serviço à Deus necessariamente é um dom ou que é um ministério, a diferença é patente!. Vejamos por exemplo, o que diz W. Nee no livro A Obra de Deus:

            ‘O que realmente edifica e mais ajuda não são os dons ou eloqüência daqueles que os possuem, mas a vida daqueles que conhecem profundamente a cruz, que a conhecem no íntimo e diariamente, e com os quais entramos em contato. Tome por exemplo, um grupo de cristãos recém salvos. Nos primeiros anos o Senhor pode lhes conceder dons, para que fiquem maravilhados com seu poder e glória, e para fortalecer a sua fraca fé. Mas uma vez que ela esteja suficientemente forte, Ele removerá os dons e trará a cruz. Existem graves perigos associados com os dons, e o maior deles é o orgulho espiritual.(...)

Deus concede soberanamente os dons a alguém aqui e ali para que possam servir como seus porta-vozes por algum tempo, pois neste período nada mais será entendido porque são bebês e Ele não tem como encontrar-nos em outro nível qualquer. Na verdade, Ele usará qualquer boca, até mesmo a de um jumento. Mas este é um ministério limitado, do tipo “jardim de infância”, e é propenso à vaidade.(...) 

Uma igreja que procura se edificar por meio dos dons sempre acabará sendo uma igreja carnal porque esta não é a forma de Deus para edificar a igreja, a não ser no estágio da tenra infância.

Hoje a igreja organizada enfatiza o que a pessoa diz e o que faz, mas presta pouca atenção àquilo que a pessoa é (...)’ (A obra de Deus. W. Nee. CCC Edições . p. 31, 32 e 36).



4. Desvios inerentes a Práticas



4.1. O equívoco na centralização do partir do pão somente em um lugar da cidade, como se isto legitimasse a unidade do corpo de Cristo com um único partir do pão reconhecido por Deus na Jurisdição local.

Em MT 26:26-30 o senhor ensinou a partir o pão à pessoas não regeneradas(não estou sugerindo aqui que vamos agora partir o pão com os incrédulos),e que não eram a igreja, porque a produção da igreja é resultado da morte e ressurreição do Senhor. Para depois de insuflar-se para dentro dos discípulos como o Espírito da Realidade tivessem uma experiência com o Senhor mais profunda sobre esta questão (Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991. p.460. nota 221).  

A reunião do partir do pão é muito especial, pois nos lembramos do que o Senhor fez por nós(1 Co:23-26) para geram a igreja, que é o seu corpo. Nos versículos 28-29 nos diz para discernirmos o Corpo. E o contexto em que o apóstolo Paulo escreveu esta carta aos coríntios foi bastante nebuloso, pois existiam muitos fracos e doentes e não poucos que estavam morrendo, indicando uma situação de anormalidade no viver cristão de vários irmãos (v.30). E próprio teor da epístola em si já demonstrava os problemas de pecados de divisão (1:10-13), adultério etc... . Por isso era necessário que examinassem a si mesmos para não incorrerem em algum risco pessoal(v. 28-29), antes de participar desta comunhão.  

Sempre observei com estranheza a interpretação literal da quantidade de pão que deveria ser preparada nas reuniões do partir do pão. Porque a experiência prática reflexo de nosso entendimento da palavra hoje na restauração é de se preparar apenas uma pão nas reuniões do partir do pão, como um símbolo da unidade da Igreja na cidade em que existe um igreja local estabelecida via ministério do irmão Dong. E que se em qualquer outro lugar nesta mesma cidade que parta o pão separadamente dos que partem oficialmente, pioneiramente e declaradamente como igreja estão fazendo-o divididos do testemunho da unidade da igreja. E portanto, estão praticando uma ato divisivo em relação ao Corpo de Cristo!. A ênfase principal não é simplesmente na quantidade de pães em si, mas em centralizar apenas em um lugar esta comunhão. Expressando ainda que se em qualquer outro lugar na mesma cidade houver uma reunião da mesma natureza por irmãos que se reúnem como igreja local, é inadequado por estar se dividindo.4

Ao lermos 1Co 10: 16 e 17 vemos “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?  Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão”. Observem que a expressão que os irmãos são um pão em “somos unicamente um pão” se refere a serem o Corpo de Cristo, expresso logo em seguida por “um só corpo”. E que “todos participamos do único pão” não faz alusão ao “pão físico” mas a Cristo. Portanto, por todos participarem “do único pão” que é Cristo, são “unicamente um pão”, ou seja, “um só copo”. Tanto é assim que o irmão Lee falou o seguinte na nota da Versão Restauração161 “ Ou, participação em comum. Comunhão aqui refere-se a comunhão dos crentes na participação em comum do sangue e do corpo de Cristo. Isto nos torna participantes do corpo e do sangue do Senhor, e não apenas um com Ele. Nós, os participantes, tornamo-nos identificados com o Senhor na comunhão do seu sangue e do seu corpo. Através do apóstolo aqui foi ilustrado como bebendo e comendo os tornam um com aqueles que comem e bebem (...)” (Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991. p.720).  

Em várias cidades em que a igreja é muito grande e possui vários locais de Reuniões, os irmãos deixam de reunir no local que freqüentemente congregam para partir o pão em apenas um local de Reuniões simplesmente por que o versículo 17 fala de sermos “unicamente um pão”, mas olhemos a nota 171: “O único pão significa o Corpo de Cristo. Nós todos estamos no único corpo porque nós todos participamos do único pão. Nossa participação em Comum do único pão faz-nos todos um. Isto indica que nossa participação de Cristo faz-nos todos seu único Corpo. O próprio Cristo de quem todos nós participamos nos constitui Seu único Corpo” (Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991. p.720). Como o próprio irmão Lee fala na nota seguinte que a participação do único pão identifica-nos como o pão. Isto indica que nossa participação de Cristo, nosso desfrute de Cristo, identifica-nos com Ele, fazendo-nos um com Ele. Não tendo, portanto, nenhum elo de ligação entre a necessidade intrínseca de se praticar necessariamente um partir do pão em apenas um lugar em uma cidade usando um único pão físico, ou mesmo vários pães. Isto caracteriza um erro clássico de interpretação chamado de redução (desprezar o contexto e entender uma parte com outro significado).

Nos versículos 19-22 é feita uma separação entre a Mesa do Senhor, e a Mesa dos Demônios. Indicando que existem duas mesas no universo, e que o Senhor nos oferece a sua Mesa. Infere-se neste contexto a existência de irmãos participando das duas mesas. E a na nota de rodapé da Versão Restauração 211 diz o seguinte: “Beber o cálice do Senhor e para participar da mesa do Senhor é para nos identificarmos com o Senhor. Beber do cálice dos demônios e participar da mesa dos demônios é fazer-nos um com os demônios”(Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991. p.721). E que no nosso dia a dia ou na reunião do partir do pão podemos participar diante do símbolo de “uma única mesa física” ou da Mesa do Senhor, ou da Mesa dos Demônios. Por isso, nos v.19-22 em momento algum é feito alusão à questão da cidade, localidade ou testemunho da unidade da igreja local. Ou ainda que compulsoriamente os crentes de que reúnem como igreja em uma cidade devam participar da Mesa do Senhor apenas em um lugar da cidade. Ou que os que participam concomitantemente da mesa do Senhor em outro lugar da mesma cidade dando o mesmo testemunho de igreja na cidade sejam divisivos. Isto é expresso em Atos 2:46 em que diz que os irmãos perseveravam unânimes no templo, e partiam o pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração. E é pouco provável que a casa dos santos naquele momento tivesse a estrutura física preparada para suportar pelo menos os três mil batizados citado no versículo 41, ou que o pão destinado a esta reunião teria que ser único e “gigantesco” para manter a unidade!, ou mesmo vários pães menores. Nem que necessariamente todos os irmãos estivessem juntos na mesma reunião.                

A grande questão é aonde está a nossa base bíblica para este ensinamento e prática de partir o pão necessariamente em um único lugar?, que inclusive  exclui os filhos de Deus que desconhecem que só existe uma igreja na localidade, uma vez que eles não participam do único pão físico na reunião da Mesa do Senhor, pois não costumam freqüentá-la. E que embora participem do pão e do cálice, e até da Mesa de Senhor desconhecendo a existências da restauração, dizemos que “não possuem a realidade” porque não conhecem o significado mais profundo que vai além do sacrifício do Senhor, ou seja, A Unidade. E consideramos inclusive que se chegarmos a visitá-los em suas reuniões e participarmos com eles do pão, estaremos sendo “um com a divisão”, ou seja, um com o sistema religioso. Embora qualquer sistema religiosos seja pernicioso, ter uma comunhão destas com aqueles que são nossos irmãos é ser um com o sistema religioso?. Será que isto não é um comportamento exclusivista?.

Além de ser incoerente com a intrerpretação do irmão W. Nee o oráculo é totalmente divergente com a interpretação do irmão W. Lee, pois nesta questão do Evangelho do Reino os irmão Nee e Lee estão muito bem afinados.  

                                    





 4.2. Exclusivismo

É incrível como o nosso exclusivismo é tão indiscreto, pois se mesmo em uma reunião de pregação do evangelho em que houvesse um irmão de bom testemunho que reúne em uma denominação, e estivesse disposto a dar a palavra de evangelização do dia, certamente não aceitaríamos porque ele é denominacional, ou seja, simplesmente porque ele pertence a uma denominação. É quase impossível dar uma oportunidade destas para um querido irmão como este. Pois nossa imponência de saber e não ter o que aprender com os irmãos que não tomaram a posição de igreja local é patente aos olhos. Vejamos que o irmão Nee discorre sobre exclusivismo: “Finalmente, não devemos, de maneira alguma, abraçar qualquer pensamento de sistematização. De modo algum, devemos pensar que a verdade e o evangelho de Deus só podem sair do nosso meio. Nossa intenção é somente encontrar as pessoas que Deus usa em cada localidade”. (Nee, Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.74 ).

             Já fui colportor de tempo integral e sempre foi nossa prática conseguir espaço para exposição dos livros da editora nos grupos cristãos. Mas será que nós aceitaríamos a exposição de livros de outra editora em conferências ou reuniões normais da igreja, mesmo que tivessem os livros de W. Nee ou de bons escritores cristãos?. Talvez alguns exemplares, mas não todos. Alguns alegam cuidado com os santos, como se os irmãos tivessem pouquíssimo discernimento dos alimentos postos à mesa: “Assim que vocês evitarem algo, imediatamente se tornarão uma seita. Porque não são capazes de incluir todos os filhos de Deus, vocês excluem aqueles que acreditam naquilo que vocês deixam de anunciar (...) Pelo fato de o Cristo dessa porção que vocês não querem, não poder ser incluído entre vocês, vocês não estão perfeitamente completos. Essa porção fica inutilizada. Isto é muito importante”. (Nee, Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.60 e 61). À propósito, foi-se o tempo em que dizíamos que não existe vínculo entre a Editora e a igreja. Hoje fala-se claramente que é “a editora da nossa igreja”,mostrando uma clara interferência da obra nas igrejas locais. Na ótica da liderança pode se visto de outra maneira, mas é ledo engano pensar que as massas na restauração fazem esta separação, simplesmente porque de fato não existe tal distinção.     

Este é um dos pontos marcantes na restauração, pois muitos irmãos excluídos sentem na pele o nosso comportamento até no trato com eles. Pois incontáveis irmãos já me confessaram terem sido vítimas de nosso sentimento exclusivista. Nossa indiferença por não crêem em coisas que cremos, ou por não praticarem coisas que praticamos. Não é à toa que esta é uma característica citada pelos estudiosos da restauração no Cristianismo. Eu é que nunca quis aceitar apesar de sempre perceber.

No livro a Vida Cristã Normal o irmão Nee já alertava sobre este problema para aqueles que já viram algo do corpo de Cristo. Pois isto fecha o grupo e o torna sectário: “Sempre que um líder em especial, ou uma doutrina específica, ou alguma experiência, ou um credo, ou uma organização torna-se um centro que atrai cristãos de diferentes lugares, então, visto que o centro de tal federação de igrejas não é Cristo, acontece que sua esfera, ou circunferência, será algo mais do que local. E sempre que a esfera divinamente designada da localidade é substituída por uma esfera de invenção humana, a aprovação divina não pode ali repousar. Os cristãos em tal esfera podem de fato amar ao Senhor, mas eles têm outro centro que não é Ele, e é mais que natural que o segundo
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.

Tudo o que se torna um centro unificador dos cristãos de vários lugares criará uma esfera que inclui todos os cristãos que se ligam a esse centro e exclui todos os que a ele não se ligam. Esta linha divisória destruirá o limite divinamente ordenado da localidade, e conseqüentemente destruirá a própria natureza das igrejas de Deus. Por isso, os filhos de Deus têm de ver que não têm um centro de união que não seja Cristo, pois uma união de Cristãos que exceda a localidade em torno de um centro que não seja o Senhor faz crescer a esfera da localidade, e assim se perde a característica específica das igrejas de Deus. Não há igrejas nas Escrituras que não sejam locais!"( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida.2003. p.102) 

Como o próprio irmão Nee já falou no último parágrafo. Isto sempre ocorre quando alguma coisa torna-se o centro dos crentes. E este centro passa a controlar, e determinar quem pertence e quem não pertence ao grupo. Isto ocorre porque o centro controlador uniformiza os ensinos e práticas exteriores que devem ser seguidos, não é a toa que ir ou deixar de ir para conferências virou de certa maneira uma espécie de termômetro para saber o grau de desfrute, comprometimento e envolvimento dos irmãos com o ministério. Exatamente porque o centro controlador confunde “unidade” com “uniformidade”.  Portanto, quando algum membro questiona algum ponto crucial da uniformidade, ou deixa de praticar a uniformidade, então naturalmente o centro controlador gera anti-corpos necessários para expelir o membro que não está uniformizado. Isto pode se manifestar através de ênfase no pecado de rebelião ocorrido em Gn 9: 20-27, Nm16 e outros.

Para deixar bem claro que este sentimento exclusivista que se encontrava apenas latente no subconsciente dos membros localista já se manifesta até mesmo através mensagens basta ler as palavras do oráculo na conferência internacional de setembro de 2005 na mensagem 13 “se em certo lugar você prega o evangelho e levanta um grupo familiar, logicamente eles são a igreja naquela cidade. Quem sabe era um grupo que saiu do catolicismo ou de uma denominação. Agora eles sabem que ali eles são a igreja. Porque? Porque, de acordo com o que já falamos, 1 Co 12:13, não importa, quem foi batizado no espírito foi batizado para dentro do corpo de Cristo, que é a igreja. Mas o problema é aquele que o batizou. Depois que você sai do batismo ele o coloca na divisão, o divide, mas aos olhos de Deus você ainda é a igreja. Mas a questão é que você entra na igreja batista e passa a ser um batista, e daí você não é mais o corpo de Cristo, porque corpo de Cristo é a igreja naquela cidade. Mas aí, pelo fato de você estar naquele grupo batista, você formou um grupo isolado, menor. E essa não é a vontade de Deus. A vontade de Deus é que esses constituam a igreja”. Agora vejam só como nosso querido irmão nos diz que o fato de um irmão entrar em uma denominação o exclui do Corpo de Cristo. Dá até a impressão que patentearam o Copo de Cristo, ou que Cristo passa a rejeitar os seus. Tal afirmativas é no mínimo muito presunçosa!, e claro, exclusivista. Mais o que mais me assusta é como alguém bastante experiente como este amado irmão pode fazer uma asseveração de uma forma sobremaneira equivocada.   

Será que hoje a Estância Árvore da Vida não virou um Centro de ajuntamento de crentes de diversos lugares ao congregar duas vezes ao ano nas conferências irmãos de várias regiões?. Será que nestas conferências não temos um líder em especial?, será que não somos atraídos para estas conferências por um líder em especial, uma experiência,um credo, uma doutrina específica, ou uma organização?. Será que assim não ganhamos uma esfera extralocal, será que não expandimos os limites de ação local da Igreja através da filiação a um Centro de Federação de Igreja Locais?.     

Não se tratam de uma simples questão de ensinamentos ou práticas que não descaracterizam o bom início da restauração no Brasil. Mas de graves falhas que fazem com que o candelabro seja removido. Alguns pensam que isto não seria possível porque temos a posição local, mas esta nominação não é o suficiente, principalmente quando a igreja perde a inclusividade de acolher todos os filhos de Deus em Amor.

               

            “IV. A CONSEQÜÊNCIA DA DEGRADAÇÃO DA IGREJA

            No versículo 5, vemos a conseqüência da degradação da igreja. “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, volta à prática das primeiras obras; e se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” A conseqüência da degradaçãoda igreja é perder o testemunho. Perder o testemunho simplesmente significa ter o candelabro removido. Se abandonarmos o nosso primeiro amor para com o Senhor e não nos arrependermos, perderemos o testemunho do Senhor e o candelabro será removido de nós. Anos atrás, o testemunho dos Irmãos Unidos era bastante brilhante, mas não é assim hoje. Não há dúvida de que o candelabro foi removido da maior parte das assim chamadas assembléias dos Irmãos Unidos. Quando você entra em suas assembéias, não sente nada brilhando lá. Não há luz nem testemunho. Precisamos ser cuidadosos e constantemente estar alertas para evitar essa conseqüência. Não pensem que, porque somos as igrejas locais como os candelabros e somos o testemunho de Jesus, não podemos perder o nosso testemunho. O dia em que perdermos o nosso primeiro amor para com o Senhor será o dia em que perderemos o testemunho! Naquele dia, o candelabro será removido. (Lee, Witness. Estudo-Vida de Apocalipse. SP: Ed. Árvore da Vida. 1995. Vol. I . p. 140)         



Fica assim evidente que poderia existir um grupo de irmãos que se reúnem como igreja em Éfeso, mas que poderiam ter seu testemunho de igreja local genuína removido!. No momento em que o brilho e o testemunho do Candeeiro (igreja local) se apagam pode-se proclamar a posição local como for. Mas a característica de um mero movimente acaba por ser o estigma mais contundente no grupo: “Não somos a igreja quando tomamos o nome de igreja local, mas sim quando existe capacidade de inclusão espiritual para conter todos os filhos de Deus” (Nee, Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 7º Edição.1994 p.70). Ainda bem que o corpo de Cristo não pode ser patenteado!, graças à Deus a posição de Igreja local não é vitalícia, pois evita assim que a mornidão e frieza espiritual  acomode permanentemente os cristãos. E exclua os crentes sequisos do Verdadeiro viver do Corpo de Cristo na comunhão genuína de uma verdaeira igreja local. A apropriação privada do título de Igreja Local sem a realidade do Corpo só serve para os grupos sectários e autoritários que tem dificuldades de conduzir o povo de Deus plenamente sencíveis e submissos a autoridade do Espírito Santo.  

           

4.3. As Igrejas Locais como a plataforma do ministério de um único Apóstolo a quem se reportar

            Infelizmente as igrejas locais passaram a dar uma sustentação incomum a obra do oráculo ao ponto de acoplarem as características de  uma organização. Isso pode ser confirmado através de pedidos de arrecadação de ofertas para o desenvolvimento e expansão do ministério, e muitos exemplos podem ser citados como a construção do Auditório na Estância Árvore da Vida, Projeto Arca, etc... . A obstinação pelo avanço da obra cegou a percepção dos obreiros de que a obra precisa da dependência de Deus e não da intervenção estritamente humana, pois são muitas as solicitações de ofertas para a obra e publicamente é manisfestado este ato vergonhoso tanto nas conferências internacionais, como nas reuniões das igrejas locais. E com certeza absoluta estas constantes propagandas da obra passam longe da aprovação de Deus, porque o Senhor para se expandir não precisa de obreiros marketeiros, ou relatórios rogadores de ofertas e sim da dependência absoluta do Espírito Santo. O irmão Nee faz alusão a esta questão da seguinte maneira: “Quanto ao relatório, devemos, por um lado, evitar toda discrição não natural e todo isolamento da alma; por outro, devemos guardar-nos cuidadosamente da intrusão de qualquer interesse pessoal. Em todos os relatórios da obra, nosso alvo deve ser glorificar a Deus e trazer enriquecimento espiritual aos que o compartilham. Utilizar relatórios como meios de propaganda, com retorno material é extremamente vil e indigno de qualquer cristão. Quando o motivo é glorificar a Deus e beneficiar os Seus filhos, mas ao mesmo tempo tornar conhecidas as necessidades da obra com vistas a receber ajuda material ainda está longe de ser aceitável ao Senhor e é indigno de Seus servos. Nosso alvo deve ser apenas este: que Deus seja glorificado e Seus filhos abençoados. Se houvesse essa pureza de motivo perfeita em nossos relatórios, quão diferentemente muitos deles seriam escritos!

            Cada vez que escrevemos ou falamos da nossa obra, façamos três perguntas a nós mesmos:

1)      faço isso a fim de ganhar publicidade para mim e para minha obra?

2)      faço isso com a intenção dupla de glorificar o Senhor e de fazer propaganda da obra?

3)      faço isso apenas com o objetivo de que Deus seja glorificado e Seus filhos abençoados? Que o Senhor nos dê graça para fazer relatórios com motivação sem mistura e perfeita pureza de coração! (Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.66)

                   

Angariar fundos para a obra com o auxílio de relatórios já virou vício insanável em nosso meio, são notórias as solicitações públicas!. Sem falar nas promoções de obreiros decorrentes deste erro crasso de sustentação da obra via esforço natural. Mas a derrota acachapante da restauração já chegou ao cúmulo dos carnês, e boletos bancários. Destarte o que é indigno de um filho de Deus passou a acompanhar a absurdidade e o corriqueiro.

O agravante se perpetua com da venda da força de trabalho dos obreiros em troca de um assalariamento, o que é totalmente reprovável pelo Senhor e o que retira a pureza de sua obra: “Se um obreiro recebe salário definido do homem, a obra produzida jamais pode ser puramente divina”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 182), Uma oferta fixa para suprimento da necessidade pessoal de um obreiro não é salário?. Parece até que não há constrangimento nenhum por parte dos cooperadores da obra em fazer seus apelos aos santos por recursos para a obra, e o incentivo já chegou ao ápice de desconsiderar a aceitação divina e de se ter liberdade do Senhor: “Enquanto nas Epístolas as igrejas são incentivadas a ofertar aos santos pobres e também aos presbíteros e mestres locais, não há menção de incentivo às ofertas para os apóstolos, ou para a obra na qual estão engajados. A razão é óbvia. Os autores das Epístolas eram os próprios apóstolos; logo, não lhes seria adequado pedir ofertas para eles mesmos ou para a obra deles, nem tinham a liberdade do Senhor para fazê-lo. Era perfeitamente correto para eles encorajar os santos a ofertar para os outros, mas para satisfazer as próprias necessidades e as necessidades da obra, eles só podiam depender de Deus. (...) Já dissemos que um apóstolo pode encorajar o povo de Deus a lembrar-se das necessidades dos santos e dos presbíteros, mas não pode mencionar nada acerca das próprias necessidades ou das necessidades da obra” (Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 192 e 199). Não são poucos os obreiros bolsistas que vão para o campo missionário dependendo da remuneração previamente acordada em nossos Centros Missionários (Ceapes) que criamos, uns durante o curso e outros após o curso são efetivamente engajados na obra. Terrificante ainda é o processo seletivo pouco rigoroso em que os candidatos a obreiro são submetidos, que tem causado um enorme preocupação e as vezes graves prejuízos por permitir que neófitos realizem a tarefa inerente aos Apóstolos, no que tange ao estabelecimento de Igrejas Locais.

Os Centros Missionários passaram inclusive a instalar-se nas dependências dos Locais de Reuniões das igrejas locais como seus pontos estratégicos de atuação, por ser “mais conveniente” utilizar os próprios locais de reuniões como base estratégica (Como exemplo das igrejas: em Brasília, em Manaus, e em Dom Eliseu)5. Trazendo uma completa mistura da esfera de atuação da obra e da igreja local: “Aqui, em duas frases breves, temos um princípio importante, a saber, que a obra apostólica e as igrejas locais são distintas. Uma igreja já fora estabelecida em Roma; portanto os membros tinham pelo menos um lugar para se reunir, mas não exigiram que Paulo assumisse o controle da igreja local, nem tornaram o local de reuniões deles o centro da obra de Paulo. Paulo tinha a própria obra na casa, que alugara, à parte da igreja e à parte do local de reuniões deles, e não assumiu a responsabilidade dos assuntos da igreja local”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.143).

Se na época do irmão Nee já houve confusão por se perder de vista a linha demarcatória entre a igreja e a obra, não é diferente dos nossos dias. Temos ciência de que as igrejas são resultado da obra, e certamente não podem incluir a obra. E que é errado que os apóstolos interfiram nos assuntos da igreja, mas é igualmente errado que a igreja interfira nos assuntos da obra. Mas os itens tratados nos quatro últimos parágrafos são fatos que evidenciam interferência e controle da obra sobre as igrejas locais na América do Sul, algo que é contrário ao procedimento bíblicamente correto de um apóstolo do Senhor.

A vindicação de ser um oráculo exclusivo a quem deve-se reportar, submetendo as igrejas locais debaixo de um “único ministério” fez com que muitos amados irmãos fossem discriminados porque assumiram o posicionamento de indagar a carência de base bíblica do modelo. E assim centralizou-se o comando da restauração debaixo da gestão orientadora exclusiva de um homem: “Gravemos em nosso coração que nossa obra visa ao nosso ministério, e nosso ministério visa às igrejas. Nenhuma igreja deve submeter-se a um ministério específico, mas todos os ministérios devem submeter-se à igreja. Que devastação tem sido causada na Igreja pelo fato de que seus ministros têm buscado conduzir as igrejas para debaixo do ministério deles, em vez de, pelo ministério deles, servir as igrejas. Assim que são conduzidas para debaixo de algum ministério, as igrejas cessam de ser locais e passam a ser facciosas. (...) O obreiro a quem Deus deu nova luz sobre a Sua verdade deve encorajar a todos os que a receberam a fortalecer as fileiras da igreja local, e não a se agrupar ao redor dele. De outra forma, as igrejas irão servir ao ministério, e não o ministério às igrejas; e as “igrejas” estabelecidas serão “igrejas” ministeriais, e não locais. A esfera de uma igreja não é a esfera de um ministério, e, sim, a esfera da localidade. Sempre que o ministério tem a oportunidade de formar uma igreja, aí há o início de uma nova denominação. Estudando a história da Igreja podemos ver que quase todos os novos ministérios conduziram a novos adeptos resultaram em novas organizações. Desse modo, “igrejas” ministeriais foram estabelecidas e denominações, multiplicadas (...) A igreja não é controlada por um ministério, mas servida por todos eles. Se um grupo de filhos de Deus está aberto para receber apenas uma verdade, é uma facção”.( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 151-153). E assim com as igrejas locais transformadas em igrejas ministeriais, está pronta uma verdadeira plataforma para servir ao crescimento de um ministério específico, algo totalmente divergente da atuação neotestamentária dos obreiros revelada nas escrituras. 

Alguns podem dizer que não existe controle de certas igrejas sobre outras igrejas, ou que não existe um centro controlador da obra na América do Sul, pois a igrejas de livre e expontânea vontade resolveram de comum acordo participar de todos os encargos do apóstolo para assim serem “unânimes”. Mas a quem devemos responsabilizar pelo dano de sistematizar e mesclar a atuação da obra com as igrejas locais?. É compreensível que me digam que a obra conforme a revelação das escrituras possua um centro, mas as igrejas não!: “O segundo aspecto é que, em cada região, vê-se um centro, ao passo que as igrejas não possuem um centro. A igreja em Jerusalém não tem controle algum sobre a igreja em Samaria. Aqui todos os estudiosos da Bíblia sabem que as igrejas são locais, e que a igreja numa localidade não pode exercer controle sobre a igreja em outra localidade. Além disso, a igreja numa localidade não pode controlar as igrejas em muitas localidades. A esfera de ação mais ampla de uma igreja é limitada à sua própria localidade. Não deve haver um conselho distrital, ou quartéis-generais para a igreja”.(Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p. 163). Contudo é claro que a filiação federada não foi explicitamente registrada em cartório, mas se manifesta no incentivo a participação das igrejas locais como plataformas do “único ministério”. Chegando inclusive em alguns casos, como penalidade pode ocorrer a discriminação daquelas que optam por não se engajarem na empreitada Ministerial. Pois assim deixa de se uniformizar como igreja ministerial, por não “reagirem” a palavra do líder da obra na América do Sul.                           





4.4. A utilização da temática da Autoridade e Submissão como forma de se afirmar como um oráculo exclusivo, e como instrumento de controle de massas.

            Com certeza absoluta se os crentes da igreja em Éfeso fossem pensar que estariam sendo rebeldes ao por à prova os que se declaravam apóstolos e não eram provavelmente o Senhor não falaria que tinha esta atitude como algo a favor deles. Nada prova mais uma apóstolo como quando seus ensinamentos são contestados (Nee, Watchman. Vida Cristão Normal da Igreja). Deveria ser algo perfeitamente normal ter comunhão sobre pontos divergentes com a interpretação de outros irmãos. Mas é incrível que como a atitude de apenas falar sobre estes pontos é inexoravelmente interpretado como insubordinação ou incitação a organizar alguma rebelião. Parece até proposital por existir alguma coisa frágil, secreta e misteriosa que precisa ser guardado à sete chaves como um segredo.

            É preocupante quando um líder prega ou difundi a inquestionabilidade de seu ministério ou ensinamentos como se o ato de questionar fosse já uma afronta de alguém que quer provocar algum motim. Só mesmo em uma boa organização é que precisa-se usar a autoridade oficial para poder manter o status quo, Somente em uma organização é que a autoridade é exercida por causa do ofício que detém, se o detentor do ofício mantiver a sua posição pode exercer autoridade se renunciar o ofício perde-a (Nee, Watchman. Vida Cristão Normal da Igreja. p.163). E não são poucas as vezes em que vários líderes recorrem a verbalizar que são a autoridade representativa de Deus na terra, e assim oficializam sua autoridade. Permitindo assim que a restauração incorpore mais uma característica de um grupo sectário. Tanto na história secular como na história da igreja estadistas e líderes religiosos impuseram a inquestionabilidade de sua gestão como estratégia subjugadora e alienante de facilitar a dominação das massas(é de se desconfiar na idoneidade de qualquer líder que pregue a inquestionabilidade de sua gestão, ministério ou ensinamento). Foi assim que a igreja se degradou!. Pensar que esta sutileza do inimigo de Deus não pudesse ser implementada em nossos dias é pura ingenuidade. 

            É incrível como o oráculo e vários cooperadores vindicam ser autoridade de Deus para os membros na restauração, mas não conseguem andar juntos com os irmãos que dão continuaidade ao ministério do irmão Lee, para confirmar isto basta olhar o site do endereço das igrejas locais na restauração em todo o mundo (http://localchurches.org/contact-us/index.htm)  para perceber que as igrejas debaixo do ministério do oráculo não estão ali relacionadas, ou seja, para os cooperadores entremesclados existe um sério problema na comunhão com as igrejas locais ligadas exclusivamente ao ministério do oráculo. Muitos irmãos aqui na América do Sul pensavam que o oráculo se reportava ao irmão Lee (quando este era vivo), quando na verdade se reportava a si mesmo. Mesmo quando o irmão Lee estava vivo não havia aprovação dos chamados cooperadores entremesclados daqueles ensinamentos comentados nos itens 3.1.; 3.2.; 3.3.; e 3.4.. Se não é assim, como explicar hoje a extenção da obra do oráculo nos Estados Unidos mesmos com a desaprovação da liderança daqueles que dão continuidade ao ministério do irmão Lee? Assim, fica mais do que claro que aquela questão de “não edificar a obra sobre fundamento alheio”(Rm 15:20) por conveniência não se aplica neste caso!  E a desprovação do irmão Lee e dos irmãos que dão continuidade ao seu ministério, quanto as publicações plagiadas das obras dos irmãos Nee e Lee, e da obra do irmão Dong na América do Sul estar tocando uma outra trombeta (“outra trombeta” no entendimento dos irmãos entresclados é um ministério paralelo a O Ministério)  pode ser comprovado no site http://www.lsm.org/onepublication/portugese/index.html. E é muito interessante a forma como é enfatizado nas mensagens o perigo dos obreiros se tornarem ambiciosos por liderança. Haja vista, que este mal aflige bem mais quem está advertindo do que os que são advertidos. Na ótica dos irmãos entremesclados quem está realmente sendo ambicioso e rebelde é o próprio líder maior da Restauração na América do Sul, pois estes últimos criaram foi “uma Unidade Ministerialista” que foi reproduzida pelo oráculo de maneira desatrada na América do Sul. E sem sombra de dúvidas tal unidade ministerialista na tentativa de unir acaba dividindo o Corpo de Cristo ao sujeitar as igrejas locais (e as vezes é até requisito para serem reconhecidas como igrejas locais genuínas) a receberem o tal do “único ministério”. Hoje, com a quantidade de igrejas locais se desvinculando do Ministério do Oráculo, a pergunta que tem surgido é: em que Restauração você está? Haja vista só existir na prática uma única restauração, que é o próprio Cristo sendo produzido como realidade na vida dos crentes.      

            Muitos por indagarem certas questões bastante obscuras ensinadas e praticadas na restauração são logo vistos como rebeldes. Quando isto acontece trata-se logo de adverti-lo(s) com uma palavra sobre Autoridade e Submissão que  “problema” é logo resolvido!, como se o ato de contestar viesse de um coração sem temor de Deus, e por conseguinte mal intecionado. Em alguns casos para obter unanimidade usa-se deste recurso para que os irmãos ou igreja respondam de maneira uniforme. Se existem aqueles que são supostamente rebeldes é porque existe quem vindique alguma autoridade para si. E como não há autoridade que não tenha sido estabelecida por Deus não importa como foi estabelecida (RM 13:1), torna-se legítima. E de fato neste sentido é semelhante a qualquer grupo religioso, instituição ou estado, já que a submissão também estabelece a autoridade, aí está efetivado a relação de dominação!. Mas Deus não nos obriga a permanecer debaixo do julgo de qualquer autoridade, pelo contrário Ele nos dá liberdade no Espírito! seja para mudar de país ou nacionalidade(e assim passar para os cuidados de uma outra autoridade). Foi Ele quem deu liberdade no Espírito para muitos irmãos saírem de uma denominação, e Ele mesmo nos dá liberdade para sairmos de um movimento (Ap18:4).

            Vivemos nesta era como na época dos Juízes em que o juiz realizava seu comissionamento específico designado por Deus e concomitantemente corria também o risco da tentação de ser rei. É Muita inocência pensar que o líder maior na Restauração na América do Sul não sofreu esta tentação, após cumprir o seu papel bem específico no bom início da Restauração neste continente.  Embora sejamos submissos a várias autoridades das três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal (Art. 18 da Constituição Federal de 1988.), mesmo a elas não devemos obediência irrestrita, principalmente quando vão de encontro à autoridade do próprio Deus. Para exemplificar que não precisamos ser obedientes em tudo a uma autoridade, basta atentar para os Reis da Antiguidade como o Faraó da época de Moisés. Imagine se o povo de Israel ficasse no Egito para obedecer à autoridade designada por Deus naquela ocasião, Faraó (Ex 5; RM 13:1-5), deveriam eles obedecer esta autoridade e ir de encontro à autoridade do próprio Deus(Ex 3: 6-10)?. Por isso, a autoridade de Faraó vai até o momento em que Israel precisa sair do Egito por ordenação divina, daí em diante é outra história!.

É na verdade uma completa falta de discernimento confundir a Autoridade ilimitada de Deus no que tange ao limite de abrangência com a limitada autoridade representativa de TODOS os que possuem tal comissionamento. Fora da esfera de atuação de uma autoridade representativa, o máximo que podemos fazer é respeitá-la, mas não somos obrigados a lhe sermos submissos.  Ser um cristão que respeita RM 13:1-6 não significa cair na estultice de obediência cega e irrestrita de qualquer autoridade terrena. Mesmo enquanto observantes da aplicabilidade da analogia de Noé e seus filhos (GN 9:20-27), Deus não exige de nós submissão irrestrita a autoridades legitimamente legais (O Governo).

Na Igreja do Senhor “os fins não justificam os meios”, por isso, não se deve sacrificar a Verdade ou as Práticas saudáveis em detrimento de alguma obra seja ela qual for!. A esfera de atuação de uma autoridade representativa de Deus não pode em hipótese alguma precisar omitir a Verdade ou passar por cima dela no intuito de legitimar sua autoridade. Pois seu limite chega até ao ponto em que a Verdade, que é o próprio Cristo, não precisa ser sacrificada em prol da vindicação de uma autoridade ilimitada que Deus possui, e não foi concedida a autoridade representativa. Por exemplo: Se um líder Cristão comete um crime grave como matar, e os membros têm conhecimento, a autoridade do líder não se estende a ordenar o silêncio dos membros, pois na esfera do direito penal ocultar informações desta natureza também é um crime. E assim os membros estariam indo de encontro à autoridade governamental  competente delegada por Deus que legisla sobre a esfera penal. Se ele tentasse silenciar os membros usando sua autoridade limitada, dada por Deus, e a pessoa morta estava sendo penalizada por ele por alguma infração cometida, o líder cristão estariam indo de encontro a duas esferas(humana e divina) que não possui competência para agir, porque Julgou e Condenou alguém, e impediu que outros tenham a liberdade e dever cívico de denuciá-lo. Por isso, a esfera de atuação do líder cristão está limitada por uma competência estatal designada por Deus.

É realmente vergonhoso quando um líder utiliza algo puro e santo como a  temática da Autoridade e Submissão como instrumento de manobra de massas cristãs. Como um mecanismo para fazer calar a Verdade (Lc 19:40) tentando assim incubrir os seus erros com outro erro que a própria mentira e engano(Jo8:44). A enfática “simplicidade” do localismo sul americano levou ao simplismo antagônico de aprisionar a instrumentalidade da verdade por ultrapassar a linha demarcatória da autoridade limitada delegada por Deus ao homem. Pensando assim que a Verdade pode também ser manipulada  ao bel prazer da liderança. Quando alguém ou algum grupo de irmãos ou igrejas não estão uniformizados com a direção da liderança basta dar uma palavra sobre autoridade e submissão para sufocar a suposta rebeldia dos que tem opinião contrária. Mostrando a verdade sobre o assunto de  maneira incompleta!, e causando assim aos santos uma parnóia e temor irracional de estar ofendendo a Deus por estar desagradando aos homens (At 5:29). Principalamente quando mecionam de uma maneira sutimente ameaçadora o prejuízo da perda da suposta benção por não “ser um” com este sistema. 



5. Em busca do verdadeiro testemunho da Igreja:



 “A frustração”

            Aproximadamente em Abril de 1994 eu e meu irmão Kleber conhecemos os livros do irmão Nee, e a palavra e o desfrute de saber que o corpo de Cristo era muito mais belo e profundo do que imaginávamos contagiou-nos de tal maneira que no dia quatro de novembro deste mesmo ano tivemos que explicar ao Pastor do grupo aonde congregávamos que estávamos nos posicionando como igreja em Ananindeua/PA (cidade onde até então morávamos). Um grupo de irmãos da congregação a que pertenciamos vieram reunir conosco. E mesmo tão jovens (eu com 18 anos e meu irmão com 16) ficamos maravilhados em estar percebendo a grandiosa extenção do corpo de Cristo. Neste mesmo período em busca de auxílio do corpo em como experimentar a praticidade do viver da igreja de uma maneira mais ampla- porque entendíamos que deveriam existir muito mais irmãos no Brasil que já tinham tal visão e prática de reunir como igreja em uma cidade-  meu irmão enviou uma carta para a Editora Árvore da Vida. Ao ler a carta o irmão Pedro Dong pediu para que os irmãos da igreja em Belém/PA nos ajudassem no que estávamos solicitando. Os irmãos da igreja em Belém ao nos contatarem ficaram surpresos em encontrar pessoas tão jovens(eu com 18 e meu irmão com 16 anos na época) reunindo-se como igreja em uma cidade. Um irmão responsável e outro de serviço chegaram a nos considerar um grupo livre, por não possuirmos vínculo ministerial a com o ministério que eles recebiam(O ministério do irmão Dong). Dizia um dos irmãos responsáveis que para sermos um com o Corpo Universal de Cristo precisávamos adotar o hinário deles e o devocional(Alimento diário), para assim termos “um único falar”. Com o tempo  nos desencorajaram a reunir em Ananindeua sob a alegação de sermos muito jovens e inexperientes para tal encargo. E assim deixamos de nos reunir como igreja em Ananindeua.

            Devido à cooperação com a igreja em Belém tornamo-nos aquilo que chamamos em nosso meio de irmãos de serviço, cooperando com colportagem em tempo integral, e os diversos serviços práticos existentes na igreja. Mas não demorou muito tempo para percebermos os problemas e intrigas que envolviam o cooperador X da obra na região 2, principalmente  no que dizia respeito ao ciúme do cooperador Y, por ser o irmão que contribuiu efetivamente para gerar os irmãos que passaram a se reunir como igreja em Belém. Pois na verdade estava claro que o cooperador X desejava ter a proeminência na região e concentrar a liderança em suas mãos. Os próprios irmãos responsáveis e de serviço de Belém já rejeitavam certas tentativas de colaboração devido às manifestações pouco humildes com que ele se dizia cooperar com o Senhor. E devido também ao evidente revanchismo como o cooperador Y. Cerca de aproximadamente 10 anos a situação que já envolvia toda a região não se equacionava, mas pelo contrário só se avolumava exacerbadamente. Principalmente no que tange as solicitações claras de submissão das igrejas locais da referida região debaixo de sua administração ministerial. Mesmo sabendo que não eram poucos os irmãos responsáveis que não aprovavam tal gestão.

            Certa vez em uma conferência em Sumaré em 1999 o cooperador X me mostrou o seu sentimento de despeito com os irmãos responsáveis e de serviço de Belém dizendo que “não queria que eu ficasse igual a eles”,ou seja, não sendo favorável aos seus desígnios. A rispidez com que falou, e minha ingenuidade de 22 anos de idade me deixaram com uma icógnita maior ainda. Mas ficou claro que ele buscava minha colaboração em relação a esta situação.

            Isto ficou mais evidente quando em outubro de 2000 após uma reunião regional de serviço na cidade de Castanhal ele veio ter comunhão comigo e com meu irmão em particular e me ofereceu com todas as letras RECONHECIMENTO na região citando até um determinado irmão que não tinha tal “privilégio” e naquele momento possuía graças a seus esforços. Como ele percebeu que eu não buscava estas “benesses” ele ficou desapontado comigo.

Em dezembro deste mesmo ano manifestei meu sentimento aos irmãos responsáveis de me submeter ao treinamento do CEAPE e um irmão que fazia medicina na faculdade em que estudava resolveu também ir. Por isso trancamos a matrícula na faculdade e fomos para a conferência (Em fev/2001) de Sumaré, com o intuito de já ficar no CEAPE de Sumaré/SP. Embora os irmãos responsáveis da igreja em Belém já tivessem feito o envio das documentações necessárias e já acordado o nosso ingresso no CEAPE, fomos surpreendidos ao chegarmos em Sumaré com a notícia de que não poderíamos freqüentar o treinamento do CEAPE, sob a alegação de que já existia um CEAPE na nossa região (CEAPE em Dom Eliseu do Pará), sendo que existia a liberdade de vários irmãos se submeterem ao treinamento do CEAPE em diversas regiões do País de no exterior. A indiferença de vários líderes de nossa região e irmãos comuns por resistirmos às diversas tentativas de persuasão a irmos para Dom Eliseu eram óbvias. Era até estranho e suspeito tanta insistência por parte dos irmãos mais próximos do irmão X.

Do outro lado o cooperador Y não aprovava que alguém que teve o sentimento de ir para um determinado CEAPE deixasse de ir. Então, a situação nesta conferência entre os cooperadores da obra na região 2 e irmãos responsáveis e de serviço da mesma região citada passou a se agravar ainda mais com exposição do problema aos outros líderes da restauração sobre o empasse de nossa ida para o CEAPE. O próprio cooperador X me disse em certo momento que não queria que fôssemos para o CEAPE Sumaré/SP e sim ao de Dom Eliseu/Pa. Aí pude entender porque estavam vetando nossa matrícula no CEAPE.

A região 2 estava na verdade, já a algum tempo, dividida entre os que eram favoráveis aos cooperadores X e Y. Por isso, nossa ida levantou uma situação pendente que incomodava bastante as igrejas mais envolvidas. Em uma das mensagens à noite, enquanto servia na segurança na Estância Árvore da Vida com o irmão que foi para Sumaré para fazer CEAPE junto comigo, chamaram-nos para a sala de comunhão com o cooperador Z, e na presença dos cooperadores X e Y. Nesta comunhão apresentei ao cooperador Z, que tentava nos convencer a fazer CEAPE em Dom Eliseu/Pa, certas incoerências como a que estava relacionado ao problema do coordenador deste último CEAPE citado ter declarado seu sentimento pela a irmã do meu grupo familiar logo quando esta iniciou o CEAPE, o que repercutiu muito mal entre vários irmãos de Belém. Mas o cooperador Z disse que tudo o que eu estava apresentando não era verdade. Infelizmente Z não acreditou em minhas colocações, pois o que apresentava eram fatos conhecidos por inúmeros irmãos.

Depois de uma das reuniões da conferência os cooperadores X e Y chamaram os irmãos Responsáveis e de serviço para uma comunhão, na qual eles admitiram publicamente a desavença existente. Mas que agora estava resolvido, que já haviam perdoado um ao outro. E impeliram todos os irmãos presentes que haviam falado qualquer coisa negativa contra ambos os cooperadores em questão a se arrependerem e assim estaríamos todos juntos dando um basta aos problemas na região 2!. Então vários irmãos que haviam proferido algum juízo sobre os dois cooperadores se levantaram e pediram desculpas publicamente pelo que fizeram. Tinha apenas 24 anos e diante das mentiras, e dissimulações que presenciei naquele contexto envolvendo os dois cooperadores, não me pareceu nada convincente a atitude que estava sendo tomada. Não conseguia ver arrependimentos genuínos!, e depois de tantos anos em tentativas fracassadas de se estabelecer um clima de verdadeira harmonia e cooperação entre os colaboradores da restauração naquela região realmente nunca deixamos de esbarrar no problema da necessidade de cessação das intrigas. Fato confirmado depois com a destituição do cooperador Y da função de cooperador direto do líder da obra na América do Sul sob a alegação de não saber cooperar com o cooperador X.

Depois com a monopolização da obra na região 2 em suas mãos passou a rechaçar vários irmãos responsáveis que não se submetiam a sua gestão. Dentre eles o irmão Tomás Han de Belém e vários outros que quando não tinha mais opção mediante a persuasão verbal destituía-os de suas posições nas igrejas locais utlizando outros irmãos responsáveis e de serviço da localidade. Muitos foram seduzidos sob o pretexto de estarem recebendo “a benção de Deus” através da ajuda financeira na organização de seus empreendimentos vindas do Cooperador X. É muito positivo que um irmão como o cooperador X ajude irmãos em consultoria empresarial e financeiramente. Mas deixar que isto se torne uma forma de oficializar e viabilizar sua gestão na região para assim submeter de maneira irrestrita a região debaixo dos seus domínios é um problema sério de mistura da vontade humana e conchavo político na restauração.

Houve um tempo em que praticamente todos os irmãos de uma certa localidade desta região e muitos de outras localidades, com ramificações até em Alagoas (inclusive um determinado irmão de Brasília), estavam envolvidos em vendas de merenda escolar nas prefeituras. Inclusive Expulsaram e Discriminaram dessa localidade no Pará uma jovem irmã com graves calúnias por ser um arquivo vivo (Conhecedora de todo o esquema). E de uma forma ou de outra, vários negócios liderados pelo cooperador X, faziam com que gerassem um tipo de Unidade Regional nas igrejas que passaram a ser dependentes dos  mesmos negócios seculares. Chegando-se ao cúmulo de instalarem uma fábrica de pão de queijo dentro de local de reuniões da Igreja em Belém, o fato é que a liderança da localidade nomeado pelo cooperador X acatavam com toda naturalidade. O que foi contestado pelo ir. T , gerando um clima mais desconfortável ainda. Sempre o discurso maior que prevalecia era o de que era necessário “A formação de irmãos empreendedores para cooperarem na obra”, o grande problema em tudo isto é que não importavam os meios, e sim os fins (A Obra).  

 Graças ao cooperador H pude continuar meu sentimento de me submeter ao aperfeiçoamento do CEAPE, pois o mesmo conseguiu arranjar o CEAPE/ Manaus para que eu e o irmão que me acompanhava fôssemos, e assim conseguimos sair juntos do conflito onde estávamos envolvidos. Depois do treinamento do CEAPE morei um tempo em Manaus onde por necessidade da obra migrei em 2002. Mas no mesmo ano dia 26.10.2002 migrei para Brasília, onde depois de dois anos finalmente pude me dar conta que “a obra e a Igreja haviam se mesclado de tal maneira que a Restauração tornou-se uma grande organização sistematizada pelos desígnios humanos” (MT 13:31-32). Finalmente entendi que não era um problema localizado apenas na região 2(dois), não era apenas um problema conjuntural, mas algo muito mais profundo, o problema era “estrutural”.                  





6. Uma palavra Final

            O sonho de alguém que viu a igreja é viver a genuína vida do corpo de maneira singela e pura. Mas aquilo que era pra ser a verdadeira restauração da igreja conseguimos transformar em mais um movimento, repleta de intrigas e disputa pelo poder!. Aquilo que era para ser a expressão do corpo de Cristo e uma benção para todas as famílias da terra (GN 12:1-3), transformou-se em um gueto exclusivista que quando ameaçado logo se volta contra os seus na ânsia de provar que não é aquilo que expressa!.

Oxalá que pelo menos um dia admitissemos como os irmãos ligados ao Living Stream Ministry que não deixamos o sistema de clérigos e leigos:“Você é capaz de vir e ser um irmão, sem uma oculta esperança em seu coração que depois de um certo tempo se tornará um super irmão, não um irmão, um membro do Corpo de Cristo. Admitimos que na prática não temos plenamente removido o sistema de clérigo e leigos, mas não voltamos onde estávamos em 1984. Estamos em nosso caminho”( The Uniqueness of the Lord’s Recovery, publishing by The Ministry Magazin, do Living Stream Ministry. Mensagens do Treinamento de Presbíteros ocorrido em Heckfield Place, United Kingdom, em Outubro de 2003. p.11 – tradução livre). Pelo menos assim, quem sabe poderíamos começar a sermos verdadeiramente direcionados a condição da igreja em Filadélfia (Ap 3:7-13) no que diz respeito ao amor fraternal. E não presos a uma visão “localista” de pensar que separar igrejas por localidades é um motivo suficiente para sermos a verdadeira expressão da Igreja: "Não é meu desejo atacar o denominacional como errôneo. Eu apenas digo, mais uma vez, que, para que o Corpo de Cristo encontre uma expressão local eficiente, a base de comunhão deve ser verdadeira. E esta base é a relação de vida dos membros com o Seu Senhor e a sua pronta submissão a Ele como o Cabeça. Nem estou defendendo aqueles que criam (ou criarão) uma nova seita de algo chamado "localismo" – ou seja, a estrita demarcação de igrejas por localidades. Porque tal pode facilmente ocorrer. Se o que estamos fazendo hoje na vida se tornar amanhã um simples método, de modo que, por seu caráter, alguns que pertencem a Cristo sejam excluídos, que Deus tenha misericórdia de nós e acabe com este método! Pois todos aqueles em quem o Senhor, o Espírito, tem liberdade são nossos e nós somos deles. Não, só estou defendendo aqueles que verão o Homem celestial, e que, em sua vida e comunhão, seguirão aquilo que viram! Cristo é o cabeça do Corpo – não de outros "corpos" ou unidades religiosas. O envolvimento do Corpo espiritual de Cristo é que assegura o compromisso do cabeça conosco, os Seus membros – isso, só isso". (Nee, Watchman. A Direção de Deus para o Homem. São Paulo: Editora dos Clássicos.2004. p. 216) O que está bem claro é que caímos em meros métodos humanos de fazer a obra de Deus, totalmente desprovidos do Espírito (Jo 6:63). Delimitamos igrejas por localidades pensado que isto era o essencial no verdadeiro frescor que a Igreja de Deus deveria ter. Como se tal delimitação garantisse a permanência de um candelabro monopolizado nas mãos de alguns, e que transformaram  as igrejas em igrejas ministerialistas (a plataforma já comentada no item 4.3). Aí reside o verdadeiro significado do Localismo, pois os detentores da patente legal de igreja local acham que o nome Igreja local os completa como os únicos e verdadeiros possuidores da verdadeira expressão da igreja.  Alguns acham que este nome que já virou um grande trunfo de se encontrarem pelo menos aparentemente biblicamente corretos (sem inclusividade em relação aos filhos de Deus está incompleto), tem feito muitos esquecerem da verdadeira unidade espiritual, isenta do exclusivismo religioso, e da discriminação em qualquer de suas manifestações.

Hoje não mais tenho comprometimento com este sistema organizado em que a restauração se tornou. Este documento é a explicação do meu afastamento das reuniões localistas, que hoje apenas compareço com raridade como um visitante para encontrar aqueles que tenho estimada consideração como irmãos e queridos amigos. Restou-me deste envolvimento com o movimento as lembranças de um sonhador idealista que acreditou estar vivendo a verdadeira expressão da Igreja na terra. De alguém que acreditou que se comprometer até ás últimas conseqüências com este ministério era servir ao Deus vivo e verdadeiro. De alguém que achou que estar militando ativamente em muitas obras e “moveres” era seguir as verdadeiras pisaduras de Cristo. De alguém exausto de tantas formas humanas ineficazes de servir à Deus, cansado dos tantos “Tem que: fazer isto e aquilo outro”. Sei que os que estão entorpecidos com tantas obras não conseguem às vezes nem entender o significados destas palavras, mas isto eu deixo para o Espírito Santo revelar no seu devido tempo.  Minha comunhão com meu Senhor em casa com minha esposa continua viva e no espírito sempre no aguardo da direção santa e pura do meu amado Senhor.

Para os líderes localistas que apenas observam minhas palavras, gostaria de confortá-los dizendo que não intento fundar uma nova obra, não sou vosso concorrente na expansão ministerialista. Sou apenas um pequenino membro do Corpo de Cristo, que no intento de buscar comunhão com a Igreja Gloriosa entrou por engano no vosso meio. Alguém que busca comunhão genuína com os filhos do nosso querido Senhor Jesus!.                

Kleydson Jurandir Gonçalves Feio

Brasília/DF.


Para aqueles que desejarem ter uma comunhão aberta sobre o assunto aqui exposto, basta se inscrever no grupo Águas de Descanso: http://br.groups.yahoo.com/group/aguas_de_descanso/

                            





Referências Bibliográficas:

 

Bibliografia Básica: 

1-“A Bíblia”

2-Lee, Witness. Estudo-vida de Apocalipse.SP: Ed. Árvore da Vida. 5ºed. 1995. p. 481.

3-Dong Yu Lan. Alimento diário de 1 e 2 Timóteo e Tito. Apoderar-se da Verdadeira  Vida. SP.Ed. Árvore da Vida. 1º ed. 2005.                               

4-Dong Yu Lan. A Visão Celestial. SP: Ed. Árvore da Vida. 1º ed. 2003.

5-Lee, Witness. Unanimidade para o Mover do Senhor. SP: Ed Árvore da Vida.1º ed. 2001. p.151.

6-Nee, Watchman. Espírito de sabedoria e de Revelação. Editora dos Clássicos. 2003

7-Lee, Witness. The New Testament. Recovery Version. Anaheim, California. E.U.A. ed. Living Stream Ministry. 1991.

8-Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 1º ed. 2003. p.238.

9-Nee, Watchman. A obra de Deus. CCC Edições.

10- Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa.- 3. ed. totalmente revista e ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

11- Lee, Witness. Estudo-vida de Segunda Timóteo.SP: Ed. Árvore da Vida. 1ºed. 2005.

12- Nee, Watchman. Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. 7º ed. 1994. p.187

13- Lee, Witness. A Economia Divina. SP: Ed Árvore da Vida. p.148.

14- Lee, Witness. A Economia de Deus. SP: Ed Árvore da Vida. p.278.

15- The Uniqueness of the Lord’s Recovery, publishing by The Ministry Magazin, do Living Stream Ministry. Mensagens do Treinamento de Presbíteros ocorrido em Heckfield Place, United Kingdom, em Outubro de 2003. tradução livre.  

16- Lee, Witness. A expressão Prática da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.213.

17- Nee, Watchman. A Igreja Gloriosa. SP: Ed Árvore da Vida. p.168.

18- Nee, Watchman. A Ortodoxia da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.110.

19- Lee, Witness. A Peculiaridade, a Generalidade, e o Sentido Prático da Vida da Igreja. SP: Ed Árvore da Vida. p.85.

20- Lee, Witness. O que você precisa saber sobre a igreja. SP: Ed Árvore da Vida.

21- Nee, Watchman. Autoridade e Submissão. SP: Ed Árvore da Vida. p.134.

22- Nee, Watchman. Como Exercer a Autoridade de Deus. SP: Ed Árvore da Vida. p.134.

23- Lee, Witness. Pontos Básicos Sobre o Entremesclar. SP: Ed Árvore da Vida. p.57.

24- Lee, Witness. Conhecendo a Bíblia. SP: Ed Árvore da Vida. p.79. 

25- Fernando, Paulo. Avaliação dos Frutos após mais de 15 anos de “Moveres” na Restauração no Brasil. www.unidadedaigreja.rg3.net

26- Han, Tomás. aguas_de_descanso@yahoogroups.com.br

27- Nee, Watchman. A Direção de Deus para o Homem. São Paulo: Editora dos Clássicos.2004. 303 p.




Bibliografia Complementar:

29- Nee, Watchman. A Cruz. SP: Ed Árvore da Vida. p.91.

30- Lee, Witness. A Revelação Básica nas Escrituras Sagradas. SP: Ed Árvore da Vida. p.159.

31- Lee, Witness. Presbíteros e Cooperadores. Quem são eles?. SP: Ed Árvore da Vida. p. 179.

32- Lee, Witness. O Cristo Todo-inclusivo. SP: Ed Árvore da Vida. p.215.

33- Lee, Witness. A Biografia de Watchman Nee. SP: Ed Árvore da Vida.

34- Lee, Witness. O Falar Divino. SP: Ed Árvore da Vida. p.77.  

35- Lee, Witness. Estudo-Vida de Tessalonissessis. SP: Ed Árvore da Vida.

36- Apostila do CEAPE Manaus. Módulo I.

37- Apostila do CEAPE Manaus. Módulo II.

38- Penn-Lewis, Jessie. Guerra Contra os Santos.Tomo I. Ed. Editora dos Clássicos. p.280.

39- Nee, Watchman. El quebrantamiento del hombre exterior y la liberacion del espiritu. EUA: Ed. Living Stream Ministry. p. 116.

40- Lee, Witness. 2 coríntios: autobiografia de uma pessoa no espírito. SP: Ed Árvore da Vida. p. 99.

41- Nee, Watchman. Realidade ou obssessão. Editora dos Clássicos.

42- Marx, Karl. O Capiral. Tomo I.

43- Marx, Karl. O Capital. Tomo II.

44- Sun Tzu. A Arte da Guerra.      



1 Este termo (mapa estilizado) refere-se ao ensinamento de os Estados Unidos ser representado como a águia, A América do Sul como o deserto, da Europa como o Dragão, e da África como um feto em gestação na interpretação do irmão Dong Yu Lan.
2 Obs: Vale Ressaltar que em várias mensagens repassadas para o Alimento diário de vários livros da Bíblia que estudamos, os ensinamentos dos itens 1, 2, 3 e 4 são exploradodos exausivamente pelo autor.    
3 Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa ensinar [Do lat. vulg. insignare, por insignire.] V.t.d. significa  1.Ministrar o ensino de; transmitir conhecimento de; instruir; lecionar. 2. Transmitir conhecimento a; instruir, educar. 3. Dar ensino a; adestrar, treinar. 4. Dar a conhecer; indicar. 7. Dar ou mostrar como ensinamento; fazer conhecer. 10. Pregar, doutrinar.   
4 Existem algumas raras exceções de igrejas locais na restauração na América do Sul que partem o pão em mais de um local de reuniões como no Rio de Janeiro e em Salvador.
5 Diferentemente do Apóstolo Paulo que alugou a própria casa (At 28:30-31), guardando assim a igreja da perigosa mescla de se confundir com a obra.

Um comentário:

  1. De fato, o irmão Nee disse que distinguir o evangelho da graça do evangelho do reino é desnecessário, contudo, não disse que isto não seja possível nem que seja proibido. Aliás, ele mesmo o fez, de forma resumida, na própria continuação do texto citado...

    De qualquer forma, o evangelho é a revelação do próprio Senhor, inicialmente, para redenção e salvação da perdição eterna, em seguida, com vistas a nossa entrada na era vindoura como vencedores.

    De uma forma ou de outra, creio que tanto o evangelho da graça como o evangelho do reino cooperam para vinda do fim, seja para a completação do número dos gentios (Romanos 11:25), seja através da edificação daqueles eleitos e chamados pela graça para integrar a igreja, pois tudo se resume ao dispensar de Cristo.

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